O milho é um dos principais ingredientes da alimentação bovina, mas, o alto preço do grão preocupa os pecuaristas visto que o mesmo registrou um crescimento expressivo em 2016.

O aumento das exportações do grão e a alta do dólar, além da quebra da safra, foram responsáveis pela elevação dos valores. Para o produtor de leite, além da alta do milho - que consequentemente aumentou o preço da dieta oferecida aos animais - as fortes chuvas no começo do ano prejudicaram as pastagens e as estradas, afetando a produção de leite e diminuindo a sua oferta no mercado. Os produtores precisaram desembolsar mais para alimentar os seus animais e, essa alta, foi então repassada para os consumidores.

De acordo com a Conab, no Brasil, o milho primeira safra apresentou queda na área plantada de 11% e redução da produtividade em 2%, sendo que a produção total reduziu 12,8%. Já o milho segunda safra teve expansão de área plantada de 7,6%, porém, devido ao clima, a produtividade reduziu 14,9% em relação à safra 2014/2015. A falta de chuva que atinge a região Centro-Oeste brasileira deve gerar perdas nas lavouras de milho safrinha, com a estimativa da Conab de uma colheita 8,4% abaixo da safrinha 2014/15.

Sob pressão do avanço da colheita da segunda safra, as cotações estão em queda, entretanto, ainda estão em patamares historicamente elevados. Na região de referência de Campinas (SP), a saca do cereal está agora cotada a 41,36 reais, queda de quase 25 por cento ante os picos de mais de 50 reais registrados no início de junho, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa. Porém, na mesma época do ano passado, o grão na região de Campinas custava cerca de 28 reais/saca, em valores deflacionados.

Em cima disso, o MilkPoint pergunta aos produtores de leite: quais são as estratégias que você vem buscando para driblar a alta nos preços do milho? Você fez algum reajuste na dieta dos seus animais?

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