Equipes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) retornam nesta sexta-feira (12) a Itaporã, a 227 km de Campo Grande, para instalar armadilhas destinadas a capturar morcegos hematófagos, transmissores de raiva. Um caso da doença em bovinos foi confirmado nesta semana no município da região de Dourados.

De acordo com o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Iagro, Rubens Castro Rondon, a suspeita da doença foi confirmada após exames clínicos em um dos cinco animais mortos em uma propriedade rural de Itaporã.

Ocorrência semelhante ocorreu nessa mesma região em março de 2015. “Acreditamos que os casos tenham correlação devido ao raio de proximidade entre as duas propriedades em que se deram as ocorrências dos dois casos da doença”, explicou.

Segundo ele, para evitar proliferação da doença, a Iagro vistoriou outras propriedades vizinhas e recomendou a vacinação do gado contra o vírus. “Uma equipe da Iagro está vistoriando toda a área perifocal, situadas até 10 km de distância de onde se deu o caso”, explicou Rondon.

Morcego – De acordo com a assessoria de imprensa da Iagro, o órgão estadual iniciou também o trabalho para capturar morcegos hematófagos, que são portadores do vírus da raiva e transmitem a doença por se alimentarem de sangue.

“Profissionais da Iagro vão instalar redes em cavernas e grutas da região para pegar morcegos. Após a captura, é aplicada uma pasta e o animal é solto na natureza. A ação permite que a substância seja levada ao contato de outros hematófagos. Através de um morcego é possível eliminar de 25 a 30 outros animais”, informou Rubens Rondon.

Sem grande risco – O gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal informou que apesar de se tratar de uma doença preocupante, a situação não representa grandes riscos, pois Itaporã não está situada em uma área endêmica da doença, como a região do Pantanal e o entorno.

“Nessas faixas a vacinação é obrigatória pela Iagro devida às condições naturais das regiões. Em Itaporã, trata-se de um caso isolado e por a cidade não estar em nenhuma dessas faixas endêmicas não há porque ter um alarde da situação”, afirmou. 

As informações são do Campo Grande News.