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Indústria de lácteos da Rússia está indo na direção errada?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/06/2014

3 MIN DE LEITURA

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Apesar da política para expandir a produção de leite para 38 milhões de toneladas até 2020, a produção da Rússia pode estar indo na direção errada. O Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que a produção doméstica de leite na Rússia em 2014 será de 30,5 milhões de toneladas, 0,5% a menos que em 2013 e 3% a menos do que a previsão original do USDA, de acordo com o relatório semianual sobre o setor leiteiro do país lançado em 30 de maio. Com exceção de 2012, a produção de leite da Rússia vem enfraquecendo desde 2009 e está muito próxima da produção de uma década atrás.

O declínio na oferta de leite parece de natureza estrutural. Em 2014, somente 40% das vacas estavam localizadas em operações de grande escala, com a maioria ainda em fazendas familiares e pequenas. Como resultado, o FAS vê essas pequenas propriedades como bem mais susceptíveis às pressões dos mercados de alimentos animais, tanto em termos de preços como de disponibilidade, o que poderia afetar adversamente a oferta de leite.



Para compensar a menor produção de leite, a previsão revisada sobre o consumo doméstico caiu em 0,64 milhões de toneladas, para 10 milhões de toneladas, uma redução de quase 2% com relação aos níveis de 2013. Analistas preveem que os consumidores moderarão as compras de leite fluido em resposta aos maiores preços.

O consumo de queijos em 2014 também deverá cair, para 798.000 toneladas, 1,7% a menos que os níveis de 2013. Mesmo com o declínio na produção de leite, a produção de queijos deverá ser no mesmo nível da de 2013, em 460.000 toneladas, significando que uma maior porcentagem de leite está sendo destinada à produção de queijos nesse ano. As menores importações de queijos deverão resultar em um menor consumo doméstico.

Em 2013, a Rússia importou queijos dos 28 países membros da União Europeia (UE) (58% do total de importações de queijos), Bielorrússia (26%) e Ucrânia (14%). No começo de abril, a Rússia proibiu as importações de suas companhias da Ucrânia, refletindo na deterioração da relação entre os dois países. Além disso, a Rússia impôs restrições comerciais à Holanda e à Alemanha, sugerindo que as importações de queijos da UE-28 e da Ucrânia poderiam ser menores nesse ano.

A Rússia continua sendo uma das maiores nações consumidoras e importadoras de gordura do leite do mundo. Com a produção de leite fluido devendo ser menor, o FAS previu que a produção de manteiga será igual à do ano passado, de 225.000 toneladas. Ao mesmo tempo, o FAS projetou que o consumo de manteiga na Rússia deverá ser maior em 2014, em 366.000 toneladas, 2,2% maior do que em 2013. A lacuna será preenchida com importações, que deverão aumentar em 9.000 toneladas, para 145.000 toneladas nesse ano.

A Bielorrússia vendeu cerca de 34% da manteiga importada pela Rússia em 2013. Durante o primeiro trimestre de 2014, a produção de leite da Bielorrússia vem se desacelerando com relação a 2013, o que também reflete uma produção menor com relação ao ano anterior. Em 2013, a Bielorrússia exportou 74.014 toneladas de leite e creme à Rússia. A menor produção de leite, junto com exportações estáveis de leite e creme, poderão restringir as exportações de manteiga da Bielorrússia.

As políticas restritivas também poderiam evitar que a Rússia aumentasse as importações de seu segundo maior fornecedor, a UE-28 (21% das importações de manteiga). Isso poderia resultar na Rússia buscando aumentar as compras de manteiga da Argentina, Nova Zelândia e Uruguai. A Rússia não importa manteiga dos Estados Unidos desde 2010, mas à medida que compra mais manteiga de outros países, cria oportunidades para vendas de manteigas dos Estados Unidos em outros locais.

A política comercial e a evolução da situação geopolítica envolvendo a Rússia poderiam ser desafios na segunda metade de 2014. Os políticos poderiam trabalhar para remodelar os parceiros comerciais de lácteos da Rússia, resultando em ganhadores e vencedores distintos. As exportações de lácteos dos Estados Unidos devem ficar a par das mudanças, à medida que um menor fluxo de manteiga e de queijos da Europa à Rússia poderá resultar em mais produtos disponíveis para exportação ao Oriente Médio e África do Norte, um mercado em crescimento e alvo para os Estados Unidos.

A reportagem é do Daily Dairy Report (www.dailydairyreport.com), adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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