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China desequilibra mercado internacional de lácteos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/07/2015

2 MIN DE LEITURA

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Os preços do leite em pó voltam a registrar baixas históricas no mercado internacional. No leilão dessa semana da plataforma Global Dairy Trade (GDT), que tem entre seus participantes a neozelandesa Fonterra, a cotação do leite em pó desnatado teve queda de 10,1%, para um valor médio de US$ 1.702 por tonelada, o menor desde que os pregões de leite desnatado começaram a ser realizados, em março de 2010. No caso do leite em pó integral, houve queda de 13,1% no leilão, para US$ 1.848 por tonelada, o segundo menor valor desde julho de 2008, quando os leilões começaram a ser realizados. Em julho de 2009, a cotação atingira US$ 1.829 por tonelada.

Os leilões da plataforma acontecem quinzenalmente e são referência para as negociações de lácteos no mercado internacional. Neste momento, segundo analistas, a grande responsável pelo recuo dos preços do leite em pó é a China, que tem reduzido as compras em decorrência de seus estoques elevados ­ mas desconhecidos ­ e do ritmo mais lento de crescimento de sua economia.

"A China está desequilibrando o mundo", diz Laércio Barbosa, diretor do Laticínios Jussara.

De acordo com Valter Galan, do MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, a China tem reduzido as  importações na comparação com o ano passado. Dados estatísticos da alfândega  do país, compilados pela consultoria, mostram que a China importou entre março e maio deste ano, cerca de 190 mil toneladas entre leite em pó integral e desnatado. No mesmo período de 2014, haviam sido 368 mil toneladas.

Mas o volume de produção nas regiões exportadoras de lácteos também pressiona o mercado, segundo Galan. Esperava­-se que a queda das cotações desestimulasse a produção nessas regiões. Isso, no entanto, ainda não ocorre. Esse é o caso da Nova Zelândia, maior exportadora mundial de lácteos. Além disso, o fim do regime de cotas para o segmento na Europa tem incentivado a produção de leite na Irlanda. Outro fator são os estoques elevados, tanto de leite em pó desnatado quanto de integral, nos Estados Unidos e na Europa.

O "derretimento" dos preços internacionais tem impacto sobre o Brasil, já que acaba estimulando as importações de lácteos. As compras já tiveram crescimento expressivo no primeiro semestre e devem continuar avançando, estimam analistas. Isso porque o produto importado está competitivo em relação ao nacional, mesmo com o dólar nos atuais patamares.

De acordo com dados da Secex compilados pelo MilkPoint, entre janeiro e junho deste ano, o Brasil importou 65.916 toneladas de produtos lácteos, 35,1% acima das 48.794 toneladas de igual intervalo de 2014.

O ingresso de lácteos importados no mercado brasileiro pode pressionar os produtos nacionais. Conforme cálculos do MilkPoint, transformados em equivalente ­leite, entraram no país em lácteos importados entre janeiro e junho deste ano cerca de 522,3 milhões de litros. A produção formal de leite no Brasil em 2014 somou 24,741 bilhões de litros, segundo o IBGE.

Por enquanto, o efeito das importações no mercado doméstico não é significativo, já que a oferta de matéria-­prima no Brasil ainda é restrita por causa da entressafra, avalia Laércio Barbosa, da Jussara. Ele avalia, ainda, que o consumo de leite deve estar estável atualmente, uma vez que os preços não têm tido grandes alterações, apesar da importação.

Segundo Barbosa, o leite longa vida no atacado saiu de R$ 2,30 o litro no começo de junho passado para R$ 2,20, preço que se mantém há três semanas.

Para Valter Galan, o "fundo do poço" para o leite no mercado internacional ainda não chegou. "A demanda está muito pequena e não há perspectiva de aumento no curto prazo. Além disso, não vejo recuo expressivo na produção", afirma ele.

A reportagem é do Jornal Valor Econômico.

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