Neste mês, o sistema contou com 444 produtores de leite, um acréscimo de 11% sobre o mês passado. Esse número deverá crescer substancialmente neste mês, já que, agora, técnicos poderão inserir as informações, desde que autorizados por produtores. “Com isso, empresas de consultoria poderão acompanhar os dados de seus clientes, não só sobre qualidade, volume e preços, mas de outros parâmetros no futuro”, diz Marcelo Carvalho. Em 4 dias, mais de 100 técnicos se cadastraram.
Outra novidade é que os relatórios poderão ser vistos em tempo real, embora com o aviso de que as informações não estariam checadas ainda. “Há uma demanda dos produtores em ter acesso aos dados em tempo real. De início, achávamos que não seria interessante porque fazemos uma checagem minuciosa dos dados. Optamos por liberar as informações, porém, com o aviso de que não são definitivas – os dados consolidados serão liberados até o dia 05 do mês seguinte”, explica.
O volume diário monitorado passou de 1 milhão de litros/dia, com média de 2.291 litros por produtor, bastante acima da média nacional. “É natural que, de início, o sistema seja acessado principalmente por produtores de maior porte, mas com o tempo (e com os técnicos ajudando), alcançaremos uma base mais ampla e representativa”, prevê.
O gráfico 1 mostra os preços por média de volume de leite. Nota-se que os produtores de 0 a 250 litros/dia, com média de 131 litros diários, recebem 20% a menos dos produtores de mais de 3.000 litros diários.
Gráfico 1. Preços líquidos por faixa de volume.
Os dados de agosto mostram ainda um leve aumento de preços, mas cerca de 38% dos produtores reportaram quedas. O gráfico a seguir mostra as quedas por estado. Os produtores goianos verificaram as maiores reduções, provavelmente fruto do alto volume de leite UHT, produto que mais sentiu a queda de preços. Já os paulistas tiveram aumento médio de preço em agosto. “Notamos, também, que as empresas que têm um portfólio muito centrado em UHT diminuíram os preços antes das demais”, explica Marcelo.
Os dados parciais de setembro indicam queda significativa dos valores, como seria esperado. Outro dado interessante é que, considerando os mesmos produtores que colocaram dados em julho e agosto, o aumento de oferta foi de 7,6%. Marcelo ressalta que esse dado não deve ser utilizado por enquanto como parâmetro, já que a base é ainda pequena. O Cepea indicou 6,2% de aumento em julho e agosto.
No aplicativo, é possível ver ainda os gráficos de células somáticas, CBT, gordura, proteína, preços por sólidos, relação de preços com qualidade do leite e variação temporal dos preços.
“Apesar de estarmos na fase beta do serviço”, já é possível perceber o potencial de informações de qualidade que podem ser geradas”, avalia Marcelo.
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Gráfico 2. Variação de preços entre julho e agosto.
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