ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Fórum MilkPoint Mercado - uma visão completa sobre o que acontece e acontecerá no mercado lácteo mundial

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/08/2016

11 MIN DE LEITURA

1
0
O MilkPoint Mercado realizou no último dia 02/08, em Uberlândia, o Fórum MilkPoint Mercado, painel de apresentações e discussões sobre o mercado lácteo no Brasil e no mundo.

fórum milkpoint mercado

O evento contou com a participação da equipe do MilkPoint Mercado e com especialistas que trouxeram o cenário do mercado de leite no Uruguai, Argentina, Estados Unidos, Europa, Nova Zelândia, Austrália, China, Rússia e outros relevantes mercados, como o emergente mercado da África. Além disso, contamos com a apresentação da Nielsen, que trouxe interessantes insights sobre as tendências do consumo de lácteos no ambiente de crise econômica que vivemos em nosso país.

No total, mais de 150 profissionais do setor lácteo participaram do Fórum MilkPoint Mercado, com a presença de representantes dos maiores laticínios do país, entidades setoriais, empresas estrangeiras, empresas de ingredientes e também varejistas.

Agradecemos a confiança e o apoio de nossos patrocinadores, que auxiliaram na realização do evento: O Fórum MilkPoint Mercado contou com patrocínio Master da SIG Combibloc e da Engineering do Brasil (ENGdB), patrocínio Silver da Foss e apoio da Nielsen, 3rLab e revista Mais Leite.

A seguir, um breve resumo de cada uma das palestras de mercado que tivemos no Fórum MilkPoint Mercado.

Marcelo Pereira de Carvalho – CEO AgriPoint
Tema: MilkPoint Radar

- Apresentação sobre o MilkPoint Radar, nova ferramenta de compartilhamento de informações por produtores de leite, com relatórios e informações gerenciais para o setor.

Marcelo Pereira de Carvalho

Gabriel Bagnato – Gerente Geral INALE (Uruguai)
Tema: Mercado Lácteo no Uruguai

- 70% da produção do país destinada à exportação (leites em pó e queijos) (grande exposição ao mercado internacional)
- Brasil como principal mercado de exportação em 2015 e 2016 (principalmente em função da perda do mercado venezuelano como grande comprador dos lácteos uruguaios)
- 2016: forte redução das exportações lácteas do país (valor e volume)
- Grandes problemas climáticos, aumento dos custos de produção (principalmente concentrados) e fortes quedas de preços em 2016: queda na produção no primeiro de 2016 (-14% vs. 1º sem. 2015)
- Expectativa de crescimento sazonal da produção no segundo semestre e de fechamento da produção em 2016 -6% abaixo dos volumes de 2015
- Preços ao produtor até o final de 2016 estáveis entre US$ 0,26-0,28/litro
- Ações do governo: novas linhas de financiamento ao setor e discussões sobre sistemas de produção e exposição ao mercado internacional

Gabriel Bagnato

Miguel Paulon – Presidente CIL (Argentina)
Tema: Mercado Lácteo na Argentina


- Cenário 2015/2016 de produção de leite na Argentina: concentrado (milho e soja) mais caros por retirada total (no caso do milho) ou redução (no caso da soja) dos impostos à exportação. Desvalorização do peso argentino também ajuda a subir os custos de produção. Excesso de chuvas prejudicam a produção (2016)
- Demanda: baixa demanda interna e baixos preços internacionais
- Queda na produção no primeiro de 2016 (-14,7% vs. 1º sem. 2015) e nas exportações (-14,1%)
- Expectativa de que a produção siga em queda em 2016 e em 2017
- Forte competição pelo uso da terra: leite vs. agricultura
- Redução da produção pelo menor número de vacas em produção
- Melhora dos preços ao produtor e leve melhora do consumo interno

Miguel Paulon

Valter Galan – Sócio MilkPoint Inteligência
Tema: Perspectivas do mercado lácteo no Brasil – Possíveis cenários 2016/2017

- 2015: menor volume de vendas ao consumidor final, com queda real dos preços ao longo da cadeia e redução das margens de lucro do produtor de leite, resultando em 2,8% de queda na produção de leite do país (primeira queda depois de quase 20 anos
- 2016: oferta segue caindo forte no primeiro semestre (entre -6 a -7% vs. 1º semestre 2015) em função dos maiores custos de produção e do ano ruim em 2015)
- 2016: no final de 2015, o cenário para este ano era de forte subida de preços, pela queda na oferta interna, UHT puxando os preços e pressão nos custos de produção.
- Este cenário foi confirmado, principalmente para o leite UHT, seguido pelo queijo (com variações de preços bem menores). Produção local de leite em pó sofreu forte concorrência do produto importado (importações crescendo, em volume, mais do que 60% em relação ao ano passado).
- Cenário para o final de 2016: queda de preços a partir do leite de agosto (pago sem setembro (quedas já iniciadas fortemente no atacado do UHT e no leite spot)
- Apesar das quedas previstas no leite fresco, os preços elevados (melhor relação de troca – Receita Menos Custo da Ração (RMCR) com o milho e a soja) do leite devem fazer a produção começar a mostrar reação no segundo semestre do ano que, apesar disso, deve fechar com nova queda nos volumes (entre -2 a -3%) em relação a 2015
- 2017: muito cedo para uma projeção, mas as condições de produção na entrada do ano devem ser melhores do que no começo de 2016. Importações ainda deverão ser competitivas e, de forma geral, os preços do mercado devem ter menor pressão de alta em relação a 2016

Valter Galan 
Vitor De Marchi – Nielsen

- 2015: consumo das famílias em queda (-4%). Desemprego subindo (11,3% em ago/16), baixo índice de confiança do consumidor
- Renda
- Expectativa de recuperação econômica mais significativa somente a partir de 2018

- Novas tendências de consumo de alimentos frente o ambiente de crise: Estoque de alimentos; Busca de ofertas on-line e Lojas de desconto. 

- Cresce a importância do canal atacarejo (Cash & Carry) (Assai, Roldão, Mega G, etc.) neste contexto
- Cesta de produtos lácteos apresenta queda de -1,2% no volume de vendas (ano móvel 15 x 16 (até junho). O atacarejo ajuda a recuperar estas vendas (variação total retail + atacarejo = +0,8%)
- Categorias como iogurtes, leite fermentado e petit suisse tem as quedas mais expressivas no período
- Categorias com possibilidade de uso doméstico (refeições no lar) crescem de importância (cream cheese, requeijão, creme de leite, etc.)
- Linha de produtos lac free ainda são uma grande oportunidade no mercado brasileiro (70% dos brasileiros tem algum grau de intolerância à lactose)
- Saudabilidade também gera maior demanda

Vitor De Marchi

Mary Ledman (Daily Dairy Report)
Tema: Mercado Lácteo nos Estados Unidos


- Produção americana deve crescer 1,3% em 2016 e seguir este mesmo ritmo de crescimento em 2017. Em 2016 este crescimento vem do aumento da produção por vaca (já que o número de vacas mantém-se relativamente estável)
- Produção mundial (considerando os grandes players globais: União Européia, Nova Zelândia e Estados Unidos) deve começar a cair a parir do final de 2016, principalmente na EU e NZ, mantendo o ritmo de crescimento nos Estados Unidos (que não compensa as quedas nos dois primeiros). O crescimento europeu e neozelandês só deve voltar a acontecer a partir do segundo semestre de 2017
- Estoques americanos de gorduras lácteas, queijos e leite em pó desnatado ainda em níveis elevados
- Preço do petróleo deve manter-se abaixo de US$ 80/barril
- China tendendo a retornar ao mercado mundial de compras de lácteos
- Dúvidas sobre quando os grande estoques europeus (principalmente de leite em pó desnatado) voltarão ao mercado

Veronique Pilet (CNIEL França)
Tema: Mercado Lácteo na União Europeia


- Preços globais dos lácteos em queda depois de pico histórico em 2013 até a metade de 2014. Dentre as causas da queda está o forte aumento na produção mundial, especialmente na União Européia (que produz cerca de 150 milhões de toneladas de leite fresco/ano), onde o aumento também foi estimulado pelo fim da política de cotas de produção a partir de abril/2015
- O crescimento europeu na produção está concentrado na Irlanda, Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), Polônia e Dinamarca
- Nos últimos meses, tendência de reversão no ritmo de crescimento em função do excesso de chuvas na Primavera europeia e sistemas de administração dos volumes pelas empresas processadoras, visando a redução do fluxo de matéria-prima (ex: sistemas de cotas nas empresas da França e sistemas de preços que estimulam a redução de volume de produção)
- Em função das condições conjunturais descritas no ponto anterior, observou-se leve recuperação dos preços dos derivados lácteos na no mercado europeu a partir de maio. No entanto, este aumento ainda não chegou aos produtores (valores estão próximos ao “piso” de preços de 2009)
- Em função deste cenário, um novo “pacote” de suporte ao setor vem sendo usado pelo governo europeu:
- Apoio para estocagem de leite em pó desnatado (SMP), manteiga e queijos
- Dois pacotes de apoio financeiro de 420 + 500 milhões de Euros ao setor
- Artigo 222: ação coordenada entre os países membros para possibilidade de redução voluntária da produção de leite. Na consulta aos países, não houve unanimidade (Dinamarca, Reino Unido, Irlanda e Alemanha posicionaram-se contra a adoção deste artigo)
- Redução da oferta de leite não está em linha com o aumento dos investimentos em capacidade de processamento (principalmente, em capacidade de secagem de leite). Estes investimentos estão concentrados nos países/regiões que foram contrárias às medidas de restrição à produção (item anterior) (Irlanda, Alemanha, Norte da França e Dinamarca)
- Apesar da situação atual, a perspectiva futura é de que a União Européia siga sendo bastante relevante no mercado lácteo mundial, sendo a segunda produtora mundial de leite em 2025, somente atrás da Índia.
- A recuperação dos preços de mercado vai depender de uma série de fatores: Ajustes (redução) de volumes de produção; Demanda; Acordos comerciais; Embargo Russo; Brexit e outros acordos. 

Rafael Silva (Gerente de serviços da SIG COMBIBLOC)
Tema: Maior eficiência, custos menores

- Eficiência operacional é um temas mais importantes para CEO’s de empresas.
- A SIG possui ferramentas para a otimização de processos, redução de desperdícios e maior segurança no planejamento.
- Com o Performance Plus da SIG, os laticínios podem obter:
- Maior eficiência do equipamento e otimização da taxa de perdas;
- Segurança no planejamento com o monitoramento dos custos operacionais
- Redução das paradas não programadas das máquinas
- Melhoria da estrutura técnica e processo organizacionais.

Rafael Silva 

Kevin Bellamy (Rabobank)
Tema: Mercado Lácteo na China, Rússia e outros mercados emergentes

China

- Apesar do crescimento da produção interna, China vem crescendo sua importação de alimentos
- Redução do ritmo de crescimento da economia, mas ainda mantendo ritmo de média de 6 a 6,5% ao ano até 2020 (projeção)
- População envelhecendo
- Urbanização da população (maior consumo de lácteos) + Ocidentalização da dieta
- Demanda dos consumidores chineses cresce por nutrição de alta qualidade (food security como prioridade) (food safety + necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias + sustentabilidade e desperdício de alimentos)
- Tendências de negócios no país
- Empresas chinesas indo para outros mercados (Marcas/tecnologias/melhores práticas; Abastecimento e Expansão global)

- Expansão doméstica (Market share; Extensão da supply chain (maiores garantias) e Oportunidades cross-sector) 

- Empresas estrangeiras interessadas na China: demanda e crescimento

Rússia


- Queda nos preços internacionais do petróleo influencia o valor do rublo (queda) e o consumo de lácteos no país
- Apesar disso, o país tem sido foco de investimentos de várias empresas multinacionais: Danone, Arla, Ehrmann, Hochland, TH True Milk, etc.
- Crescimento per capita do consumo na Russia não deve ser extraordinário, mas sim em alguns países da Ásia (como Turquia, Uzbequistão, etc.)

Outros mercados (África)

- Grande potencial para desenvolvimento do consumo de lácteos
- África do Leste: desenvolvimento com base em produção local
- África do Oeste: grande importadora de lácteos

James Cisnandes Jr. (Engineering do Brasil – ENGdB)
Tema: Gestão Integrada da Política Leiteira


- Diante das diversas áreas de interação de uma empresa, uma boa gestão é um fator decisivo para o sucesso operacional.
- O SmartQuestion, da ENGdB, é uma ferramenta de gestão que pode auxiliar empresas a se tornarem mais eficientes na tomada de decisão, com a centralização de diversas informações em uma única plataforma.


James Cisnandes Jr.

Steve Spencer (Fresh Agenda)
Tema: Mercado Lácteo na Nova Zelândia e na Austrália


Nova Zelândia

- Redução na oferta na safra 2015/2016 e, com isso, redução dos volumes exportados
- Ilha Sul com menores efeitos de queda na produção
- Abate de animais caindo (sem alterações significativas no rebanho produtivo do país)
- Crescimento das pastagens nesta nova safra abaixo do “típico”, mas melhorando
- Redução das compras de torta de palma (-32% vs. safra anterior)
- Projeção para produção safra 16/17: -2 a -3%
- Sobre o potencial do leite na Nova Zelândia: quanto mais intensidade, maior o risco; investidores reavaliando o risco da atividade leiteira

Austrália

- Mix de produto diferente da Nova Zelândia: leite fluido representa 28% do volume, queijos 32% e exportações de 30 a 35% dos volumes
- Todo o leite sujeito a influência dos preços internacionais
- Fortes reduções de preços no final da safra 2015/2016 (erros de projeção por grandes empresas, como Murray Goulburn) (reduziu a confiança dos produtores nas empresas)
- Efeito dos preços internacionais (baixos) e da guerra de preços no mercado local
- Produção 15/16: -2%
- Cenário futuro (Poucas evidências de crescimento sustentado; Cresce o uso no mercado doméstico; Diferentes business models para exploração da cadeia láctea; Processo de consolidação na indústria)

Dan Undersander (Professor da Universidade de Wisconsin)
Tema: Produção de leite na China


- China é agora o terceiro produtor mundial de leite de vaca (somente atrás da Índia e dos Estados Unidos)
- Consumo ainda baixo: 30 kg de leite/habitante/ano, vs. 70 a 80 kg/habitante/ano do Japão e da Coréia
- Fazendas pequenas (menos que 100 vacas) ainda representam cerca de 50% da produção do país. Mas grandes unidades produtoras (até 10.000 vacas, com equipamentos de ordenha rotativos para 100 vacas ao mesmo tempo) aparecem diariamente, estimuladas pelo Estado e com financiamento bancário disponível
- Produtividade por vaca de 5.000 kg/vaca/ano (contra 9.000 kg/vaca/ano nos EUA)
- Adoção de técnicas como silagem de milho, principalmente nas grandes fazendas
- Centro de treinamento de mão-de-obra (Nestlé + Land´O Lakes) estabelecido para formação de profissionais para trabalharem nas fazendas leiteiras do país
- Produção leiteira no país está crescendo rapidamente e tecnologia de ponta está sendo empregada. NO entanto, em função do potencial de consumo e do gap de produção, a China tende a seguir como importadora de lácteos pelos próximos anos (médio/longo prazos)

Dan Undersander

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ANTONIO MUNIZ FILHO

MINISTRO ANDREAZZA - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/08/2016

É de grande importância essas discussões sobre a cadeia produtiva do leite, mostrando o cenário nacional e internacional para os produtores Brasileiros.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures