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Desvalorização do peso afetou produtores de leite da Argentina que ameaçam com protestos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/03/2014

3 MIN DE LEITURA

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Os produtores de leite da Argentina estão prestes a voltar a fazer protestos. Por causa da crise no setor, agravada nas últimas semanas pela desvalorização do peso – já que os produtores recebem em pesos e em um prazo de 30 a 40 dias com 60% dos custos dolarizados -, farão nos próximos 15 dias assembleias nas principais bacias leiteiras e decidirão os passos que serão seguidos.

Nas primeiras reuniões, uma em Alicia, província de Córdoba, convocada pela Federação Agrária Argentina (FAA), outra em Suardi, Santa Fé, foi discutida a deterioração do setor, em que os preços pagos aos produtores ficaram menores com relação aos custos.



Um relatório do Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (CREA) colocou a situação em perspectiva. Enquanto na segunda metade de 2013 o custo de produção de leite aumentou a uma taxa de 2,8% mensal, o preço de venda de matéria-prima aumentou e, 1,5%.

A equação se complicou ainda mais após a desvalorização da moeda argentina. A rigor, de acordo com o CREA, para um modelo de produção de leite de Santa Fé de alta tecnologia, os custos subiram em 16,1% em comparação à janeiro de 2014 versus dezembro de 2013. Nos custos que respondem à variação do dólar, há grãos (em especial o milho), agroquímicos e sementes, entre outros insumos. Em contrapartida, o preço do leite ficou atrás e aumentou no máximo em 5,6%.

“A situação já vinha complicada mas agora é crítica. Por isso, decidimos fazer reuniões nas diferentes bacias leiteiras para definir o que vamos fazer”, disse o diretor e referência do setor leiteiro da FAA, Guillermo Giannasi. Ele se queixou que “o Governo olha para outro lado”, dizendo que nesses encontros, será decidido o que será feito.

Os produtores de leite afirmam que seus preços ficaram defasados. Em dezembro passado, segundo o Ministério da Agricultura, o valor médio recebido pelos produtores foi de 2,301 pesos (US$ 0,2916). Hoje, de acordo com fontes privadas, estaria em uma faixa de 2,40 a 2,70 (US$ 0,3042 a US$ 0,3422), segundo as regiões.

“O leite deveria estar, no mínimo, em 2,80 pesos (US$ 0,3549) por litro para que se freie a crise ou pelo menos não se agrave mais. Pensamos que em 3 ou 3,2 pesos (US$ 0,3802 a US$ 0,4056) por litro ocorreria novamente boas relações de preços para que a produção volte a crescer”, disse o presidente da Sociedade Rural de Trenque Lauquen, Matías Cardini. Ele disse que nessa região produtora, o preço do leite é de 2,40 pesos (US$ 0,3042) por litro produzido.

O consultor José Quintana disse que para que se tenha a mesma relação preços/custo de setembro passado, o valor da matéria-prima deveria ser de 3 pesos (US$ 0,3805) por litro. “Caminhamos para outro estancamento da produção”, disse ele, caso os preços permaneçam nestes patamares.

Na mesma linha expressa por Quintana, Gonzalo Elizondo, técnico da consultora MAB, prognosticou que, sem adequação dos preços, haverá “irremediavelmente menor produção em curto prazo”.

Por isso, os produtores de leite insistem em uma melhora dos preços que recebem. Giannasi acredita que os valores deveriam estar bem mais elevados do que 3 pesos. “Teria que receber 3,50 pesos (US$ 0,4436) para ter rentabilidade”. Ele estimou que nos últimos dez anos, ficaram no caminho 8.000 produtores de leite (calculou que havia caído de 18.000 para 10.000 a quantidade de produtores) e que já não se pode perder mais nenhum produtor.

Segundo o estudo do CREA, em dezembro passado, com um valor equivalente a U$ 0,33, os produtores argentinos receberam menos que seus pares da região e, inclusive, dos Estados Unidos e Europa. “A desvalorização de janeiro de 2014 reduziu ainda mais o preço do leite pago aos produtores argentinos, ficando entre 28 e 30 centavos de dólar por litro”.

A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint

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