A produtora de lácteos orgânicos, Stonyfield Farm, de Londonderry, New Hampshire, nos Estados Unidos, que lançou uma ampla gama de iniciativas de sustentabilidade na última década, disse que essas levaram a companhia a ajudar mais do que o meio-ambiente – elas também economizaram US$ 31 milhões em custos à companhia.

“A sustentabilidade está realmente no centro do que a Stonyfield é e é a razão pela qual começamos, em 1983, quando os fundadores quiseram saber se era possível construir um negócio que pudesse fazer dinheiro e não danificasse o meio-ambiente”, disse a diretora de agricultura sustentável e orgânica da Stonyfield, Britt Lundgreen.

“A resposta é sim, graças à variedade de iniciativas, desde compensações e reduções de emissões, até melhoras na eficiência das embalagens, redução no uso da água e uso de energias renováveis”, disse Lundgreen em abril no Fórum de Aprendizagem sobre Sustentabilidade realizado pela Associação de Comércio de Alimentos Sustentáveis e Associação de Comércio de Orgânicos.

“Uma das primeiras iniciativas verdes da companhia em 1997 foi compensar 100% de suas emissões de dióxido de carbono do uso de energia da fábrica”, disse ela, acrescentando que a companhia compensou mais de 117.000 toneladas de CO2 através de investimentos em energia eólica, digestores de esterco, instalações de fardos de palha eficientes em energia, captura de metano de minas de carvão e atualizações de caldeiras em escolas públicas.

A companhia busca tornar-se “carbono neutra”. “Mas não consideramos nosso trabalho feito com as compensações”. Ao invés disso, a companhia está explorando como fazer com que sua planta funcione totalmente com energia renovável, de forma que possa reduzir mais suas emissões e comprar menos compensações – único esforço de sustentabilidade realizado que não paga a si mesmo.

Outros esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa do transporte foram pagos por eles mesmos, disse ela, notando que desde 2006, a Stonyfield reduziu essas em 46% e economizou mais de US$ 20 milhões. Além disso, uma redução absoluta de 20% no uso de energia nas plantas e de emissões de gases de efeito estufa de 2006 a 2012 levou à economia de mais de US$ 3 milhões.

Uma forma que a firma usou para reduzir sua necessidade de energia de fontes externas foi construir um biodigestor em sua instalação de tratamento de água residual. O sistema de tratamento biológico anaeróbico híbrido é essencialmente “como um estômago gigante de uma vaca”, que abriga bactérias que digerem os nutrientes na água residual da planta para criar gás metano, que é, então, capturado e queimado para gerar eletricidade, disse Lundgreen.

“Comparado com o tratamento convencional dos lácteos, o sistema tem 30% menos pegadas de carbono, 50% menos custos operacionais, 98% menos “lodo” residual e gera seu próprio calor”, disse Lundgreen. Ela disse também que mais investimentos pagaram por si mesmos em menos de dois anos.

A mudança para embalagem FFS baseada em plantas também ajudou a companhia a cortar as emissões em 48% e economizar mais de US$ 6 milhões em eficiências de embalagens, disse Lundgreen. Ela disse que a Stonyfield foi a primeira companhia de lácteos a fazer a troca para PLA, que é melhor que o poliestireno porque é mais forte, tem melhor aderência na tampa e tem uma menor temperatura de enchimento – e, dessa forma, usa menos energia – e ainda mantém a velocidade da linha e o prazo de validade. A mudança também gerou benefícios aos consumidores pela redução da toxicidade humana e por não aumentar o preço no varejo, disse ela.

A Stonyfield pretende continuar a iniciar práticas sustentáveis e engajar funcionários com seus esforços para garantir que esses sejam realizados. Ela explicou que a companhia fará isso continuando a criar equipes funcionais que tenham objetivos concretos de curto e longo prazo que são aprovados pela liderança sênior.

A reportagem é do Food Navigator USA, traduzida pela Equipe MilkPoint.