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Nova Zelândia pretende investir em lácteos no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/08/2015

3 MIN DE LEITURA

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A Nova Zelândia quer firmar parceria com o Brasil para a cooperação agropecuária, sobretudo no segmento de lácteos, em que o país é referência. A proposta prevê a troca de conhecimentos para aumentar a produtividade dos rebanhos, mas os neozelandeses também querem reforçar laços comerciais com o Brasil, de olho em um mercado interno de mais de 200 milhões de habitantes. "Queremos discutir onde podemos trabalhar juntos no mercado internacional e como podemos ajudar fazendeiros de ambos os países a serem mais rentáveis e bem-sucedidos", afirmou à reportagem o emissário do país para Assuntos de Comércio em Agricultura, Mike Petersen.

Para discutir as propostas, o emissário se encontrou com a secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, na manhã desta segunda-feira, 10. Também em Brasília, Petersen deve participar de audiência pública no Senado. Embora não integre o governo neozelandês, o emissário atua em defesa dos interesses de produtores de seu país.

O enviado afirma que a Nova Zelândia está disposta a compartilhar experiências de produção que tornaram o país, um pequeno arquipélago no oceano pacífico, um dos maiores exportadores de leite e derivados do mundo. "Como não temos a mesma dimensão territorial que o Brasil, desenvolvemos tecnologias que nos tornaram bastante eficientes", conta Petersen. Dentre os conhecimentos, o emissário cita técnicas de plantio e de manejo de pastos, desenvolvidas para aumentar a eficiência no 1,7 milhão de hectares em que a atividade leiteira é praticada.

Em lácteos, a produtividade da Nova Zelândia é significativamente maior do que a do Brasil. O país produziu 21,7 bilhões de litros de leite com 5 milhões de vacas em lactação em 2014, enquanto o Brasil precisou de mais de 16 milhões de cabeças para os seus 27,4 bilhões de litros do produto. Os números são estimativas da Informa Economics FNP com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). "A produção brasileira em termos absolutos é muito alta, mas certamente há espaço para melhorias", destaca Petersen.

Embora a visita tenha foco na troca de know-how, o emissário está de olho em oportunidades comerciais e de investimento. "Seria tolo de minha parte afirmar que não temos interesse em aumentar o comércio com o Brasil, mas estamos fazendo isso de modo diferente agora", afirma. Dito isto, Petersen não se refere às exportações diretas ao Brasil, mas à parceria corporativa entre a Fonterra e a Nestlé, chamada Dairy Partners Americas, para produzir e atender à demanda de países latino-americanos. Neozelandesa, a Fonterra é a quarta maior companhia do segmento do mundo em faturamento, segundo o Rabobank, e processa mais de 90% do leite captado em seu país. "Pode haver algumas processadoras de menor porte interessadas em vir ao Brasil, mas acho que é mais provável que seja a Fonterra a agir, e eles já estão aqui", disse.

Do ponto de vista dos produtores, Petersen diz que neozelandeses têm interesse em vir ao Brasil para trabalhar com agricultura, empregando seus sistemas agrícolas tradicionais. "Acredito que isso deve continuar acontecendo, sobretudo com a disponibilidade e os preços da terra no País", explica. Em sua viagem, o enviado especial visitou a fazenda Kiwi Pecuária, em Goiás, que gera a maior parte de sua receita por meio da atividade leiteira e é administrada por um neozelandês. Petersen deixa o País na madrugada desta terça-feira, 11, após ter visitado Colômbia, Costa Rica e Panamá com finalidades similares.

TPP

Além de focar na expansão comercial na América Latina, Petersen participa ativamente das discussões para a Parceria Econômica Estratégica Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês), que está em fase final de negociação. Segundo ele, o acordo ainda "não é bom o suficiente" para a Nova Zelândia, mas apresenta avanços. A parceria seria firmada em julho, mas foi adiada por causa de divergências em algumas questões, como o livre comércio de lácteos - principal interesse do país.

"Acredito que os obstáculos podem ser superados, mas isso vai exigir que todos os envolvidos cedam em alguns pontos", disse. Segundo o representante, se questões referentes ao comércio de automóveis forem resolvidas, todos os demais temas devem ser acertados e a parceria será firmada. "O acordo de lácteos não é exatamente o que prevíamos no início das negociações, mas certamente é um termo a partir do qual gostaríamos de progredir", diz. Participam da parceria os Estados Unidos, Japão, Austrália, Canadá, México, Chile, Brunei, Malásia, Peru, Cingapura e Vietnã, além da Nova Zelândia.

As informações são do Estadão Conteúdo.

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FRANCISCO DE ASSIS MARQUES DE SOUZA

PAULO AFONSO - BAHIA - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 16/08/2015

Acredito que eles estão aproveitando a instabilidade do Brasil ou seja a nossa crise, para poder obter nosso produto com preços baixos, mão de obra barata, e sim uma oportunidade para eles aumentarem seus lucros e oferta de leite, tenho certeza que se nosso leite estivesse com preços justos ao produtor e a produção, eles não estariam tão interessados em querer uma "parceria" conosco, e outra coisa nossas instituições são técnica e profissionais para a questão, o negocio é que nossos governantes e pate de alguns produtores não estão preocupados em colocar em pratica os conhecimentos técnicos, e é por isso que eles querem a assistência dos nosso órgãos de suporte técnico.   
MARCOS LOPES

BALDIM - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 15/08/2015

Eu particularmente gosto da ideia da parceria entre as empresas pois como todos sabem, os neozelandeses são muito mais eficientes na produção de leite a pasto e com qualidade. Acredito que poderemos aprender muito com eles e aliar a estas experiências o conhecimento gerado pelas instituições nacionais, além do mais, as consequências de mercado utilizadas por muitos serão sentidas de qualquer forma pois já existem propriedades de neozelandeses no Brasil e como se não bastasse nos dão um baile em produção, gestão, qualidade, relacionamento, tecnologia, eficiência e muitas outras coisas. Como dizem: "Até parece a Alemanha!"
JORGE MOISES

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/08/2015

Arrumar a casa , e so depois que recebemos as visitas, caso contrario é pura segunda intensão.
EDUARDO FONSECA PORTUGAL

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/08/2015

...Pouco espertos esses "mui amigos!"
EDVALSON DE SOUSA MARTINS

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/08/2015

Ja vamos observar o comportamento do preco do leite no brasil,entramos em estabilidade de preco,agora pouco,pequena baixa, e acentuada se vai nois de novo pro buraco.Nao dá para pagar as contas e a divida continua crescendo! E aí vai, mais um capítulo da novela(a angústia de produzir leite),nao tem saída,a não se sair da atividade.
EDINALDO TORRES JUNIOR

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PERNAMBUCO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 12/08/2015

Estão querendo sim é mercado para colocar a produção que deixa cada vez mais de ir para a China e para a Rússia.



Se o Brasil entrar nessa, o que está ruim vai ficar pior.



Enquanto tudo sobe neste país, o nosso preço médio de leite em pó vendido em 2015 cai 8,8% quando comparado com o mesmo período de 2014.



Imagino o que estão sofrendo os produtores.
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 12/08/2015

Faço minhas as suas palavras Elvis, pois se não for para vender o leite deles aqui por que  haveriam de querer parceria?
ELVIS LUÍS BASSO

PEJUÇARA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/08/2015

Má noticia!! Tem poucos benefícios em fazer parceria com um grande concorrente (vem para explorar), além do mais acho que não conseguimos usar nem se quer os conhecimentos originados pelas nossas instituições de pesquisa.



Mais uma vez o leite é usado como moeda de troca para exportações!

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