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Estudo destaca concentração de terras no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/12/2016

2 MIN DE LEITURA

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No Brasil, menos de 1% dos proprietários agrícolas possui 45% da área rural do país. Os homens estão à frente de 87% dos estabelecimentos, representando quase 95% das propriedades rurais. As grandes fazendas, com mais de mil hectares, concentram 43% do crédito agrícola. Mas são os pequenos que respondem por mais de 70% da produção de alimentos.

 
grandes fazendas

O estudo que mostra que no Brasil há muita terra para pouco proprietário foi assinado pela Oxfam, rede global de ONGs que define seu perfil de atuação pela luta contra a pobreza e a desigualdade em mais de 90 países. Batizado de "Terra, Poder e Desigualdade na América Latina", o relatório compara o cenário da concentração de terra em 15 países da região.

No Brasil, o estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e levou em conta o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006, o sistema de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, entre outros.

"Uma das mensagens principais do relatório é que se a América Latina é uma das regiões com maior desigualdade do mundo, essa desigualdade tem como um de seus pilares a concentração de terras", diz Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. "O modelo da concentração de terras reforça a desigualdade, que se retroalimenta no acesso a recursos financeiros e tecnológicos."

Pelo estudo da Oxfam, as propriedades de até 10 hectares ficam com 39,8% dos contratos de financiamento, que significam menos de 7% do volume de dinheiro. As propriedades acima desta linha de corte tem 0,9% dos contratos de financiamento e 43,6% dos recursos. Dados do Incra e da Procuradoria-Geral da Fazenda indicam que, em 2015, havia 4.013 propriedades com dívidas acima de R$ 50 milhões cada. Um universo de 729 proprietários tinha 4.057 imóveis rurais. "A dívida total desse grupo de pessoas chegava a R$ 200 bilhões em 2015", diz Katia Maia. "Calculamos que 200 mil pessoas poderiam ser assentadas se os devedores pagassem suas dívidas", diz ela, a "título de ilustração."

O Brasil está em quinto lugar em termos de concentração de terras da região. Ainda pior é a situação do Paraguai, Chile, Venezuela e Colômbia. O país com melhor cenário é a Costa Rica. "Concentração de terra também significa concentração de recursos naturais", destaca a diretora da Oxfam. "Precisamos enfrentar esta desigualdade que, ano a ano, prejudica o desenvolvimento sustentável e o combate à
pobreza não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina", disse ela, em nota divulgada à imprensa.

O estudo da Oxfam cita Correntina, na Bahia, como um município dos que está entre os 1% de maior concentração fundiária. Ali, as grandes propriedades ocupam 75% da área total dos estabelecimentos agropecuários. A pobreza atinge 45% da população rural e quase 32% da população total. Entre 2003 e 2013, em Correntina, 249 pessoas foram resgatadas da condição de trabalho análogo ao de escravo pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

As informações são do jornal Valor Econômico. 

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TRANSPORTES MINNIKEL

SANTA ROSA - RIO GRANDE DO SUL

EM 05/12/2016

O estudo poderia ser mais completo, observando como a distribuição de terras ficou ainda mais desigual nos últimos 12 anos, com o País em poder do Partido, que sempre pregou a IGUALDADE, mas que quando estava com o controle na mão, distribuiu na mão de poucos e ladrões COMPANHEIROS;
CHARLES HUMBERTO DE OLIVEIRA

ITUMBIARA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/12/2016

Em um País de dimensões continentais como o Brasil, onde o tipo de atividade rural se torna inviável economicamente, dado variáveis como a logística, escala de produção, condições edafoclimáticas entre outras, naturalmente se contempla a produção de um produto em detrimento de outros.  O crédito agrícola, disponível para grandes propriedades, se disponibiliza também para as pequenas, prova disso são os recursos do Pronaf que na maioria das vezes ainda possuem juros menores.  

Não acredito que a concentração de terras seja um dos pilares da desigualdade, mas sim uma consequência de diversas políticas públicas desajustadas e ineficientes que não favorecem a geração de renda no meio rural, culminando no desinteresse das novas gerações em continuar a produzir.  Este estudo deveria incluir também o volume total de dívidas dos pequenos proprietários e quantos imóveis rurais da agricultura familiar apresentam débitos, levando a um futuro próximo à venda do imóvel.

Assentar mais duzentas mil pessoas no modelo atual de reforma agrária como afirma Katia Maia, não é a defesa de desenvolvimento rural, mas sim de uma ideologia tendenciosa, que não consegue observar o quanto o Brasil pagou e paga por esse projeto desastroso.   
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/12/2016

A valorização dos produtos agrícolas e o leite principalmente, é importante, pois se não tivermos renda, de nada serviria o crédito.
HENRIQUE PASSINI DE CASTRO

ARACÊ - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/12/2016

Este estudo mostra tecnicamente, uma realizade que, nós que trabalhamos no campo, diretamente com os produtores temos assistido.  E ainda tem uma outra repercussão, que foi mencionada, que é a questão da sucessão familiar na agropecuária, pois, desta área que está na agricultura familiar, muitos dos mjovens rurais bandonam a atividade e vem para a cidade trabalhar por salários baixos e/ou subempregados.

Penso que a alternativa seria a criação de linha de financiamento fundiário, adequado a a realidade rural, prazo e taxa de juros que possibilitem a quem usar o crédito pagar. Algo parecido com SFH(Sistema Financeiro da Habitação). Um financiamento por CPF no Brasil.

Se isto acontecer acredito que teremos alguma mudança na estrutura fundiária, pois, a se manter o atual quadro a tendencia é a concentração de terra aumentar.

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