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Evento do Cepea destaca a rentabilidade da soja em comparação a outras culturas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/06/2013

4 MIN DE LEITURA

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A soja garantiu rentabilidade elevada aos produtores brasileiros, mesmo com produção recorde na safra 2012/13. O milho 1ª safra também teve bons resultados e, em Luis Eduardo Magalhães (BA), até superiores ao da soja. Essas conclusões fazem parte de pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apresentadas no evento “Como vai a rentabilidade no campo?”, realizado em 6 de junho. Além da soja e do milho, foram discutidas também a rentabilidade do algodão e das pecuárias de leite e corte em “propriedades típicas” de importantes regiões produtoras do País. Os levantamentos de custos de produção do Cepea são realizados em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Entre as principais regiões produtoras de soja, Londrina (PR) se destacou com o melhor resultado na safra 2012/13. Considerando-se as compras de insumos entre março e junho de 2012 e a venda da produção entre janeiro e março/13, para cada R$ 1 investido, a soja retornou R$ 2,39 – ou seja, 139% a mais – sobre o Custo Operacional (gastos com insumos, mão de obra, operações mecânicas, assistência técnica, juros sobre capital investido nestes itens e impostos/taxas). Se analisado o retorno sobre o Custo Total, o resultado baixa para R$ 1,64 (64%), ainda bastante significativo – além dos itens do custo operacional, o custo total envolve a depreciação de máquinas, implementos e benfeitorias e ainda o custo de oportunidade da terra e do capital investido em todos os bens usados para a cultura.

No comparativo de nove regiões, Luis Eduardo Magalhães (BA) teve a menor rentabilidade, devido à quebra de produção e aumento dos custos com a infestação da lagarta Helicoverpa. Conforme os coeficientes técnicos da “propriedade típica” dessa praça, para cada R$ 1 investido, o retorno sobre o custo operacional foi de R$ 1,31 e frente ao custo total, apenas R$ 0,97, o que tornou essa localidade a única onde a soja não foi rentável economicamente.

O milho 1ª safra foi cultivado basicamente nas regiões onde a 2ª safra desse cereal não é recomendável devido a condições climáticas, como Luis Eduardo Magalhães, Balsas (MA) e Passo Fundo (RS). Na primeira delas, onde as perdas pelos veranicos no milho foram menos intensas que na soja, para cada R$ 1 investido, o retorno sobre o custo operacional foi de R$ 1,59 – no caso da soja, R$ 1,31. Em Balsas, onde o preço do milho é diferenciado, assim como em Luis Eduardo (mercado interno – Nordeste), por R$ 1 investido, o retorno sobre o custo operacional foi de R$ 2,03. Em Passo Fundo, no mesmo comparativo, o resultado foi de R$ 1,55, pouco abaixo do obtido pela soja, de R$ 1,86.

No caso do algodão-safra, a área foi bastante reduzida tendo em vista a baixa competitividade desse produto frente à soja e ao milho no momento de decisão. Em geral, cotonicultores limitaram o cultivo ao necessário para o cumprimento de contratos antecipados e, no caso dos grupos que possuem algodoeiras, para não deixar ociosa essa capacidade de beneficiamento. Como a cultura ainda não foi colhida, não é possível se estimar a rentabilidade.

As análises de grãos e algodão são feitas em 28 municípios e com a participação de 211 produtores, técnicos e consultores que se reúnem anualmente para definir as propriedades padrão de cada localidade pesquisada. Paralelamente a este trabalho, mensalmente são contatados 200 agentes de mercado em 16 praças para levantamento de preços e condições de mercado e das lavouras. Com base nessas formas de apuração de dados, os pesquisadores do Cepea fazem acompanhamentos mensais de custos de produção. Para definir esses custos são pesquisados dados como gastos com fertilizantes e defensivos, sementes, mão de obra, armazenamento, combustível e frete.

Pecuárias

Levantamentos do Cepea apontam que, em vários dos últimos 12 meses, a receita do leite foi suficiente basicamente para cobrir os custos operacionais – em diferentes sistemas de produção. Nos últimos meses, a situação melhorou um pouco, principalmente em sistemas mais tecnificados, mas, ainda assim, o suficiente apenas para pagar os insumos e a depreciação das instalações/bens usados na atividade. O Custo Total, que inclui o custo de oportunidade do capital envolvido, continua superior à receita em todas as regiões pesquisadas, em 17 estados brasileiros.

Tomando como exemplo duas propriedades típicas, uma em Castro (PR) – considerada “ilha de excelência” na produção de leite no País – e outra em Uberlândia (MG), pesquisadores do Cepea mostram a diferença das rentabilidades e também dos índices técnicos/zootécnicos entre elas. Na média de abril de 2012 a abril 2013, a propriedade de Castro teve margem bruta de R$ 885,36 por ha, enquanto que a mineira obteve apenas R$ 189,59 por ha. Bem distintos são também os índices técnicos. Por exemplo, a taxa de lotação da primeira é de 3,33 unidades animal por hectare, contra 1,07 UA/ha na segunda. Chama a atenção também a relação entre volume de leite produzido e o número de funcionários fixos. Em Castro, o típico é de 750 litros/homem/dia e, em Uberlândia, apenas 267.

Além das diferenças tecnológicas, as propriedades típicas da pecuária bovina de corte se diferenciam também quanto ao sistema predominante – cria, recria, engorda, ciclo completo. Como resultado, a rentabilidade de uma propriedade para a outra pode ser bastante distinta.

Em Rio Verde de Mato Grosso (MS), no sistema de cria, a receita obtida nos últimos 12 meses tem sido praticamente o dobro dos custos operacionais, chegando a mais de R$ 400 por 100 kg de peso vivo. Já em Barra do Garça (MT), com ciclo completo, os custos e a receita praticamente empataram a R$ 300 por 100 kg de peso vivo, enquanto que no sistema de recria-engorda, em Nova Andradina (MS), na maioria dos meses, o produtor paga o investimento, mas não a depreciação de bens, que bateram na casa dos R$ 500 por 100 kg de peso vivo nos últimos meses.

Os dados são do Cepea, adaptados pela equipe AgriPoint.

 

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