O Ministério Público (MP) vai denunciar nessa semana mais dez pessoas por adulteração de leite nos Vales do Taquari e do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. É a sequência da Operação Leite Compensado 10, que determinou o recolhimento de todos os produtos da marca Lactibom dos mercados gaúchos. 

O promotor criminal Mauro Rochemback já denunciou duas pessoas na última terça-feira e agora fará um aditamento. Os crimes são de adulteração de produto alimentício e organização criminosa. Os envolvidos adicionavam água no produto, além de comercializar leite e queijo estragados. Rochemback destaca que o aditamento foi necessário pelo fato de que, após a polícia encerrar sua parte ao ouvir os dois presos na décima etapa, dia 21 de outubro, a promotoria se viu obrigada a oferecer denúncia para cumprir prazo legal.

Luciano Petry, sócio proprietário da LactiBom, e Fábio Bayer, responsável pelo controle de qualidade da empresa, vão responder judicialmente por adulteração de produto alimentício.  "No dia da operação Leite 10, colhemos sete amostras de leite e, ao serem analisadas, em todas foi constatada a adição de água. Também comercializavam produtos estragados", afirma Rochemback.

Nessa semana, o MP vai oferecer denúncia contra os dois também por organização criminosa e vai incluir pelo menos outras dez pessoas nos dois tipos de crimes. Elas fazem parte da queijaria Latte Bios, de Lajeado, da transportadora DRW, de Venâncio Aires, transportadores e responsáveis por depósitos. Rochemback já ouviu pelo menos vinte pessoas.  

Nessa semana, devem depor responsáveis por uma empresa de produtos químicos que forneciam material para o laticínio do Vale do Rio Pardo e Fábio Bayer, da Lactibom. Logo após ser desencadeada a décima parta da ação, ele e o sócio proprietário não quiseram falar. Segue a investigação por parte da Promotoria de Defesa do Consumidor que apura o envolvimento das indústrias de leite em Venâncio Aires e de queijo em Lajado. A Lactibom foi interditada.

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As informações são do Zero Hora.