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Brasil quer ser um dos maiores fornecedores de lácteos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/07/2013

3 MIN DE LEITURA

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Quarto maior produtor de leite do mundo, o Brasil não figura entre os maiores exportadores de lácteos, quadro que deve mudar na próxima década com o aumento da produção e ações de promoção comercial. Com mais produção e mais divulgação, o País pode, até 2023, figurar como o sétimo principal exportador do planeta, de acordo com previsão de Duarte Vilela, chefe-geral da unidade de gado de leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), feita durante seminário realizado na feira Minas Láctea, que começou nesta terça-feira (16), em Juiz de Fora, Minas Gerais.

“O que a gente espera daqui até o ano 2023 é que tenhamos uma inserção definitiva no mercado internacional. Nós estamos crescendo a uma taxa superior a 4% ao ano”, destacou Vilela. “Esperamos continuar crescendo a essa taxa de modo que em 2023 estejamos entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo. Em um cenário pessimista, estaremos em 2023 acima de 44 bilhões de litros de leite, num cenário otimista, estaremos próximos aos 50 bilhões de litros de leite. É dentro desse cenário de expectativa de crescimento que a gente imagina que o Brasil estará entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo”, explicou Vilela. Hoje a produção é de 32 bilhões de litros por ano.

De acordo com ele, o cenário mundial está favorável ao crescimento das exportações brasileiras, com preços melhores, maior consumo de produtos lácteos e mudanças de hábitos alimentares em países que não tinham costume de consumir muitos derivados de leite, como os asiáticos. O chefe da Embrapa aponta ainda que o aumento da renda nos países emergentes, em geral, favorece o consumo de laticínios.

“Há uma relação direta de quanto maior a renda per capita, maior o consumo de derivados lácteos. Não leite fluído (líquido), mas principalmente iogurte, queijos, etc. Então, pelo fato de a renda per capita mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, estar crescendo, a expectativa de crescimento do consumo de derivados é maior do que a de leite fluído, inclusive pela própria facilidade de transporte, porque o maior comércio hoje tem sido, em primeiro lugar, de leite em pó e depois queijos, etc.”, disse.

Sobre a produtividade de leite no Brasil, Vilela afirma que as principais regiões produtoras no País são muito competitivas, chegando a alcançar até seis mil quilos de leite por lactação por vaca. “São quantidades expressivas que nos dão competitividade lá fora. Em termos de qualidade, tem havido um trabalho muito grande desde o final da década de 90 em termos de melhoria de qualidade. Onde temos hoje os maiores produtores de leite, na região Centro-Sul, a qualidade do leite não perde nada para os padrões internacionais”, completou.

Promoção Internacional

Durante a Minas Láctea acontece a primeira ação de divulgação internacional do Projeto Setorial de Promoção de Exportação de Produtos Lácteos (PS-Lácteos), realizado em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O projeto trouxe à feira compradores dos Emirados Árabes Unidos e da Venezuela para conhecer a produção de laticínios no Brasil e conversar com as indústrias brasileiras presentes ao evento.

“Nunca fizemos qualquer trabalho anterior de divulgação desse setor em eventos internacionais.”, destacou Marcos Soares, gestor de Projetos da Apex, indicando um dos motivos para a pouca exportação do setor lácteo nacional que, em 2012, exportou 43,1 mil toneladas de produtos, com receita de US$ 119,6 milhões.

Ele lembrou que as empresas participantes do PS-Lácteos definiram seis países alvo para a exportação do setor: Argélia, Arábia saudita, Emirados, Egito, Iraque e Venezuela. “A ideia agora é trabalhar, conhecer melhor, fazer um trabalho de prospecção nesses mercados, ou seja, saber quais as condições de importação desses mercados e também fazer um trabalho de divulgação das empresas e dos produtos brasileiros nestes mercados”, explicou.

Atualmente, os maiores produtores de leite no mundo são, por ordem, os Estados Unidos, a Índia e a China. O principal exportador mundial, no entanto, é a Nova Zelândia.

A matéria é da Agência de Notícias Brasil Árabe, adaptada pela Equipe MilkPoint.


 

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WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 22/07/2013

É louvável o tema e muito bom que a Embrapa se manifeste, mas isso não vai acontecer sem grandes mudanças em MENTALIDADE. Exportação não se faz com discursos e não bastam boas intenções, nem mesmo a necessidade. De fato nem os esforços da Apex, com seu GRANDE EXPERTISE e FARTOS RECURSOS não são suficientes, pois não é ela que exporta.



Em 2010 estive presente em uma reunião da Apex com várias indústrias brasileiras de laticínios ligadas justamente à OCB, citada no artigo acima, que me deixou preocupado. Foi apresentada pela Apex uma visão moderna, avançada, muito bem pensada de estratégia de ação no mercado internacional. Mostraram o caminho e abriram as portas. No entanto, foi tudo em vão. Sabem o que as indústrias discutiram, aproveitando a oportunidade de estarem todas juntas? "O QUE FAREMOS PARA DERRUBAR A IN51, POIS NÃO PODEMOS ACEITAR ESSES LIMITES DE CCS E CBT IMPOSTOS PELO MAPA!"



Se me contassem, eu não acreditaria. Uma reunião que seria para tratar de exportação, para preparar todo um setor nacional para conquistar mercados externos, vira em articulação para derrubar os limites vigentes de uma norma que justamente visa transformar o leite brasileiro em algo parecido com leite de padrão internacional? Foi o que aconteceu.



Pode ser dado o argumento que for, não se justifica. Não importa o mérito da discussão da IN51, ficou claro que exportação é algo distante, pouco importante e que só vai voltar de fato com força quando, mais uma vez, for tarde demais, ou seja, quando estivermos nos afogando no leite sem conseguir exportar.



É necessário mudar a VISÃO DO BRASIL sobre o que significa exportar lácteos. Esse histórico que vem da carne bovina "se sobrar exportamos" não funciona no leite. É necessário tirar o traseiro da cadeira, ir lá no cliente conhecer a realidade local dele, escolher mercados alvos como tem orientado a própria Apex, colocar um escritória lá nas barbas deles para estudar e entender o cliente e ser contatado cara a cara, olho no olho. É necessário presença.



Por que vocês acham que a NZ instalou escritórios do então New Zealand Dairy Board (NZDB), hoje pertencentes à Fonterra, em todos os mercados alvo?



Se nosso empresário tivesse a mínima noção do que significa ter uma Apex com visão, plano robusto, realista, com know-how, com dinheiro e muita vontade de ajudar, totalmente à disposição, agarraria com as duas mãos e agradeceria a Deus pela oportunidade. Mas o que se observa? Reuniões vazias ou desvirtuadas, ou muito esforço da Apex tendo que correr atrás.



Para mim vale o mesmo que recomendo aos técnicos em relação aos produtores: "foquem nos que procuram vocês e esqueçam os demais. É NECESSÁRIO QUERER PARA FAZER A DIFERENÇA. Comecem com poucos e o sucesso destes trará os retardatários de atrás".



Testemunharemos grandes esforços públicos beneficiando apenas duas ou três empresas de visão. As demais exportarão só no desespero, por preços achatados e para mercados marginais como os que temos hoje. Para que Apex?

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