O diagnóstico preciso da qualidade do leite é imprescindível para manter um padrão adequado para a sua ingestão. O Relatório de Inteligência do SEBRAE deste mês abordará a importância do diagnóstico da qualidade do leite, as mudanças nas diretrizes e os patamares exigidos para a verificação do produto.
Para desfrutar das benesses desse alimento, o ser humano entendeu que é primordial ordenhar vacas saudáveis e realizar tal procedimento da forma mais higiênica possível. Além disso, conservar o produto em temperaturas baixas, para evitar que o mesmo estrague, e tratar termicamente o leite antes de ingeri-lo, com o intuito de dissipar os agentes patogênicos que ele pode conter, são ações fundamentais para melhorar sua qualidade.
Como qualquer outro tipo de produto alimentício, a busca pela qualidade do leite e dos seus derivados é regulada por órgãos oficiais para garantir a segurança alimentar de toda a população. Dentro desses órgãos são elaboradas diretrizes de orientação voltadas para todo o setor, como o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL).
Obstáculos
Pontos a melhorar visando incrementar a qualidade total
A indústria láctea brasileira ainda enfrenta problemas sérios no que diz respeito à qualidade do leite recebido dos produtores. Alguns pontos que mostram por que esse tipo de dificuldade ocorre são:
Ações visando qualidade PNQL - RBQL – IN 62
O PNQL (Programa Nacional da Melhoria da Qualidade do Leite) tem por objetivo:
Estabelecida no mês de abril de 2002, a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL) é uma estrutura que serve para monitorar os requisitos mínimos da qualidade do leite cru. Algumas normas foram estabelecidas e diretrizes de qualidade foram criadas com o intuito de assegurar uma alta qualidade no leite e fiscalizar a procedência.
Diretrizes de qualidade tabelas
Foram estabelecidas algumas diretrizes com o PNQL para que a qualidade do leite produzido no país tivesse uma melhora contínua. Dentro dos principais dados analisados, temos a avaliação da CCS (Contagem de Células Somáticas) e a avaliação da CBT (Contagem Bacteriana Total). A primeira contagem é relacionada a uma questão exclusivamente sanitária; a segunda tem a ver com uma questão de higiene, contudo, ambas interferem decisivamente na qualidade final do leite.
As tabelas a seguir mostram qual foram as metas sugeridas pelo programa e que deveriam ser alcançadas em cada um desses períodos. A avaliação do leite visando a CCS e a CBT tem por principal objetivo evitar que o consumidor adquira um alimento contaminado e impróprio para o consumo.
Mudanças no cronograma de adequação
Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
Em 1º de julho deste ano, de acordo com o pré-estabelecido no PNQL (Instrução Normativa n. 62, de 2011) deveriam entrar em vigor as novas diretrizes de limites para Contagem das Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT) do leite. Contudo, no dia 3 de maio foi publicada uma Instrução Normativa nova, que alterou a antiga. Com isso, os prazos determinados anteriormente foram alongados em mais dois anos e as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste somente precisarão entrar nos limites estabelecidos em 2018.
Isso ocorreu porque foram detectadas grandes discrepâncias entre o que deveria ser adotado no meio deste ano e o que, de fato, estava sendo cumprido por parte dos produtores. A nova Instrução Normativa estabeleceu novos limites básicos para o ano de 2016 no que se refere à CBT e à CCS. Elas foram reduzidas para 100 mil cls/ml e 400 mil UFC/ml, respectivamente (vide tabela a seguir).
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As informações são do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae.