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Chineses investem em 50 fazendas leiteiras na Austrália

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/10/2014

3 MIN DE LEITURA

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Investimentos chineses estão invadindo a indústria de lácteos da Austrália, com quatro mega-acordos multimilionários em progresso que deverão fazer com que companhias estatais chinesas fiquem com grandes participações em todas as maiores operações de produção leiteira australianas.

Na região oeste do Estado australiano de Victoria, cerca de 50 fazendas leiteiras entre Colac e Mount Gambier assinaram acordos individuais para vender suas fazendas, no valor coletivo de A$ 400 milhões (US$ 350,94 milhões) para um conglomerado de lácteos dominados por chineses reunidos pelo promotor imobiliário da Tasmânia, Troy Harper.

As 50 fazendas juntas possuem 90.000 vacas produzindo 500 milhões de litros de leite por ano, cerca de um duodécimo da oferta total de leite de Victoria.

O plano é que as fazendas recentemente agregadas aumentem sua produção de leite em pelo menos 50% para fornecer a duas novas plantas de processamento que serão construídas no oeste de Victoria que processariam e exportariam A$ 700 milhões (US$ 614,15 milhões) de fórmulas lácteas infantis para a China e outros mercados globais.

Harper, que se descreveu como um facilitador de private equity através de sua companhia, Linear Capital, somente revelou que a nova empresa de lácteos que pertence parcialmente a chineses era “um importante participante dominante estatal de Pequim” na indústria de lácteos, com marcas estabelecidas, poder de negociação e poder de varejo.

Ele não quis revelar o nome da companhia chinesa – há especulações de que seja o dominante COFCO Group, maior processador e comerciante de alimentos da China, ou sua subsidiária, China Food – ou o nome de outros investidores globais e australianos que ficaram com os outros 49% desse novo gigante de lácteos ainda sem nome. No entanto, Herper disse que os detalhes do acordo seriam esclarecidos dentro de poucos dias. “Nós associamos com um importante grupo fora da China; isso se trata de reunir uma nova forma de fazer as coisas, construir um negócio global e obter o melhor acordo aos produtores”.

“Eles estavam buscando tentar e encontrar uma parte da indústria e reestruturar isso, de forma que funcionou para eles; fomos convidados a (montar uma entidade) para fornecer uma escala de 500 milhões de litros de leite por ano; demorou oito meses, mas agora concluímos a compra de nossas fazendas”.

O novo negócio será a maior companhia de lácteos da Austrália, cinco vezes maior do que a grande Van Diemen’s Land Company (VDL) na Tasmânia, que a Chinese Investment Corporation chegou perto de comprar no ano passado por mais de A$ 200 milhões (US$ 175,47 milhões).

Também foi confirmado nessa semana que a VDL está novamente à venda. Especula-se que o ex-diretor executivo da empresa, Mike Guerin, está reunindo um grupo de investidores com uma companhia chinesa contribuindo com 51% para comprar 19.000 hectares da VDL, 25 fazendas e 18.000 vacas leiteiras pertencentes a Plymouth District Council., da Nova Zelândia.

Também na Tasmânia, Landmark Harcourts colocou 12 fazendas leiteiras na área de Smithton coletivamente à venda, por A$ 120 milhões (US$ 105,28 milhões). O diretor de propriedade da Landmark, John Hewitt, que retornou na semana passada da China onde estava oferecendo as fazendas a potenciais interessados chineses, disse que percebeu no ano passado que nenhum licitante corporativo chinês queria falar de compras de propriedades de escala menor que A$ 100 milhões (US$ 87,73 milhões).

Seu grupo de fazendas, todas próximas, possui 12.000 vacas produzindo 60 milhões de litros anualmente. “A principal barreira não é que eles não estejam interessados, mas eles só querem gastar mais de A$ 100 milhões (US$ 87,73 milhões) e tipicamente preferem acordos de joint venture de 51%”.

Harper disse que a companhia também está em discussões com o governo do estado para locar 120 leitos do antigo colégio agrícola Glenormiston em Mortlake como parte do acordo, para usar como instalação de treinamento e educação para lácteos. Ele prometeu aos produtores de leite locais que eles se beneficiariam do acordo com o conglomerado chinês, à medida que a nova companhia busca melhorar a produtividade de suas fazendas e construir duas novas plantas de processamento.

Porém, para as processadoras de lácteos rivais com fábricas na região, como a Warrnambool Cheese & Butter, pertencente à canadense Saputo, Murray Goulburn e Fonterra, o fechamento de 50 fazendas com seus 500 milhões de litros de produção anual de leite pela corporação chinesa levaria a uma escassez drástica na oferta de leite. “Eu não chamaria isso de interrupção, mas de redistribuição da oferta de leite; o oeste de Victoria é o único local que poderia agregar esse número de fazendas juntos para a quantidade de leite necessária”, disse Harper.

A reportagem é do The Australian, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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