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Economias orientadas na América do Sul poderão render "efeitos positivos" para a indústria láctea dos EUA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/06/2016

4 MIN DE LEITURA

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Durante uma recente visita ao escritório internacional do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), em Arlington, Virginia, o chefe do conselho para a América do Sul, José Madeira, que fica no Brasil, discutiu os desafios e as oportunidades na América do Sul com Margaret Speich, vice-presidente sênior, estratégica e de comunicações da USDEC.

A América do Sul está passando por turbulências políticas. Qual sua avaliação sobre o que está acontecendo?

“Não se pode colocar toda a América do Sul no mesmo cesto, mas é verdade que o continente está passando por muitas mudanças. Pegue, por exemplo, o Brasil, onde está nosso escritório. A economia brasileira não está indo bem. Também temos problemas políticos. A presidente foi suspensa devido ao processo de impeachment. As boas notícias são que temos uma administração temporária no Brasil que parece ser mais pró-negócios do que a que tínhamos antes. Eu diria que há mais oportunidades para exportar ingredientes lácteos do que produtos aos consumidores no Brasil. O Brasil tem sua própria indústria de lácteos estabelecida, mas você não pode ignorar a possibilidade de exportar ao Brasil, porque o país tem 205 milhões de pessoas, representando 40% do mercado da América do Sul. A Argentina elegeu o novo presidente, Mauricio Macri, em 2015. Muitas pessoas acham que sua predecessora era ruim para a economia. Macri trouxe uma nova perspectiva econômica à Argentina, fornecendo novas esperanças. O país é um importante produtor de leite, bem como, de alguns produtos lácteos. O Chile tem uma economia estável. É assim há muitos, muitos anos. É o único país da América do Sul considerado como desenvolvido, com uma renda per capita de mais de US$ 20.000. O Chile é um mercado em crescimento para as exportações. Assim como Colômbia e Peru. Então, há a Venezuela. Você sabe que os maiores problemas estão ocorrendo lá agora. Esse foi um bom mercado no passado, mas está parado agora, esperando alguma resolução da situação política. Qualquer coisa que você diga sobre a Venezuela hoje pode ou não ser verdadeiro amanhã”.



Há um lado positivo dessas mudanças políticas?

“Sim. Há um forte movimento na América do Sul em direção a economias mais orientadas a mercados. O primeiro lugar em que vimos mudanças foi na Argentina. Também estamos vendo mudanças no Brasil, com a administração temporária. No Peru, tivemos um governo de esquerda e agora temos um presidente pró-negócios que foi educado no Reino Unido/Estados Unidos (com graduações em Oxford e Princeton) e tem uma esposa americana. Mudanças também estão em andamento na Bolívia. O continente está se movendo para um sistema econômico mais aberto, porque não funcionava para a maioria dos países que tinham uma abordagem diferente. Os sul-americanos veem economias crescentes e estáveis na Colômbia e no Chile e cada vez mais querem isso para si mesmos. Grandes mudanças políticas estão ocorrendo na América do Sul agora e isso poderá, com o tempo, criar um ambiente mais pró-negócios”.

Como essas mudanças políticas afetarão os exportadores de lácteos dos Estados Unidos?

“Isso terá um efeito muito, muito positivo. Estaremos lidando com pessoas com a mente mais aberta. Eles são favoráveis ao livre comércio. No Brasil, por exemplo, temos essa nova administração com um poderoso ministério de relações exteriores. Ele já começou as negociações para negociar acordos de livre comércio separadamente ao invés de em grupo. Isso ajudará à economia do Brasil. Nos últimos seis meses, houve uma mudança na mentalidade com as novas administrações na América do Sul e isso deverá ser uma boa notícia para os membros do USDEC”.

As importações de leite em pó integral da Venezuela caíram de 216.000 toneladas em 2012 para 57.000 toneladas no ano passado. Quando essa tendência terminará?

“A Venezuela não deve ser um mercado que qualquer exportador deve estar olhando atualmente. O país está parado. Eles não têm nem uma moeda forte. Muitas companhias pararam de fazer negócios na Venezuela, porque eles não estão pagando. Companhias aéreas cancelaram voos para a Venezuela porque não podem tirar dinheiro do país. A maioria das importações é agora feita pelo governo. A queda no preço do petróleo afetou a Venezuela e levou a essa crise política. A economia venezuelana é dependente do petróleo e das exportações de petróleo. Algo grande terá que acontecer logo, mas mesmo se houver mudança política, eles terão problemas até que os preços do petróleo se recuperem. Levará um certo tempo para a Venezuela se recuperar. Eu acho que é muito arriscado para qualquer fornecedor de lácteos fazer negócios com a Venezuela agora. Mesmo alguns países da América do Sul pararam de exportar à Venezuela”.

Quais serviços você pode fornecer na América do Sul?

“Temos um pacote completo de serviços para membros do USDEC. Podemos organizar visitas para companhias, preparar relatórios e explicar questões relacionadas ao registro de plantas e produtos, especialmente no Brasil, onde demora um pouco mais do que outros mercados da América do Sul. Podemos ajudar com o registro de plantas e registro de produtos no Brasil e outros mercados. É nosso trabalho diário lidar com essas questões para ajudar as companhias membros do USDEC a entrar nesses mercados. Podemos organizar reuniões e participar de eventos comerciais. Podemos também ajudar a organizar missões comerciais, missões com compradores e coisas assim. Nosso objetivo é ajudar as companhias membros do USDEC a serem bem sucedidas em nossos mercados”.

As informações são do Blog do USDEC (https://blog.usdec.org), traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

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