A operação ocorre em fábricas, depósitos e sedes de empresas localizadas nas cidades de Porto Alegre e Canoas (na Região Metropolitana); Antônio Prado e Carlos Barbosa (na Serra); Constantina e Sarandi (no Norte) e em Tenente Portela (no Noroeste do estado). São investigadas as marcas de queijo Luza (de Constantina), Valparadiso (de Carlos Barbosa), Taurino Laticínios (de Tenente Portela) e Latteria (de Antônio Prado).
As investigações apontam irregularidades em laticínios, como a adição de amido de milho no queijo. Empresas que possuem permissão para comercializar apenas dentro do município em que são fabricados os produtos foram flagradas vendendo clandestinamente em outros municípios. Na ação foram encontrados queijos vencidos, impróprios para consumo e rótulos falsos. De acordo com o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, mais de 20 toneladas do produto foram recolhidas. "Parece que a fraude não tem fim", afirmou.
Além disso, foram identificados queijos vencidos reutilizados, reprocessados, com outros tipos de embalagem, ralados, com datas de validade trocadas e com a presença de coliformes fecais. “Identificamos também a confecção de vários rótulos falsificados", disse o promotor em entrevista à rádio Gaúcha.
A Receita Estadual, que também integra a operação, constatou sonegação de R$ 2 milhões em impostos sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). A irregularidade tributária foi verificada a partir da venda de queijo e produtos derivados sem a emissão de documentos fiscais. “Com a coleta de provas, será realizada uma fiscalização por auditores-fiscais para responsabilizar a empresa e seus sócios”, afirma o chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edison Moro Franchi. Além do Ministério Público e da Receita Estadual, participam da operação a vigilância sanitária, a Brigada Militar e as secretarias municipais de saúde.
As informações são do G1, adaptadas pela Equipe MilkPoint.