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Diogo Vriesman, do Grupo MelkStad: "existe capital a procura de projetos consistentes e pessoas capazes"

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/08/2016

6 MIN DE LEITURA

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Para iniciar o segundo dia do Interleite Brasil 2016 (04/08), o painel escolhido para ser debatido foi sobre “Sociedades e parcerias de produção”, moderado por Christiano Nascif, Coordenador técnico PDPL e do Educampo. Fazendo a abertura, Nascif elogiou o tema escolhido para ser discutido e disse que a interação entre os produtores é um das coisas mais importantes para a produção de leite.

Abrindo o ciclo de palestras, Diogo Vriesman, do Grupo MelkStad, em Carambeí/PR, expôs que o grupo iniciou as suas atividades em 2012 com 50 vacas em lactação e produção de 800 litros de leite ao dia na Colônia Witmarsun/PR. Atualmente conta com 880 vacas em lactação produzindo 30.000 litros de leite ao dia. O projeto final do grupo espera alcançar uma produção diária de 70.000 litros de leite com 1800 animais em produção.

Diogo Vriesman - Interleite 2016
Diogo Vriesman

“Eu sempre quis ter o meu negócio e a Melkstad surgiu em parceria com o meu primo. No início, busquei uma pessoa para gerenciar a fazenda porque eu não podia abandonar o emprego. Desde o começo trabalhei com um layout americanizado nas fazendas. Nosso principal objetivo é que o negócio seja rentável e em 2019 pretendemos estabilizar o nosso plantel”, iniciou Diogo. Segundo ele, o respeito dentro da propriedade sempre foi priorizado assim como a hierarquia – que mantém a ordem dentro da fazenda e da sociedade.

Ele apontou que a grande vantagem da Melkstad é unir os produtores de leite. O Grupo é composto por seis famílias – cada uma com o seu expertise. Algumas foram idealizadoras do projeto, outras possuem know-how em medicina veterinária, área administrativa, produção de alimentos, entre outros. “Tornamos a fazenda uma empresa. Temos regras para entrar e sair e o organograma do Grupo é levado a sério, além do acordo entre os acionistas, as regras para a tomada de decisão e as reuniões mensais para melhorar a gestão e a organização”, relatou.

Diogo disse ser um sonhador. “Tenho vários pensamentos e ideias para o futuro, nem que para isso se concretizar, sejam necessários novos investidores. Vale lembrar que se temos tudo muito bem controlado e gerido, é muito mais fácil de fazermos novas negociações. Nossa filosofia não é sermos os maiores produtores, mas os mais eficientes”, declarou.

Ele ainda observou que existe capital para investimento: “Esse é um país rico. Tem muito dinheiro para investimento, mas nenhum investidor quer colocar o dinheiro em quem não irá fazer acontecer. Conhecer muito bem a atividade e estruturar um projeto profissional faz a diferença. Existe capital a procura de projetos consistentes e pessoas capazes”, ponderou.

Propriedade de Bruno Girão, a Fazenda Flor da Serra, localizada em Limoeiro do Norte/CE, fica na Chapada do Apodi, uma formação montanhosa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, de 150 metros de altitude, praticamente plana, com solos de alta fertilidade, clima semiárido tropical, com precipitação média de 600 mm anuais, alta insolação e temperatura média de 28,5 °C - clima ideal para o crescimento de forrageiras tropicais. “A atividade leiteira corre no nosso sangue”, disse Bruno. A fazenda iniciou as atividades em 1968, por meio do empresário Luiz Prata Girão.

Bruno Girão - Interleite Brasil 2016
Bruno Girão 

A água utilizada na propriedade vem do maior reservatório do Ceará e consegue abastecer todo o projeto de irrigação. Hoje são 10 pivôs com 470 hectares irrigados. A fazenda utiliza sistema a pasto irrigado e o padrão racial do rebanho é girolando e jersolando.

“Temos um centro de custo para cada setor dentro da fazenda, cada um com as suas metas. Fazemos reuniões mensais para analisar todos os dados com todos os parceiros e responsáveis por todos os setores. Buscamos a máxima transparência e almejamos sempre a redução dos custos”, comentou o produtor.

A Flor da Serra está organizada sob um sistema em que não há funcionários na fazenda. Esse modelo é muito parecido ao que é feito na Nova Zelândia, com os “sharemilkers” (parceiros que trabalham na propriedade e recebem uma porcentagem do lucro em troca de trabalho). Os pré-requisitos para o bom funcionamento dessa parceria inclui um sistema contábil atualizado, ambiente colaborativo na execução dos trabalhos, mão de obra comprometida com resultados, meritocracia (remuneração fixa + remuneração variável), entre outros.

“Temos a empresa âncora que é a Girão Agronegócios, proprietária do empreendimento e que administra a fábrica de ração e a recria, além da gestão dos centros de custos e fundo de reposição, com planilha aberta a todos os parceiros. As outras empresas são a ‘Parceira na Produção de Leite (UPL)’, a ‘Parceira na Produção do Bezerreiro’ e o ‘Fundo Financeiro de Reposição do Rebanho da UPL’”, explicou Girão.

Para facilitar o entendimento, ele citou como funciona uma das empresas: “A empresa parceira na gestão do bezerreiro, por exemplo, é responsável pela contratação, gestão e pagamento de pessoal para o manejo dos bezerros até a recria. Ela recebe da empresa âncora e administra todos os equipamentos, animais e insumos e recolhe os bezerros nascidos nas unidades de produção de leite. A remuneração da empresa parceira é baseada em bonificação/desconto”.

Considerando todos os núcleos e também a recria, a fazenda possui mais de 5.000 animais. Atualmente estão em lactação 2.100 vacas, com produção diária de 28.500 litros de leite (média de 13,6 litros/vaca/dia).

Concluindo o primeiro painel da manhã, Leopoldo Antônio Pereira, das Fazendas Reunidas ACP e Filhos, em Carmo do Rio Claro/MG comentou que empresa possui 55 anos de atividade na pecuária de leite, com três gerações familiares. “O leite é o nosso melhor negócio. Mas já alerto: quem produz o leite é a agricultura! Não tem nenhum sistema que, por meio de uma agricultura ineficiente, consegue produzir leite de uma forma eficiente”. A produção leiteira começou em 1960 com 30 litros por dia.

Léo Pereira - Interleite Brasil 2016
Léo Pereira 

A fazenda, que está estruturando um museu para contar a sua trajetória, idealizado pelo patriarca Antônio Carlos Pereira, destina 505 hectares para a produção de leite e produz 40.000 litros por dia. São 1500 animais em lactação, 90% se encontram no free stall e 10% em pastejo. Pecuária de corte, produção de cereais, café, cana e peixes, são as outras produções desenvolvidas. Leonardo fez questão de ressaltar na sua apresentação que, em 2015, o faturamento do setor leiteiro foi maior que todas as outras culturas que produz - totalizando R$ 34.400,00/ha. “Com esse faturamento, se você tiver uma margem de 15%, terá lucratividade maior do que a receita bruta de soja”, demonstra ele.

 
O sistema adotado é de sociedade familiar, definido há 2 anos e que ainda está em execução. “Os sócios são funcionários do grupo. Para aperfeiçoar o nosso sistema gerencial, fazemos reuniões semanais para apresentar resultados, fazer o planejamento operacional, a seleção de prioridades e o planejamento financeiro. Também temos algumas empresas de apoio, como para armazenar grãos e realizar o transporte” explanou, mostrando que o grupo é bastante verticalizado.

Perguntado sobre como é a experiência em trabalhar com membros da família, ele diz que buscam a máxima transparência e confiança. “Meu pai sabe tudo o que acontece na fazenda. Em família, ‘roupa suja tem que ser lavada rápido’. Desde que começamos a nos reunir semanalmente, a paz reinou”.

Coffee break - Interleite Brasil 2016
Coffee break Interleite Brasil 2016 
 

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