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BA: potencial para o leite atrai investidores internacionais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/01/2015

4 MIN DE LEITURA

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O município de Jaborandi, no Oeste da Bahia, está mudando o mapa da produção de leite no Brasil, antes dominado pelos estados de Minas Gerais, Paraná e Goiás. Com área 32 vezes maior que Salvador (9.994,593 km2 contra os 309 km2 da capital) e pouco mais de nove mil habitantes, o município está prestes a receber cerca de R$ 10 bilhões de investimentos para construção do maior empreendimento para a produção de leite do país, a unidade produtiva da AgriBrasil, de acordo com informações divulgadas na segunda-feira (26) pela coluna Farol Econômico.

A região já abriga a fábrica da Leitíssimo, que produz com tecnologia, sistema de manejo e gestão da Nova Zelândia, desde 2001. Mas, afinal, o que é que Jaborandi tem?

A secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Jaborandi, Maria Alice, resume em poucas palavras os atrativos da cidade. “O clima, a abundância de água, o solo e a topografia da região são altamente propícios à criação do gado e da alimentação para este rebanho”, analisou a gestora, que acredita que a instalação da fábrica da AgriBrasil deve impulsionar a atração de novos empreendimentos do setor para a região.



“Em breve, vamos nos transformar em um polo de produção de leite e derivados na Bahia e, por que não, do Nordeste?”. O secretário de administração de Jaborandi, Porfírio José Forgaça Neto, também pequeno produtor de leite, explica o que chama de “combinação perfeita entre abundância de água, clima apropriado e solo fértil”.

Segundo ele, o terreno local é plano e facilmente manejável, a região está localizada em cima do segundo maior aquífero do Brasil (Aquífero Urucuia), as estações são bem definidas com boa quantidade de chuvas e possibilidade de planejamento para o plantio e a colheita, além da alta insolação (cerca de 2.750 horas de sol por ano).

“Essa combinação influencia bastante para se conseguir um leite de primeira qualidade”, afirma.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite), Paulo Cintra, além dessas características, o município encantou os holandeses da AgriBrasil, cuja produção em seu país de origem é bastante limitada pela baixa disponibilidade de terra para expansão.

“Na Holanda, eles só podem criar mil vacas por fazenda, então eles já extrapolaram esta cota na unidade deles. Na Bahia, eles vislumbraram uma possibilidade enorme de expansão”.

(leia abaixo nota do MilkPoint sobre o assunto)

Ainda segundo o presidente do Sindileite, o objetivo inicial da indústria holandesa é a exportação. “A ideia deles é produzir somente leite em pó e praticamente 100% para exportação. Vão mandar para o Porto de Ilhéus e enviar para a China. Então, a princípio não creio que se torne um polo do setor com produção de derivados. Pelo menos não a curto prazo”, disse.

Agribrasil

Representantes da empresa AgriBrasil Holding tiveram reunião com o governador Rui Costa, na última quinta-feira, 22. O governo se comprometeu a fazer a estrada de acesso à Fazenda Jatobá arrendada pela AgriBrasil, e a estrutura de energia elétrica, além de apoiar a indústria na construção de edificações e na outorga de água.

AgriBrasil vai investir cerca de R$ 2 bilhões na primeira etapa do empreendimento, podendo alcançar os R$ 10 bilhões em alguns anos. O levantamento financeiro já foi concluído, sendo uma parte dos recursos provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), parte captada pela iniciativa privada e cerca R$ 200 milhões da própria empresa AgriBrasil.

Na última sexta-feira, o Inema concedeu a licença para a primeira unidade integrada para a produção de leite, que vai ocupar uma área de 15,8 milhões de metros quadrados na Fazenda Jatobá. A área total arrendada é de 244 milhões de metros quadrados, que deve abrigar as próximas etapas do empreendimento.

Leitíssimo

A Fazenda Leitíssimo, já instalada em Jaborandi desde 2001, possui uma fábrica própria de garrafas pet para o envaze do leite longa vida. O sistema implantado é o da vaca a pasto, em piquetes irrigados por pivô central. Cada pivô abrange uma área de 56 hectares, com três ou quatro casas de vaqueiro, sistema completo de ordenha com tanque refrigerador e rebanho próprio de 600 vacas.

A vaca é um diferencial. O gado foi “fabricado” aqui mesmo na Bahia, partindo da aquisição no mercado local de vacas girolando, jersey e holandesa. Com o uso sistemático de sêmem de touro neozelandês, foram, ao longo dos últimos anos na Bahia, fazendo a vaca que existe hoje, de cor variada e, por enquanto, sem raça definida. A ideia é se aproximar da “kiwi-cross”.

Diferenças

Entre a produção de leite já realizada pela Fazenda Leitíssimo e a recém-chegada AgriBrasil, existem algumas diferenças. A AgriBrasil promete realizar uma produção horizontalizada, ou seja, toda a cadeia produtiva deve estar sob o cuidado da própria empresa.

“Diferentemente da Leitíssimo, eles vão fazer a produção assim como na Holanda. Além disso, toda a alimentação do gado são eles prórpios que vão produzir - milho, caroço do algodão, etc", , afirmou o presidente do Sindileite, Paulo Cintra.

“Além disso, a Fazenda Leitíssimo cria gado a pasto e o gado holandês é totalmente preso em estábulos com alimentação em cocho. Os processos são diferentes, mas trazem resultados bem proveitosos”, acrescentou o dirigente.

A reportagem é do Correio 24 horas/BA.

Nota MilkPoint:

Na Holanda não há limite quanto ao número de vacas leiteiras por fazenda ou laticínio. Há sim, apesar de poucas, fazendas com mais de mil animais.
Devido ao fato de a Holanda estar sobrecarregada, planejamento espacial, regulamentações e preço da terra são um desafio para o desenvolvimento de grandes propriedades leiteiras Sendo assim o desenvolvimento de fazendas maiores acaba sendo mais comum no leste da Alemanha e na Europa Oriental.

No país há regulamentação com respeito à aplicação do esterco, por razões ambientais. Todo produtor deve comprovar ser dono de uma quantidade de terra suficiente para a aplicação do seu próprio estrume, ou então deve se certificar que o excesso está sendo processado e exportado.)

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LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/02/2015

Mudam os atores, mas a estória é a mesma, repetida alguns anos depois. Pergunto: onde está o Grupo Tony da Silveira (Açoreanos radicados na Califórnia) que iriam implantar um número de "free-stalls" para produzir um volume enorme de leite, com vacas Holandesas de alta produção individual, confinadas, muita silagem de milho e concentrado, para produzir leite para exportação de queijos finos. O que mudou? Que facilidades o Governo da Bahia concedeu? Recursos liberados? Eu sei que gerou muito barulho e muita expectativa junto aos produtores de leite daquele estado e muita propaganda.

Pelo que sei, montaram uma metalúrgica para produzir canzis e equipamentos para "free-stall" e nada mais.

A idéia é completamente diferente do projeto "Leite Verde" (Lentíssimo).
JOSÉ ANTONIO

SALVADOR - BAHIA

EM 30/01/2015



Este assunto é mais sério do que muitos pensam !



Alguns renomados técnicos defendem a concentração de produção neste caso, uma única fazenda produzindo o que hoje 118.000 produtores produzem no estado da Bahia, estes produtores existentes e que tem na sua realidade de hoje 500 mil litros/dia sem a quem vender, as indústrias comunicaram aos fornecedores em 27/11 que estariam suspendendo a compra a partir de 01/12, aqueles sortudos que ainda foram escolhidos as indústrias orquestraram uma redução de preço.



O mercado tem no Brasil produtores jogando leite fora no RS, BA e etc., tem na China os produtores jogando leite fora e a Europa quebrando a cota de produção para seus 300.000 produtores de leite. USA com superprodução, NZ enfrentando os seu próprios problemas internos de produção, a Austrália e outros com problemas.



Alguém colocaria R$ no Brasil para investir em produção de leite com um mercado incerto como este, o que está existindo só pode ser "Marketing" bem conduzido.



Nada contra qualquer investidor, o que não pode é um único grupo usufruir de R$500 Milhões da SUDENE e ver as nossas industrias e produtores que precisam de recursos  estarem com dificuldade em função de secas prolongadas, que reduziram drasticamente suas atividades, mesmo assim persistem em existir e produzir na Bahia, mais nunca tiveram acesso à portaria da SUDENE.



Por que será ?
RICARDO FERREIRA

FARTURA - SÃO PAULO

EM 29/01/2015

Boa Tarde....

Diante de tanto comentário sobre os Holandeses, seria interessante mostrar pra eles que aqui no estado de São Paulo também temos condições e melhores de produzir muito leite.... porem, o que falta são investidores.

Eu mesmo toparia uma parceria com algum investidor interessado......
MARIANA OLIVEIRA

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 29/01/2015

Prezado Andrew, bom dia,



Entramos em contato com um produtor holandês para esclarecer a sua dúvida e, de fato, o sr. estava certo.



Segundo o produtor: "Na Holanda não há limite quanto ao número de vacas leiteiras por fazenda ou laticínio. Há fazendas, apesar de poucas, com mais de mil animais, a propriedade da família van Bakel é um exemplo. Devido ao fato de a Holanda estar sobrecarregada, planejamento espacial, regulamentações e preço da terra são um desafio para o desenvolvimento de grandes propriedades leiteiras Sendo assim o desenvolvimento de fazendas maiores acaba sendo mais comum no leste da Alemanha e na Europa Oriental.



No país há regulamentação com respeito à aplicação do esterco, por razões ambientais. Todo produtor deve comprovar ser dono de uma quantidade de terra suficiente para a aplicação do seu próprio estrume, ou então deve se certificar que o excesso está sendo processado e exportado."



A nota será adicionada à matéria.



Agradecemos o seu comentário,

Equipe MilkPoint
ANDREW JONES

CANOAS - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/01/2015

creio que este comentário de que na Holanda só podem criar mil vacas por fazenda não está correto, poderiam verificar?

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