Tabela 1 – Balança comercial de lácteos – Setembro de 2015 (clique na imagem para ampliar).
Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral, com cerca de 5.600 toneladas exportadas a um preço médio de US$5.761/ton, com quase todo o volume destinado ao mercado venezuelano.
Houve um crescimento expressivo nas importações de leite em pó em setembro: na soma dos volumes importados de leite em pó integral e desnatado, o crescimento foi de 53,7%, saindo de cerca de 5 mil toneladas em agosto para, aproximadamente, 7.700 toneladas em setembro.
As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (57,3%), seguido por Argentina (42,7%). Desde julho deste ano, Uruguai e Argentina tem mantido praticamente as mesmas participações nas importações brasileiras de leite em pó.
Gráfico 1 – Origem das importações brasileiras de leite em pó
A redução nas importações de queijos aliviaram o aumento nas importações de leite em pó: de agosto para setembro, o volume importado foi 42,4% menor, saindo de 2.700 toneladas para pouco mais de 1.500 toneladas importadas em setembro.
Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 86,2 milhões de litros em setembro, alta de 9,9% em relação a agosto. Na mesma direção, as exportações em equivalente-leite tiveram alta de 7,4%, totalizando 65,7 milhões de litros.
De janeiro a setembro deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 396,2 milhões de litros, mais do que o dobro do déficit apresentado ao longo do ano inteiro de 2014, que foi de 159 milhões de litros. O gráfico 2 a seguir apresenta este cenário, mostrando o histórico mensal do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015.
Gráfico 2 - Saldo mensal da balança comercial de lácteos em equivalente leite (milhões de litros/mês).
A matéria é da Equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC.