Com o melhor uso dos recursos disponíveis e o acesso mensal à assistência técnica, os custos de produção são menores e a produtividade maior, o que gera renda e permite investimentos na melhoria da produção. Deste modo, ficam menores as chances de o produtor de leite migrar para outras atividades.
Os resultados foram apresentados durante o 3º Encontro Mineiro do Balde Cheio, realizado ontem (24), na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte. O evento reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, entre produtores, técnicos, coordenadores e parceiros do projeto. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, o Programa de Desenvolvimento Integrado da Pecuária Leiteira (Balde Cheio), que este ano completa 10 anos, tem proporcionado bons resultados no Estado e contribuído para a melhoria de renda das famílias.
“O Balde Cheio é um projeto simples que não obriga o produtor a fazer grandes investimentos e, sim, um rearranjo dos próprios fatores de produção que ele tem. É uma forma de aplicar a tecnologia de forma simples e tornar a produção de leite altamente eficiente, uma vez que as ações contribuem para o aumento da produtividade, da qualidade do leite e da renda das famílias envolvidas na produção.” explicou.
Criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e gerido, em Minas Gerais, pela Faemg, o Balde Cheio está presente em 320 municípios do Estado. Por ano, mais de 2,5 mil produtores recebem assistência técnica contínua. A cada seis meses, os 280 técnicos especializados na produção leiteira são capacitados. O resultado é a melhoria da eficiência e da gestão, o que garante ao produtor condições de enfrentar os gargalos da atividade, como a elevação dos custos de produção e as variações dos preços pagos pelo leite.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e diretor da Faemg, Rodrigo Alvim, os pecuaristas que têm acesso à assistência técnica conseguem aprimorar a atividade, reduzir os custos e disponibilizar um leite mais competitivo no mercado.
“O custo de produção dos pecuaristas que têm acesso à assistência técnica é menor, porque eles produzem leite a pasto, com piquetes rotacionados e pastagem de qualidade, o que eleva a produtividade e reduz os gastos. Esta é a função do Balde Cheio. Hoje, o pecuarista assistido pelo programa tem um custo menor, girando em torno de R$ 1,20 a R$ 1,30 por litro de leite, dependendo da região. No sistema convencional, este valor sobe para R$ 1,40 a R$ 1,50 e, com isso, a rentabilidade é menor’, explicou Alvim.
As informações são do Diário do Comércio.