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Apesar dos subsídios, produtores pretendem sair da União Europeia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/06/2016

3 MIN DE LEITURA

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Rob Warnock é um orgulhoso fazendeiro britânico, filho de um orgulhoso fazendeiro britânico, e espera que seu filho siga seus passos um dia. Ele também é um fazendeiro da União Europeia (UE), mas esse não é um legado que Warnock quer passar para seu filho de 6 anos. Amanhã ele pretende votar pela saída do Reino Unido da UE (a chamada Brexit), mesmo que isso possa custar caro para seu negócio de laticínios, que enfrenta dificuldades. 

Muitos agricultores britânicos têm o mesmo impulso emocional. Mas, enquanto a emoção diz para sair, a razão pede cautela. A UE está ajudando os agricultores a sobreviver num momento em que muitos estão em dificuldades.

Os benefícios de ser um dos 28 países da UE podem parecer intangíveis para muitos britânicos, que veem o bloco como um organismo distante, de burocracia intrincada e regulamentações obscuras. Mas os agricultores sabem exatamente o que conseguem do bloco. No caso de Warnock, são 40 mil libras (US$ 60 mil) por ano - sua parcela dos subsídios que milhões de agricultores de todo o continente recebem sob a Política Agrícola Comum (PAC) da UE. 

Ele precisa desesperadamente que as coisas melhorem. O preço do leite vem caindo há mais de dois anos, como resultado do embargo da Rússia às importações da UE, acúmulo de estoques de leite em pó pela China e aumento da produção em outros países da UE. Isso é desastroso para Warnock, de 44 anos, que cria 450 vacas leiteiras e cultiva cevada e trigo em 263 hectares de terras localizadas na costa sul do Reino Unido. "Estamos recebendo 18 pences por litro de leite, que custa 28 pences para ser produzido."

Sian Davies, consultora do National Farmers' Union (NFU), diz que as condições ruins de mercado podem estar empurrando os agricultores britânicos para a porta de saída da UE. "Muitos fazendeiros estão vendo seu voto no plebiscito como um voto pela mudança", diz ela. "Isso pode ser visto como: 'Qualquer coisa é melhor que o que temos no momento'."

O pai de Warnock, Jim, não tem tanta certeza. Ele pretende votar pela "permanência", temendo o desaparecimento dos subsídios. Os defensores do "Leave" (sair) afirmam que o governo britânico vai apoiar os agricultores se o país sair da UE. O lado que defende a permanência diz que essa promessa é irreal, pois o lado que defende a saída também prometeu aumentar o financiamento ao serviço de saúde, manter os gastos com defesa e muito mais, num momento em que o governo está empenhado em cortar o gasto público.

Os agricultores têm uma longa lista de queixas contra a UE, que vão da burocracia complexa às regras ambientais, que limitam os fertilizantes e pesticidas que eles podem usar. Mas Davies diz que a UE tem feito mais que o governo britânico para ajudar os produtores de leite a suportar a atual crise. "Tudo que temos visto... que vem ajudando ou tenta ajudar os agricultores vem de Bruxelas", diz ela, citando o apoio da UE na armazenagem de manteiga e leite em pó até a recuperação dos preços.

Nas última décadas, os governos britânicos adotaram uma atitude de não interferência em relação à agricultura, relutando em proteger os produtores domésticos da concorrência internacional. 

Do outro lado do Canal da Mancha, a história é diferente. Na França, a agricultura responde por uma fatia maior da economia e da consciência nacionais. Os militantes fazendeiros franceses realizam regularmente protestos para exigir mais apoio do governo.

Wyn Grant, especialista em agricultura da Universidade de Warwick, diz que países como a França "onde há uma ligação cultural especial à agricultura" vêm ajudando a moldar as políticas agrícolas da UE que acabam beneficiando os agricultores britânicos.

Duas décadas atrás havia mais de 35 mil produtores de leite no Reino Unido. Hoje, eles são apenas cerca de 10 mil e o NFU estima que entre 10% e 20% poderão sair do negócio até o fim de 2016. "A agricultura está em nossa família há cinco ou seis gerações. Mas não sei se chegará à sétima", diz Warnock.

As informações são do Valor Econômico.


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