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Médico veterinário gaúcho foi pioneiro no combate à doença da vaca louca

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/08/2015

2 MIN DE LEITURA

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A doença da vaca louca ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) marcou um novo momento nos estudos de patologia veterinária do Brasil e, com ela, um nome despontou entre os maiores especialistas no assunto. O médico veterinário Claudio Severo Lombardo de Barros foi um dos pioneiros no estudo das doenças do sistema nervoso central de bovinos, tendo participado do primeiro grupo de estudos enviado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à Inglaterra (primeiro foco da doença) para compreender a síndrome que começava a assolar o país. Anos depois, ele viajava novamente à Europa, desta vez para apresentar à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) a detecção do primeiro animal contaminado em território nacional e defender o status de risco controlado da doença.

Claudio Severo Lombardo de Barros

Desde então, Barros manteve a cooperação com o órgão situado em Brasília sem deixar de lado a pesquisa e a sala de aula na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde se graduou em 1969 e se aposentou no ano passado. Nascido no município de Júlio de Castilhos, região central do Estado, Barros teve certeza da profissão muito cedo. "Tive contato com a terra desde pequeno. O meu pai tinha uma propriedade rural e eu sempre gostei dessa vida no campo", lembra.

Após um doutorado nos Estados Unidos (na Colorado State University) focado em análise da causa e sintomas de males do sistema nervoso, o interesse pela BSE também foi natural. "Em 1991, os casos de vaca louca começavam a aparecer e, como eu já tinha experiência nesse tipo de patologia, o ministério me procurou a fim de firmar um acordo de cooperação", conta.

Em 2013, após anos estudando a doença e seguindo o rastro do primeiro caso de vaca louca no País, Claudio viajou a Paris, até a sede da OIE para submeter ao organismo internacional o estudo que evidenciou a existência de contágio atípico da doença no Brasil. "Foi descoberto que a transformação da proteína do primeiro caso brasileiro ocorreu dentro do animal", explica. A descoberta do "animal número um" contribuiu para que fosse comprovado o avanço em pesquisa e o Brasil conquistasse o status de risco controlado do mal.

Encarar a epidemia foi fundamental para que as estratégias de prevenção evoluíssem. A BSE, adverte Barros, pode ser produzida por uma proteína infectante muito resistente, inclusive ao calor, e se tornou problema de saúde pública devido a uma prática comum até então de utilização de restos de animais para produção de farinha de carne e de osso.

"Se os animais fossem criados mais a pasto, como é o normal para bovino, a epidemia não teria ocorrido. A doença poderia ocorrer esporadicamente, mas não na proporção que verificamos", alerta. Contudo, foi devido ao seu alastramento que muitos países, dentre eles o Brasil, proibiram o uso de ração de origem animal na dieta alimentar do gado e investiram em programas de controle e fiscalização e em pesquisas acadêmicas voltadas ao setor a partir dos anos 1990.

Atualmente, o foco dos estudos no Brasil não está em progredir sobre o entendimento da doença em si, "mas a respeito dos seus mecanismos de contágio, a fim de desenvolver um programa de vigilância que impeça a doença de entrar em território nacional". Além disso, caso haja contágio, o Brasil está preparado para realizar o diagnóstico e controle.

As informações são do Jornal do Comércio/RS.

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