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Demanda de lácteos do Oriente Médio acompanha petróleo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/06/2015

4 MIN DE LEITURA

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Rasmus Malmbak Kjeldsen pode ser um executivo de uma companhia de lácteos europeia líder de mercado, mas ele também mantém um olho no preço do petróleo. O presidente da Arla Foods no Oriente Médio e África, que fica em Dubai, disse que a demanda de lácteos da região tem sido fortemente influenciada pelo preço do petróleo, que tem impulsionado ampla atividade econômica.

Com sua população em rápido crescimento e o crescimento nas rendas, os países no Oriente Médio e norte da África registraram uma rápida expansão de seus mercados de lácteos. “Muitos desses países são produtores de petróleo e durante os últimos quatro a cinco anos, temos visto um crescimento muito forte”, disse ele.

A importância da região aumentou para grandes exportadores de lácteos, com o mercado internacional afetado pelas menores importações da China, enquanto enfrentam altos estoques e os preços dos lácteos em seu menor nível desde 2009.

Embora o comércio mundial de produtos lácteos tenha dobrado na última década, as importações do Oriente Médio triplicaram e as exportações para os cinco países na área de Maghreb aumentaram em 3,5 vezes, de acordo com dados do Centro Internacional de Comércio da Suíça.

Apesar de o crescimento não ter sido tão espetacular quanto foi na China, onde as importações aumentaram em 14 vezes no mesmo período, eles se tornaram importantes mercados para importantes exportadores, incluindo Nova Zelândia, Europa e Argentina.

Diferentemente da China e países do sudeste da Ásia, onde os produtos lácteos como leite e queijos são relativamente novos na dieta, a região do Oriente Médio e do norte da África têm tradição de consumir produtos lácteos, disseram analistas.



Muitos estabeleceram indústrias de lácteos, mesmo no Golfo, onde os governos construíram cadeias integradas de fornecimento com grandes fazendas leiteiras no meio do deserto. Por exemplo, a Almarai, da Arábia Saudita, que foi fundada em 1977, exportando 1,1 bilhão de litros de leite no ano passado, um quinto da produção total da Irlanda.

Entretanto, a maior demanda e as limitações para o aumento da produção significaram que a lacuna na oferta tem sido preenchida com maiores importações. Nos países produtores de petróleo em particular, as maiores rendas – tanto privadas como do governo – foram os principais direcionadores por trás da maior demanda, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

“Em alguns países, como Argélia e Venezuela, as compras do governo, via concursos internacionais, são elementos importantes no mercado mundial de leite em pó”, disse o analista do mercado de lácteos da FAO, Michael Griffin.

À medida que as ligações de transporte e o desenvolvimento de produtos permitem que os produtos lácteos sejam exportados para qualquer lugar do mundo, o preço se tornou o principal determinante. A competição se tornou acirrada, com a região conhecida por ser muito sensível ao preço, disse Griffin.

O crescimento na região do Oriente Médio e no norte da África (MENA) impulsionou investimentos corporativos na região nos últimos anos. “Na MENA, está surgindo muita atividade”, disse o analista do Rabobank, Kevin Bellamy.

Em 2013, a cooperativa irlandesa Ornua comprou 75% de uma fabricante de queijos Saudita; no ano passado, a Danone aumentou sua participação na maior companhia de lácteos de Marrocos, Central Laitière, para 90%; e mais recentemente, o Bel Group, comprou a participação majoritária da companhia de lácteos líder de Marrocos.

A Arla, que está na região há quatro décadas, no mês passado anunciou uma joint venture com a Juhayna, maior companhia de lácteos egípcia. O acordo permitiu que o grupo de lácteos tivesse acesso à vasta rede da companhia egípcia e acessasse pequenas lojas ao redor do país, disse Kjeldsen.

“Os lácteos no Egito estão crescendo de 9% a 10%, mas esperamos que o negócio cresça de 15% a 20% pro ano. Precisamos de infraestrutura para fazer isso”, disse ele.

Uma das principais atrações da região é o espaço para produtos lácteos processados, como queijos. Apesar de a Ásia ter tido uma história de lácteos nos últimos anos, a intolerância à lactose principalmente entre os adultos, e a aversão aos sabores fortes dos queijos fizeram com que o mercado fosse focado principalmente em leite e leite em pó.

“Na Ásia, trata-se de construir uma nova geração de lácteos, mas [no Oriente Médio e norte da África] os queijos são parte da dieta”, disse a analista de alimentos do Euromonitor Internacional, Lianne van den Bos.

Mas, e a recente queda no preço do petróleo? Kjeldsen disse que está acompanhando de perto, mas, apesar do petróleo bruto Brent, benchmark internacional, ter caído de mais de US$ 100 no começo de 2014 para cerca de US$ 65 o barril, ele disse que, em curto prazo, não está preocupado.

Ele disse que muitos países produtores de petróleo em sua região têm reservas cambiais para voltar a cair. “Os governos tendem a se ater aos planos de investimento para 12 a 18 meses”.

A reportagem é do Financial Times, traduzida pela equipe MilkPoint. 

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