ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Eu e meu vizinho

POR GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ESPAÇO ABERTO

EM 16/12/2013

2 MIN DE LEITURA

104
0
Há tempos tenho notado que as coisas, na cadeia produtiva do leite pátria, estão indo, cada dia mais, na contramão do progresso, que tem sido a tônica mundial para o setor.

O maior problema da pecuária leiteira nacional não é a falta de assistência técnica competente. É a falta de interesse dos próprios produtores em tê-la a seu lado.

Exemplos emblemáticos deste estado de coisas reside nas atuações da minha propriedade e na de meu vizinho.

Enquanto eu me esforço à procura da expertise em produção de leite, ele, como dizem por aí, “vai tirando um leitinho”.

Enquanto minhas vacas são assistidas por um Médico Veterinário competente e que atua, de forma perene, na propriedade, com visitas periódicas, as de meu vizinho nunca viram um.

Enquanto minha sala de ordenha é um ambiente hígido, azulejado, controlado, estéril, a dele é no barro mesmo, debaixo de uma árvore, em contato direto com a natureza.

Enquanto minha ordenha é realizada três vezes ao dia, por via de ordenhadeira mecânica e transferidor de leite, direto ao tanque de expansão, sem contato manual ou ambiental, com pré e pós dip e teste da caneca de fundo preto, a dele é realizada manualmente, uma vez só ao dia, sem nenhuma medida de assepsia, sem verificação da existência de mastite ou outras doenças, num balde já tomado pela ferrugem e despejado o leite num latão envelhecido e deixado à sombra de um palanque feito de bambu.

Enquanto eu produzo dois mil litros de leite por dia, ele, apenas e tão somente, cem.

Enquanto minha produção é recolhida por um caminhão tanque refrigerado, todos os dias, e chega em menos de três horas ao Laticínio, a dele vai num caminhão coberto com uma lona, chacoalhando nas estradas poeirentas, sob sol e chuva, e chega quatro ou cinco horas depois ao destino final.

Enquanto minhas análises mensais de contagem de células somáticas e unidades finais bacterianas têm valores em torno de 22.000 unidades por mililitro de leite, as dele ele nem sabe o resultado, nem se são feitas.

Enquanto minhas vacas são fruto de seleção genética rígida, com cruzamentos dirigidos, voltados para a máxima produção individual, com registro genealógico na associação respectiva e controle leiteiro semanal, com utilização de inseminação artificial, fertilização in vitro, transferência de embriões importados do Canadá e dos Estados Unidos, as dele nem sei de que raça são, de tão mestiças, filhas de um touro magro, orelhudo, cupinzeiro, que teima em estar vivo.

Enquanto minhas vacas têm dieta balanceada, nutricionista, comem silagem de milho da melhor qualidade, farelo de milho e de soja, mineralização induzida, as dele repiram fundo e colhem o pasto degradado e seco, na maior esganação, pois sabem que nada mais lhe será servido.

Enquanto minhas vacas têm média de produção diária de 46,50 quilogramas de leite por dia, as dele não alcançam a 06,00.

Enquanto minhas novilhas e bezerras disputam pistas nas grandes Exposições ranqueadas da raça, as dele nunca deixaram os limites de sua propriedade.

Mas, o que me preocupa e entristece, realmente, é que meu vizinho é que é um típico produtor de leite brasileiro, não eu.

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

104

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

GARGA

TODOS OS SANTOS - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/01/2015

Gostaria de uma sugestão à respeito de quem acha que seus vizinhos estão prejudicando, ajude-os a atividade leiteira com apoio um do outro é muito mais lucrativa que individualmente caso da nova zelândia que uns cooperam com outros até em manejo de gado, abra as porteiras de sua fazenda para que o vizinho veja como é produzir leite abra as porteiras a projetos sociais como balde cheio, e outros, mostrem aos vizinhos que é mais lucrativo gerir com conhecimento seja o conhecimento que lhes falta, talvez seu vizinho sofreu a vida toda e não foi capaz de ter esse conhecimento por não ter acesso a informação, seja a informação, seja o progresso. ou deixe quieto seus vizinhos para que eles continuem desinformados.
MARCOS

TANGARÁ - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/09/2014

Parabéns pelo artigo, estou rindo de imaginar seu vizinho, kkkk.

Tenho lido artigos e comentários seus no site e estou em uma busca incessante por informações ligadas a expertise em produção de leite, percebo que seu caminho em produção é o que estou almejando para minha produção.

Vou fazer um curso sobre compost barn porque penso ser uma ótima entrada para o confinamento e aumentar produção, conforto de trabalho, e por consequência lucro, gostaria muito de tornar minha pequena propriedade exemplar em produção, qualidade e estética.

Gostaria muita de um dia conhecer sua fazenda, concordo com a maioria das suas publicações e comentários e acho empolgante.

Moro em uma região produtora de frutas e a maioria dos produtores de leite daqui, não tem muita noção de alta produção e pensam ser o pasto a unica alternativa lucrativa e tem medo de pensar em investir tanto em produção quanto em conhecimento, me sinto um estranho no ninho, mas um dia provo a eles que eles são estranhos.
RODRIGO

SÃO FRANCISCO DO SUL - SANTA CATARINA

EM 28/05/2014

Prezado Guilherme Alves,  vejo que você reside em Olaria MG e também é um conhecedor da pecuária leiteira, estou pesquisando alguns sítios próximos a sua cidade, mais precisamente em Bom Jardim de Minas, para num futuro próximo começar a trabalhar com gado leiteiro. gostaria (se possível) de uma informação sua , se esta cidade seria boa para produzir leite, se teria laticínios para comprar meu leite! desde já agradeço!!



Rodrigo de Medeiros.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/02/2014

Prezado Devonsir Barone Neto: Obrigado por sua nova participação e pela gentileza do envio das informações. Pelo que representará no ganho com a qualidade do leite, estes custos são irrisórios. Já entrarei em contato com o fabricante para estudar as possibilidades de implementar o sistema em nosso "point" de produção.

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com


Facebook: Sesmaria Faz
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/02/2014

Prezado Flávio Suguimoto: Obrigado por sua nova participação e pelas explicações que você nos transmite. Com certeza, estudarei a possibilidade de trazer esta tecnologia ao nosso sistema.

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

www.fazenda sesmaria.com

Facebook: Sesmaria Faz
D. BARONE NETO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2014

Caro Guilherme,



Segundo o fornecedor, as placas são vedadas por borrachas, que dependendo do produto usado para limpeza, ou fatores externos, como exposição ao sol, se degradam, sendo necessária a substituição das mesmas, mas o valor é pequeno, cerca de R$170,00 por troca, que acontece a cada 2 ou mais anos. (tem clientes com 5 anos sem troca).

O rompimento dessas borrachas de vedação pode causar a mistura da agua ao leite, mas isso se daria em situações de desgaste extremo.

Claro que quem investe em tecnologia para melhorar a qualidade do seu produto não costuma economizar com manutenções preventivas, que nesse caso é de baixo custo.



Ja estou lhe enviando o email original.





Abraço

Barone
FLAVIO SUGUIMOTO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2014

Guilherme,



Esse problema não ocorre por que é um trocador de calor, como um radiador, porém nesse caso ao invés de ser agua quente - ar, será leite "quente" - agua fria. Não há perigo nenhum esse é um dos principais instrumentos para ter CBT baixa sem o uso de pré-dipping. Já que a proliferação das colonias no tanque enquanto o leite é resfriado é muito grande e  esse tempo é grande até que a temperatura faça com que a proliferação cesse. Então se conseguir resfriar o leite de maneira rápida antes de chegar no tanque as colonias estarão inertes e mesmo um leite um pouco mais contaminado inicialmente não chegará ao mesmo nivel de contaminação do que no processo antigo.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2014

Prezado Devonsir Barone Neto: Obrigado por sua participação. Não se corre o risco de, em caso de acidente, misturar a água ao leite, perdendo-se a produção? Creio que esta hipótese já foi, exaustivamente, estudada, mas, a preocupação com ela é constante, não é mesmo?

Se puder, encaminhe a mim, também, o e-mail original. Meu e-mail é guilhermejuridico@yahoo.com.br

Convido você  acessar nosso site https://www.fazendasesmaria.com e nosso Facebook: Sesmaria Faz.

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com


Facebook: Sesmaria Faz
D. BARONE NETO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2014

Caro Flavio,



Perguntei ao fornecedor "Proleite" alguns detalhes sobre a instalação e reaproveitamento da água aquecida.



Segue a resposta:

"

Na utilização do pré-resfriador pós ordenha em operação contínua, sua instalação seria após a bomba de transferência do leite, antes do tanque resfriador ou de armazenagem.



A água fria ou água gelada, passa pelo pré-resfriador em sentido contrário ao do leite. As placas se alternam, sendo 1 para passagem do leite e outra de água, leite e água, alternando-se em números de placas de acordo com a capacidade em litros/hora.

Por exemplo: Um de 400 litros hora, possui 8 placas e um de 3.200 litros possui 48 placas.

Este modelo já seria de um equipamento Pré resfriador de 2 etapas, sendo: 1 etapa para uso de água de poço que dependendo da região podemos ter água ao redor de 25ºC o que ajudaria a reduzir expressivamente a temperatura do leite e na sequencia outro cruzamento com água gelada. Nesta situação, na proporção de 3 x 1 ( 3 litros de água para 1 de leite) conseguimos tirar o leite a 1ºC acima da temperatura da água gelada



A água aquecida pelo leite (-/+ em torno de 33ºC) pode (deve) ser armazenada e a ela dar uma utilização."







Caso queira que lhe envie o email original, me mande seu contato no dbarone@gmail.com



Abraço

Barone
FLAVIO SUGUIMOTO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2014

Caro Devonsir,



Muito bom saber, são de que marca?



abs,

Flávio
D. BARONE NETO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2014

Caros Guilherme e Flavio,



Andei pesquisando sobre o pré resfriador a placas e já tem algumas empresas no Brasil.

Pedi um orçamento a uma delas, que fica no sul, só para ter idéia de preço.



Me passaram o seguinte:

Pré resfriador de 1 etapa de 36 placas 2300 Lts/h - Cabeçal em alumínio -- R$5.332,52

Pré resfriador de 1 etapa de 36 placas 2300 Lts/h - -Cabeçal em Inox -- R$5.915,76

com prazo de entrega de 45 dias.



Abraço

Barone
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/01/2014

Prezado Mauro Wellington G. Pereira: Obrigado por sua nova participação. A exportação de leite, como aliás, todo produto que se pretende exportar, no Brasil, recebe uma carga enorme de senões que, via de regra, inviabiliza o processo.

A burocracia e a falta de uma política externa eficiente são os pilares para o desastre total dos que pretendem se aventurar por esta seara.

Por certo, dezenas de produtores de leite do Brasil (poderíamos ser milhares) já produzimos em padrões superiores, até mesmo, aos de outros Países com tradição em vender ao mercado estrangeiro, mas nos falta o apoio que aqueles irmãos recebem de seus Governos.

As interferências políticas têm malsinado as possibilidades de adoção das medidas necessárias a este tipo de comércio, muito mais que a qualidade, o desenvolvimento das técnicas de armazenagem e de conservação do nosso leite.

Quanto ao balanço dos preços, não acredito que, mesmo exportando, ele vai deixar de existir, porquanto reputo que o mesmo seja, em grande parte, uma jogada para auferir maiores lucros, pagar pouco e manter os caixas das empresas laticinistas cheios de gordura, enquanto o dos produtores navega na depressão vermelha de suas contas mensais impagas.

Portanto, amigo, acho que ainda virão alguns pares de anos até que estejamos aptos a levar ao mundo nosso leite.

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com


Facebook: sesmaria faz
MAURO WELLINGTON G PEREIRA

OURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/01/2014

Prezado Guilherme,

Obrigado por responder o comentário.

Entendo sua posição.

Mas, e quanto à segunda parte do comentário? o que o senhor pensa? acredita que é viável ou não? É um caminho que podemos seguir?

"A evolução do nosso produto para a exportação. Capacidade técnica e profissional não vos falta. Acredito que alcançar os níveis internacionais de qualidade exigidos para a exportação não seja um desafio muito distante para vários produtores do nosso país. Além disso, quando o nosso leite for um produtor exportado resolve-se outro grande problema: a queda de preços no período de safra.

Portanto, exportar traz benefícios tanto ao exportador pela valorização do seu produto quanto ao produtor que abastece o mercado interno, pois mesmo que não alcance os níveis necessários para exportação, este oferta um produto de qualidade e não fica mais suscetível à desvalorização de seu produto na safra"



Obrigado, desde já.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2014

Prezado Marcelo Waddington: Obrigado por sua nova participação.

Por correto, o comportamento de meu vizinho faz mesmo mal a toda a cadeia do leite. Mas, se não existissem indústrias que aceitassem o leite produzido por ele, talvez ele entendesse o ensinamento de seu pai. Mas, muitas das vezes, não é por desonestidade que ele assim age - é fruto da oportunidade e da necessidade - que fazem o sapo pular, como apregoa o adágio popular.

Educação só não basta, há muitos "meu vizinho" com graus universitários.

É preciso  acima de tudo, fiscalização, rigidez no cumprimento das normas, fiscalização correta e honesta.

Infelizmente, este não é o quadro que temos presenciado - muito se cobra dos produtores profissionais, nada da indústria.

Aproveito a oportunidade para convidá-lo a acessar nosso recém criado facebook: sesmaria faz.

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com


facebook: sesmaria faz  
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2014

Prezado Mauro Wellington G. Pereira: Obrigado por sua participação. Não penso que devamos nos isentar de observar a movimentação dos "meu vizinho", já que eles são um verdadeiro entrave à estabilidade dos preços pagos ao produtor, de sorte que despejam no mercado, cotidianamente, milhares de litros de leite de má qualidade, o que provoca um inchaço e, via de consequência, a queda dos preços aos produtores. Estamos vivendo isto, atualmente.

Não nos podemos olvidar que a indústria laticinista, infelizmente, aceita este tipo de produto em suas plataformas, muito por falta de consciência empresarial (o mais barato nem sempre é o melhor), muito por falta de escrúpulos, mesmo.

Por isso, devemos gritar, até à rouquidão ou à perda total de voz, contra este tipo de  produtor e, não, simplesmente, ignorá-lo.

Aproveito a oportunidade para convidá-lo a acessar nosso facebook: sesmaria faz.

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

www.fazendasesmaria. com

facebook: sesmaria faz
MARCELO WADDINGTON

BELA VISTA DE GOIÁS - GOIÁS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 13/01/2014

Penso como o Mauro Wellington G Pereira não. O que o Guilherme aponta é um comportamento que faz mal a todos, a começar pelo próprio vizinho "oportunista".

Meu pai me ensinou eu "se o desonesto soubesse o que perdia com a desonestidade, seria honesto." O que penso é que falta educação, em primeiro lugar. Em segundo e em terceiro, disputando apertado, educação e educação. Com educação o vizinho teria outro comportamento, as agencias de financiamento e fomento idem, as fiscalizadoras idem, os legislativos e os executivos também, tudo seria diferente. Um povo educado não permite o nível de corrupção que rola aqui. Não permite que seu nível de segurança alimentar seja ameaçado, tanto na higiene quanto na oferta e no preço, e cobra ações preventivas e corretivas do Executivo. O processo é holístico.
MAURO WELLINGTON G PEREIRA

OURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/01/2014

Prezado Guilherme,

Acompanho suas postagens e comentários com muita admiração. Parabéns. Em relação aos "vizinhos" penso que não deva preocupar-se tanto com eles. Este perfil está presente em todo tipo de negócio, seja ele um setor produtivo, comercial ou prestação de serviço. É o indivíduo ou empresa que não quer ser profissional. Prefere o amadorismo, a informalidade e suas "vantagens". Veja o exemplo dos camelódromos que lotam calçadas de produtos "similares", sem marca, sem garantia, mas com mercado garantido. Preocupar-se com eles, é adiantar nossa visita ao cardiologista.

Penso que produtores como você podem atuar em outra frente de trabalho: a evolução do nosso produto para a exportação. Capacidade técnica e profissional não vos falta. Acredito que alcançar os níveis internacionais de qualidade exigidos para a exportação não seja um desafio muito distante para vários produtores do nosso país. Além disso, quando o nosso leite for um produtor exportado resolve-se outro grande problema: a queda de preços no período de safra.

Portanto, exportar traz benefícios tanto ao exportador pela valorização do seu produto quanto ao produtor que abastece o mercado interno, pois mesmo que não alcance os níveis necessários para exportação, este oferta um produto de qualidade e não fica mais suscetível à desvalorização de seu produto na safra.

Quanto ao "vizinho", ele continuará sempre lá. Infelizmente, é a opção dele.

É o que penso.

Abraço a todos.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/01/2014

Prezado Waldir Brasil Santiago: Obrigado por sua nova participação.

Embora existam os grandes produtores que você cita, acredito que, com as adversidades do mercado, eles tendem à extinção.

O que tenho verificado, na contramão de suas assertivas, é que , atualmente, não há mais aquele sentimento de "hobby", que motivava grandes empresários de outros setores a se enveredar no ramo leiteiro, participando de eventos, tirando fotografias e se valendo do "status" de serem "fazendeiros".

Não, hoje, posso afirmar, de forma indene de dúvidas,  que ninguém está mais disposto a perder dinheiro, seja em que área for.

Deflui daí que, os empresários que são acolhidos na cadeia produtiva do leite hodierna, vieram para auferir lucros, o que é salutar, já que trazem consigo as experiências pessoais de gestão e a capacidade de investir em novas tecnologias, melhoramento genético e maquinários de escol.

Por lado outro, dentro destes anseios, provocam uma maior seriedade à indústria, já que esta não pode, simplesmente, os manter no mesmo julgo que nos mantém, os pequenos, pois o cabresto não lhes serve, e, assim, ofertam melhores condições a todos.

Reafirmo que nada tenho contra os pequenos, mesmo porque, sou um deles.

Lembro, ainda, que ninguém nasce grande, todos já fomos frágeis bebês, em alguma fase de nossos relacionamentos humanos em geral (muitos nunca deixaram de sê-lo - rsrsrs).

Sou contra o "meu vizinho" que, além de pequeno, é acomodado, desinteressado e, sem futuro, atravanca o desenvolvimento de seus pares, de toda uma região, de um Estado, de um País.

O problema não está em delegar poderes a outrem, mas, sim, a quem delegar. Há nove anos, firmei uma parceria com um grande amigo, holandês,  Médico Veterinário, com maravilhosas experiências em seu país, em Israel, na Espanha e nos Estados Unidos, técnico do setor (sou Advogado) com profundo conhecimento em criação intensiva de gado leiteiro e nunca tive problemas que destoassem do habitual quando se lida com seres vivos.

Quanto ao associativismo brasileiro, nada mais preciso dizer a respeito: sua própria experiência nos demonstra a fragilidade do mesmo.

Dê-se por realizado, por ainda contar com sete produtores: acredite, é uma vitória.

Por fim, infelizmente, os "meu vizinho" são, sim, a maioria dos produtores de leite do Brasil, nós, as exceções a confirmar a regra.

O "bom negócio" não é São Paulo, é o leite. Pena que poucos entendam este estado de coisas e não ajam com seriedade no trato de seus empreendimentos.

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com

WALDIR BRASIL SANTIAGO

ITATINGA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/01/2014

PREZADO GUILHERME,



A referência ao ócio que fiz,foi generalizada,pois o que vejo hj em dia são  grandes produtores preocupados c/ status simplesmente e, isso não significa que deixem de ser eficientes e,mt menos dedicados,mesmo estando a delegarem responsabilidades.



Como deves saber,por outros comentários que fiz,trabalhei vários anos como engenheiro civil,duma grande empresa de consultoria.Todas as obras que tiveram sérios problemas,apesar, de eng" residentes Phd,foi exatamente pelo fato dos mesmos mais delegarem do que se efetivar "in locum".



Concordo inteiramente com vc sobre a cultura dos pecuaristas em geral,terem sérias dificuldades de se juntarem .Qd comprei a primeira propriedade consegui agrupar mais de 20 para entregarmos o leita à VIGOR,financiando a cada um, sua ordenha mecânica/resfriador e,termos um preço a maior pelo volume "entregado¨.Hj somos apenas sete .



Também concordo,que a política,neste país, jamais vai resolver a compra de leites fortuitos.Não é interessante aos políticos que iria desagregar uma cadeia longa, implicando em votos.



De forma nenhuma o estou criticando e, sim os números que vc deu.No seu comentário inicial,citou que eles são a regra.Acontece,com essa generalização,colocou tds os pequenos do Brasil e,isso não é verdade pq como citei ,pelo menos na minha região(VIGOR-raio de 150 km), os pequenos é quem têm os melhores resultados em qualidade.



Atualmente estamos sendo agraciados pela cooperativa CASTROLANDA, instalando sua filial(quase concluída) numa área de 30 alqueires de terra, além da CAPAL.Quero acreditar que essas cooperativas estão vindo à nossa região,face São Paulo ser financeiramente um bom neg´cio, mas não descarto tb à  viabilidade de produção da pecuária na região.



ABRAÇÃO
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2014

Prezado Marcelo Waddington: Obrigado por sua nova participação.

Não considero que devamos esperar alguma coisa deste ou de outros governos. Nossos gestores já nos provaram que nada farão por nós, independentemente da bandeira partidária a que pertençam.

Mas não concordo que o problema seja essencialmente "político". Não, é, antes de tudo, cultural.

De nada nos valem boas normas, boa fiscalização, boas punições, se não houver boa vontade de mudar.

Por lado outro, os brasileiros, aos contrário dos neozelandeses, por mero exemplo, não temos a índole associativa e é, justamente, a verve que nos faz mais falta.

Não nos reunimos, não nos associamos, temos birra de encontros, seminários, cooperativas, congressos. Somos eremitas.

Em face disto, necessário que cada um faça a sua própria parte, para o bem de todos. Mas, neste aspecto, "meu vizinho" nada de braçada e assim  o fará por longos anos, se não houver uma mudança de mentalidade não só dos produtores, mas, também, da indústria, para que se fomente a ideologia de que o produto entregue pelo "meu vizinho" não seja mais aceito, não ache quem o compre.

Ainda que mal comparando, o grande culpado pelo tráfico de drogas não é o traficante, mas, sim, o usuário, pois é ele que banca as finanças do sistema. Se não tiver a quem vender, o tráfico acaba.

De idêntica sorte, quem banca meu vizinho é quem adquire seu produto. Não havendo quem o queira, ele terá que mudar de ramo.

Só assim ele deixará de existir, para o bem de nós todos (produtores, industriais, comerciantes e consumidores).

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ NOVE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures