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Companhias de lácteos da Europa disputarão posição no mercado da China com o fim das cotas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 31/10/2014

3 MIN DE LEITURA

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As companhias de lácteos da Europa vêm aumentando a produção de leite com a proximidade da expiração das cotas de produção da União Europeia (UE) em 31 de março de 2015. Sob o sistema de cotas de 30 anos, cada Estado Membro tinha que pagar uma multa se produzisse mais do que a cota permitida, que para toda a UE é de 154,6 milhões de toneladas no ano passado – ou cerca de um quinto da produção mundial de leite, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Grande parte do leite adicional irá para a China, que compra aproximadamente dois terços do comércio mundial de leite em pó integral e mais de um terço dos envios globais de leite fresco. A China em si é o quarto maior produtor de leite do mundo, mas depois de menos de duas décadas de rápida expansão, suas companhias de lácteos não podem alcançar a mesma qualidade ou preços dos produtores tradicionais.

“É importante ter acesso a mercados, porque o aumento no leite que é esperado é destinado aos mercados globais”, disse o analista do setor de lácteos do Rabobank, Matthew Johnson. Com isso em mente, a cooperativa da Nova Zelândia, Fonterra, assinou um acordo com a BeingMate no começo desse ano, enquanto a Arla Foods da Dinamarca e a Danone, da França, juntas adquiriram participação na produtora de lácteos chinesa, Mengniu Dairy.

O aumento esperado no leite vem à medida que a competição no mercado internacional de lácteos vem se intensificando após anos de preços fortes. Os preços do leite aumentaram nesse verão, à medida que a Rússia, maior importador do mundo de leite fresco, queijos e manteiga, proibiu os produtos europeus em retaliação pelas pressões internacionais por causa do conflito na Ucrânia. O embargo russo coincidiu com a redução na demanda da China.

O fim das cotas de produção oferece oportunidade de expansão para os produtores em países como Irlanda, que está entre os de menor custo de produção de leite do mundo. “Temos capacidade de crescer”, disse o representante do Bord Bía, da Irlanda, em Xangai, James O’Donnell. Em contraste, a Nova Zelândia, a “Arábia Saudita do leite” está próxima ao limite do quanto pode aumentar de produção sem substituir a produção à base de pasto por uma alimentação comercial mais cara, disse Johnson.

Um dos atrativos do mercado chinês é que os pais desse país estão dispostos a pagar um preço premium pelo leite importado após uma série de escândalos de qualidade do leite, com o pior tendo resultado na morte de pelo menos seis bebês em 2008 e deixado 50.000 bebês hospitalizados.



Os processadores chineses de alimentos lácteos importam leite em pó estrangeiro ou compram de companhias de lácteos que são controladas por companhias estrangeiras, como Fonterra, para compensar a baixa qualidade de grande parte do leite fresco produzido domesticamente.

Pequim culpa sua massa de pequenos e inexperientes produtores de leite pelo escândalo de 2008, em que leite de baixa qualidade foi deliberadamente contaminado com melamina e, desde então, introduziu uma série de medidas para forçar a indústria de lácteos a crescer.

Sejam grandes ou pequenas, as fazendas leiteiras na China raramente têm uma terra boa para as vacas pastarem, significando que dependem de alfafa, muito mais cara, ou outros alimentos comerciais, ou reduzir custos, ou ainda, sacrificar a qualidade do leite. Custa US$ 0,40-US$ 0,60 para produzir um quilo de leite fresco na China, comparado com US$ 0,30-US$ 0,40 por quilo nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Argentina.

“Precisamos tornar as fazendas leiteiras locais competitivas em termos de custo”, disse o técnico do grupo suíço de alimentos, Nestlé, na China, Christian Schmid. A Nestlé é uma das maiores produtoras estrangeiras de fórmulas lácteas para bebês na China, significando que precisa fornecer leite domesticamente. Por quase 30 anos, a companhia comprou de pequenos produtores nos campos verdes e vilarejos da província de Heilongjiang, mas há alguns anos, decidiu investir em fazendas maiores que controla.

A reportagem é do The Financial Times, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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