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Pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste buscam carne e leite de qualidade em equilíbrio com meio ambiente

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/01/2016

4 MIN DE LEITURA

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Pesquisas para redução de emissão de gases de efeito estufa na pecuária, manejo adequado da água na produção animal e sustentabilidade dos sistemas de produção estiveram em foco durante 2015 na Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP). De acordo com o chefe-geral, Rui Machado, o objetivo do trabalho desenvolvido pela Unidade é atender às diferentes necessidades da agropecuária e da sociedade com sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Para quantificar a emissão de gases de efeito estufa na pecuária brasileira e propor soluções para sua redução, a Embrapa, em conjunto com diversas instituições nacionais e internacionais, lidera uma rede de pesquisa, a Pecus, que é coordenada pela Unidade. Os resultados desse trabalho serão disponibilizados em 2016 e vão contribuir para a formação de proposições efetivas para diminuição da emissão de gases de efeito estufa, reduzindo o aquecimento global.

Pesquisas desenvolvidas em vários biomas brasileiros têm demonstrado que alguns sistemas contribuem para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa, como, por exemplo, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Esses modelos integrados também colaboram para diversificar a produção e melhorar a renda dos produtores rurais, sem comprometer os recursos naturais. Vários modelos estão sendo avaliados na Unidade e os resultados são bastante promissores.

Para ampliar a área de adoção dessas tecnologias, a empresa iniciou em julho de 2015 uma capacitação continuada em ILP e ILPF. Com duração de três anos, visa capacitar técnicos para implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URT) nesses sistemas na região Sudeste.

E quem diria que a erva-mate poderia ter influência na maciez da carne bovina. Uma pesquisa com a utilização de extrato de erva-mate à ração do gado de corte pode produzir carne com benefícios à saúde, mais macia e, ainda, aumentar o prazo de validade na prateleira. O projeto “Pão e Carne para o Futuro”, uma parceria entre pesquisadores brasileiros e dinamarqueses, durou três anos e foi concluído em 2015.

Os efeitos do consumo do mate foram estudados em cerca de 50 cabeças de gado. Segundo a pesquisadora Renata Tieko, que participou do estudo, verificou-se que a carne se tornou mais macia e, em testes de análise sensorial, foi elogiada pelos consumidores. Além disso, os pesquisadores observaram melhora no bem-estar animal.

Também, neste ano, a Embrapa Pecuária Sudeste lançou dois materiais de referência (MR) que vão auxiliar no controle de qualidade de laboratórios agropecuários de todo Brasil. Trata-se de padrões cujas composições são conhecidas com exatidão e assim testam a acurácia das análises laboratoriais. Um dos materiais recém desenvolvidos serve de padrão para análises de solo e o outro, amostra de fígado bovino, atende analistas de nutrição animal. No Brasil são poucos materiais disponíveis. Geralmente são importados pelos laboratórios a um custo elevado. Outro problema é que muitas vezes possuem características distintas e não são adequados para atender as necessidades brasileiras. Assim, os materiais produzidos pela Embrapa garantem redução de custos para os laboratórios agropecuários e ainda atendem a exigências específicas.

Na área de transferência de tecnologia, a empresa deu continuidade a dois grandes projetos, o Balde Cheio e o Bifequali TT. O Balde Cheio busca o desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares. Já, o Bifequali TT, aplica conceitos da pecuária sustentável em propriedade de gado de corte. A base é a capacitação de técnicos, monitoramento da atuação dos extensionistas e avaliação do impacto das tecnologias recomendadas pela Embrapa.

Em dezembro, o Balde Cheio foi reconhecido como um caso de sucesso de produção sustentável de leite pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O projeto foi selecionado para a 3ª edição da obra "Gestão Sustentável da Agricultura", editada anualmente pelo MAPA. A publicação é enviada para todas as embaixadas e feiras internacionais em que o ministério participa.

Perspectivas

Além de dar continuidade a projetos já iniciados, a Embrapa Pecuária Sudeste deve, em 2016, lançar tecnologias e desenvolver novos projetos em diversas áreas, como agricultura de precisão, seleção de novas espécies de forrageiras, melhoramento genético e qualidade da carne, biotecnologia animal e vegetal, aspectos ambientais da pecuária, nutrição e saúde animal, aproveitamento, tratamento e descarte de resíduos na agropecuária, para contribuir com o desenvolvimento da agropecuária nacional.

No próximo ano, a Unidade vai lançar espécies nativas de gramíneas para cobertura de solo com baixo custo de manutenção e adaptadas a diferentes regiões do Brasil. Estão sendo pesquisados tipos de forração mais adequados para pistas de decolagens em aeroportos, margens de rodovias, jardins, campos para atividades esportivas, além de outras alternativas. As novas opções devem estar disponíveis em 2016. Ainda, a chefia pretende ampliar parcerias com instituições públicas e privadas, priorizando projetos relacionados à agropecuária sustentável. Já nos primeiros meses de 2016 estão previstos eventos para produtores rurais, técnicos, pesquisadores e estudantes.

Em fevereiro será realizado um Dia de Campo sobre ILPF para capacitar técnicos e produtores para adoção desse sistema. Em março, a Unidade coordena a quarta edição do Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos (SPARH). Especialistas do Brasil, Nova Zelândia, Portugal e Argentina vão tratar as principais questões produtivas, ambientais, sociais e econômicas relacionadas à produção animal e os recursos hídricos. O objetivo é oferecer atualização técnica e informações a pesquisadores, profissionais e estudantes da relação entre recursos hídricos e produção animal para uma agropecuária mais eficiente no uso da água.

As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste.


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