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Exportações de lácteos uruguaios poderão triplicar em uma década

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/08/2013

3 MIN DE LEITURA

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Durante o 5º Congresso Internacional do Setor Leiteiro, realizado em Montevidéu, um grupo de especialistas estimou que as exportações de lácteos uruguaios têm potencial para triplicar nos próximos anos.

O consultor e coordenador da Pós-graduação em Lácteos da Universidade Católica do Uruguai Dámaso Antonio Larrañaga (Ucudal), Carlos Mattos, estimou que, os atuais US$ 780 milhões gerados pelas exportações poderiam superar os US$ 2 bilhões em torno de 2023.

Os US$ 780 milhões exportados pelo Uruguai hoje representam 2% do mercado mundial, o que coloca o país em sétimo lugar. Para 2016 ou 2017, as exportações estariam superando os US$ 1 bilhão e, sete anos depois, esse valor poderia se duplicar, disse Mattos.

“Isso se deve às condições de produção que existem no país. Há uma grande brecha entre os produtores de ponta, que produzem 5.000 a 7.000 litros por hectares e a média que fica em 2.700 litros por hectare. O crescimento, especialmente desses últimos, não é tão complexo, já que existe o know how tecnológico para isso”.

A perspectiva para o mercado mundial de lácteos é totalmente favorável ao Uruguai, já que se prevê um aumento na demanda, com países produtores que possuem, em muitos casos, custos acima dos existentes no Uruguai, dificultando seu crescimento, disse Mattos.

“Segundo diferentes órgãos e analistas, pelo menos até 2020, espera-se um crescimento sustentado da demanda. Isso se deve à melhora nas economias das nações em desenvolvimento localizadas no sudeste da Ásia e, em menor medida, na África. O fenômeno de transferência de milhões de pessoas dos campos à cidade, que mudam sua dieta e consomem mais proteínas animais, entre elas, os lácteos, é um elemento chave”.

Aqueles países que têm custos de produção abaixo da média mundial, que está em US$ 0,40 por litro, serão os que poderão aproveitar melhor o aumento na demanda. “O Uruguai tem um custo de US$ 0,30 por litro de leite produzido. Isso permite poder responder rapidamente às modificações nos cenários, elevando seus volumes produzidos frente a bons preços e mantendo, de todas as formas, uma margem de lucro se os preços caem”.

A eficiências nos rendimentos do Uruguai o colocam como um dos países de ponta a nível internacional. Enquanto no Brasil a média de produção está entre 40 ou 50 litros por dia por produtor, no Uruguai, essa média é de 1.500 litros diários. Essa diferença se explica, em grande parte, porque enquanto a média mundial é de 2,44 animais por produtor de leite, no Uruguai esse valor supera os 100 animais, ficando entre os dez países do mundo que ultrapassa os dígitos.

Todos esses elementos dão um maior suporte para resistir em momentos adversos e ter uma melhor escala na hora de comprar insumos ou vender seu leite. O nível de qualidade do leite produzido no país situa o Uruguai, entre outros fatores, em um dos exportadores de elite, permitindo que consiga uma grande valorização. Há dois anos, chegou-se ao que se conhece como “Normativa Europeia”, um requisito diferencial em importantes mercados, disse Mattos.

O fato de o setor leiteiro do Uruguai seguir sendo predominantemente pastoril, apesar do aumento gradual no uso de rações e concentrados proteicos, possibilita aos produtores ter menores custos e maiores margens de manobra frente à mudanças nos preços internacionais. “Somente 29% da alimentação do gado é à base de rações, quando, em média, é de 50% e em outros países, como os Estados Unidos, esse dado é bem maior”.

Essa situação permite não somente menores custos, mas também, um importante grau de flexibilidade para, frente a preços altos, aumentar os alimentos que dão às vacas e, em condições adversas, reduzi-los. Há poucos produtores relevantes no mundo, como Argentina, Nova Zelândia, algumas regiões do Chile e Brasil, que contam com essa vantagem”.

Sem perder a base pastoril, estão sendo instalados no país os mega-laticínios, empresas de grande porte com outro modelo produtivo altamente tecnificado, onde o uso de rações e concentrados tem um papel fundamental para elevar a produtividade por vaca.

Por outro lado, o presidente da Federação Panamericana do Setor Leiteiro (Fepale), Bernardo Macaya, que também foi um dos palestrantes do Congresso, concordou com Mattos ao indicar que o momento que se vive “é muito favorável para a América-Latina”.

Para esse produtor costarriquense, trata-se de uma oportunidade quase única para o continente. “Em lugares como a Europa, a situação para produzir está muito complicada por diferentes fatores. A América Latina, por sua vez, tem todas as condições para ocupar o lugar de grande exportador de leite. “Somos prósperos, crescemos de forma constante, há produtores e indústria muito eficientes e, além disso, conta-se com recursos naturais, como terra e água de grande qualidade”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

 

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