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Inseminação vence barreiras e registra alta em 2015

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/10/2015

4 MIN DE LEITURA

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O mercado de inseminação artificial vem apresentando forte crescimento ano após ano, e em 2014 não foi diferente. De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o mercado geral de sêmen no Brasil cresceu 4,49% no ano passado, frente a 2013, com um movimento total de 13.609.311 de doses. Ainda segundo dados divulgados pela Asbia, de 2009 a 2014, a evolução do uso de inseminação artificial no Brasil teve um crescimento de 59% para o gado de corte e de 34% para o gado de leite.

Neste ano, apesar da crise instalada no país, os dados do primeiro semestre mostram certa estabilidade do mercado com um pequeno aquecimento de 0,3% na produção de sêmen. Mas algumas empresas do segmento contestam esse resultado e apontam que o setor continua em expansão, independentemente da situação econômica do país. A comercialização de sêmen para a bovinocultura de corte foi bastante expressiva no primeiro semestre, com um total de 2.672.830 doses, contra 2.473.086 no mesmo período de 2014. O incremento foi de 8%. Já o produto destinado à produção leiteira registrou queda de 7%, com 2.317.712 doses contra 2.483.205 do ano passado.


O presidente da Asbia, Carlos Vivaqua, avalia que a solidez do mercado brasileiro de carne reflete no aumento da inseminação artificial na pecuária de corte. “O preço elevado da arroba da proteína vermelha é um aliado ao aumento da inseminação artificial por parte dos produtores”, afirma. Quanto ao resultado do sêmen de animais voltados para a produção de leite, o presidente da Asbia, diz que devido ao pequeno volume do produto no Brasil para exportação, a pecuária leiteira está mais pressionada no momento, diante do cenário nacional negativo. “Acreditamos que o leite seja um dos produtos mais afetados pela demanda interna, impactada pela redução de renda e emprego”, observa Vivaqua. Para ele, o produto pode ser ainda mais afetado pela queda das vendas no país. “Além disso, no primeiro semestre, o setor passou por problemas de qualidade, com fraudes principalmente no Sul do país, o que impacta na demanda pelo produto e, consequentemente, no investimento dos produtores em inseminação.”

O presidente da associação acredita em expansão contínua do mercado de inseminação artificial este ano. O crescimento deve chegar a 5% no volume total de doses comercializadas. Para 2016, as previsões ainda são incertas, devido ao cenário econômico brasileiro instável. “É importante destacar que a inseminação artificial é o único insumo que deixa residual entre as gerações, já que, em se tratando do valor genético de uma dose de sêmen, a contribuição ficará para as gerações futuras do rebanho”, diz Vivaqua. “Vale lembrar ainda que o custo da inseminação representa apenas 2% do custo total de produção”, reforça. Mesmo com todos os benefícios de melhoramento genético, atualmente, apenas 12% das matrizes bovinas contam com a inseminação artificial para reproduzirem.

Tipo exportação

A Asbia divulgou ainda o incremento dos negócios para o exterior, ampliados em 36% e 54% nos produtos voltados a corte e leite, respectivamente. De acordo com Vivaqua, o desempenho mostra a robustez do setor. No primeiro semestre, mais de 43 mil doses de sêmen das raças de corte foram vendidas para estrangeiros. A pecuária de corte representou a negociação de 64,5 mil doses para o exterior. Entre doses comercializadas, produzidas, provenientes de prestação de serviços e exportadas, a inseminação artificial trabalhou com 7.610.179 doses, no 1º semestre de 2015, contra 7.588.919 no mesmo período de 2014. Algumas das maiores empresas do ramo apresentam desempenho melhor que o do mercado.

Raças de destaque

Balanço de 2014 da Asbia revela ainda o comportamento de cada raça. Na pecuária de corte, é possível perceber a ascensão da angus, com incremento de 13% de 2013 para 2014 e 281% nos últimos cinco anos; e também da braford, com 33% e 162%, respectivamente. De acordo com as principais empresas do setor, os destaques na pecuária de corte este ano, com os mais expressivos crescimentos, são a angus e a nelore, além do cruzamento das duas. Já na pecuária leiteira, as raças de expoentes superiores em 2015 são a holandesa, jersey e girolando.

A inseminação artificial foi praticamente reinventada há cerca de 12 anos, de acordo com o médico veterinário, pecuarista e diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) Frederico Mendes. “A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) facilitou o manejo da fazenda, a logística do processo e deu grande impulso no setor, que hoje bate recordes mundiais em volume”, explica. Segundo ele, antes era preciso ter uma equipe fixa para o manejo, observação do cio dos animais e inseminação, ou seja, era preciso esperar o cio para conseguir a inseminar. “Depois da IATF, técnica que usa hormônios e concentra a inseminação em um só dia para aquele lote de matrizes, é preciso contratar uma equipe multidisciplinar com técnicos e veterinários apenas para aquele período exato de inseminação. Com a IATF, paga-se por matriz inseminada ou por prenhes adquiridas”, justifica.

Segundo Frederico Mendes, a IATF já virou rotina para os criadores brasileiros e um passo a mais na escala da biotecnologia é a Fertilização In Vitro (FIV). “A FIV está sendo difundida aos poucos. São os bezerros de proveta produzidos em laboratórios, ou seja, a melhor genética da fêmea aliada a melhor do macho para a fecundação, gerando matrizes de excelente qualidade em um ano. O investimento costuma ser alto em leilões para multiplicar as matrizes diferenciadas”, destaca. O diretor da ABCZ lembra ainda da importância do uso de programas de melhoramento genético tanto na pecuária de corte quanto na leiteira. “São ótimas ferramentas. Através de cálculos matemáticos é possível identificar os melhores reprodutores e as melhores matrizes do rebanho. Identificando as melhores genéticas, é possível reproduzi-las e garantir o sucesso futuro do rebanho.”

As informações são do Estado de Minas. 

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