A agroindústria catarinense teve um prejuízo entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões com os bloqueios realizados pelos caminhoneiros no estado, entre os dias 18 de fevereiro e 3 de março. A estimativa é da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).

Entre os setores mais prejudicados por essa paralisação estão os da produção de aves, suínos e leite.

Após a liberação dos trechos, as empresas de carne retornam às atividades. Durante o bloqueio, a maioria delas precisou parar completamente a produção por falta de espaço para armazenar a carne, já que não havia como transportá-la para fora dos frigoríficos.

Em Chapecó, no Oeste, a maioria dos postos já tinha combustível nesta quarta (4). Mesmo assim, o estoque ainda deve demorar uns dias para ser regularizado. 

No campo, os caminhões voltaram a recolher nesta quarta o leite dos resfriadores. Muitos produtores tiveram que jogar fora o alimento, já que se trata de um líquido perecível. "Foi terrível. A gente tira o leite com tanto sacrifício, cuida das vacas, depois tem que jogar fora", explicou a agricultora Zelinda Bonassina.

Porém, como os produtores tiveram que dar menos alimentos aos animais, a produção de leite no campo ainda pode ficar comprometida. "O prejuízo vai ser grande. Porque as vacas têm que retomar, dar leite de novo", disse o agricultor Sérgio João Bonassina.

Liberação dos bloqueios em SC

Após duas semanas de protestos, caminhoneiros liberaram todos os trechos de rodovias em Santa Catarina. Segundo o inspetor Ivo Silveira, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os últimos cinco pontos foram liberados por volta das 9h30 de terça (3).

Segundo o governo do estado, nenhum novo bloqueio foi registrado depois desta data.

A matéria é do G1.