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Oportunidades para o profissional de assistência técnica no futuro

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 16/06/2015

5 MIN DE LEITURA

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Outro dia, dando uma palestra para a turma do Educampo, em Belo Horizonte, me perguntaram que características o técnico de assistência técnica precisará ter no futuro.

Não é uma questão fácil, primeiro porque o futuro e suas nuances são por definição, incertos. Segundo, porque um país como o Brasil continuará apresentando forte heterogeneidade de produtores e realidades. Assim, um técnico atuante, digamos, nos produtores Top 100, precisará ter características em algum grau distintas de técnicos atuando em pequenos produtores de agricultura familiar, por exemplo. Ou técnicos atuantes em produtores de ponta terão foco distinto daquele que atua em quem precisa dar os primeiros passos na busca da eficiência.

Feitas essas ressalvas, é possível traçar caminhos comuns, bem como definir áreas de atuação que, hoje, são carentes e que apresentam potencial para atuação de técnicos que a elas se dedicarem.

Um primeiro aspecto que deve fazer parte da formação de qualquer técnico é o domínio crescente de ferramentas de gestão, conhecimento dos custos de produção e gestão de pessoas. Essas, aliás, são áreas normalmente deficientes na formação em ciências agrárias, nas quais o peso para os conhecimentos técnicos é muito maior do que o peso da administração rural e da gestão.

Seja um pequeno produtor ou grande, há a necessidade crescente de adoção de tecnologia apropriada para que se tenha aumento da produtividade, da escala e da eficiência. Isso implica em aumento dos riscos caso os resultados não venham. E, para que se tenha os resultados esperados, além da tecnologia correta para cada situação, é preciso que a gestão seja adequada para que o investimento tenha retorno. Também, é necessário que haja um planejamento de mais longo prazo nas propriedades, processo em que o técnico pode contribuir.

Relacionado a isso, talvez haja espaço para formatos de remuneração relacionados a resultados obtidos, embora para que isso ocorra haja a necessidade de mudança de paradigmas e definição clara do que se espera. Em países onde há instrumentos de gestão de risco, como os EUA, há diversos profissionais que prestam serviços relacionados a proteção através da utilização de mercados futuros. Mesmo que não tenhamos isso no Brasil em um futuro próximo, é fato que o técnico precisa compreender como funciona o mercado e quais as perspectivas no curto e médio prazos.

O técnico do futuro precisará também ser um bom gestor de dados e informações. À medida que sistemas que fornecem métricas de quase tudo são incorporados às fazendas e sistemas produtivos, o técnico precisará ajudar o produtor a entender como transformar esses inúmeros dados em informações que de fato poderão gerar ações corretivas.

Uma área que, acredito, tenha futuro interessante é a que envolve preparação do produtor e sua família para a sucessão rural, envolvendo inclusive a questão jurídica (o que remete à possibilidade de se ter advogados e técnicos atuando em parceria). Na mesma linha, projetos de parceria, sociedades entre produtores e gestão de grandes projetos são áreas que apresentarão potencial de atuação.

Assim como ocorre na medicina, haverá espaço para especialistas que são chamados em circunstâncias especiais, bem como para técnicos generalistas, mais envolvidos com a visão macro da propriedade. Esse técnico generalista precisa conhecer os especialistas e ter uma boa rede de contatos, ao invés de tentar resolver por si todos os problemas.

Nesse sentido, há espaço crescente para empresas de consultoria com formação multidisciplinar, ao invés do consultor isolado, que talvez tenha prevalecido no passado. As empresas multidisciplinares possuem uma série de vantagens, além da própria equipe capaz de atuar em várias frentes. Entre as vantagens, estão a possibilidade de desenvolver sistemas de controle e gestão de fazendas, gerando importantes informações para benchmarking; o compartilhamento de estruturas gerenciais (escritório, etc), a maior possibilidade de fazer marketing e comunicação, criando marcas fortes; a padronização da atuação e o oferecimento de outros serviços pela empresa ou em parceria com outros fornecedores, gerando vantagens competitivas para seus clientes.

O técnico do futuro deverá entender que sua atuação deverá ir além da visita a clientes. A realização de cursos e a coordenação de viagens técnicas, por exemplo, pode fazer parte do rol de atividades dos técnicos (muitos já o fazem). O técnico também deverá utilizar bem as ferramentas de comunicação e as redes sociais. Em um mundo cada vez mais conectado e visual, o técnico deve fotografar, filmar e postar. Lembro aqui de um trecho do filme O Discurso do Rei, em que o rei inglês comentava que na época de seus antepassados, o rei precisava dominar a arte da espada e das batalhas, mas que agora (no início do século XX) precisava dominar a arte da comunicação. É por aí...

Entre as áreas de interesse crescente e certo vácuo de conhecimento, destaco: bem-estar e conforto animal, principalmente em rebanhos a pasto, cujo conhecimento existente nos países desenvolvidos pouco pode ser aproveitado aqui, dadas as condições tropicais inexistentes na maioria desses países; o manejo de dejetos, incluindo não só equipamentos e sistemas, mas também a destinação desses dejetos e sua relação com a reciclagem e perda de nutrientes; gestão da água (e irrigação) e meio ambiente; a integração com agricultura e outras atividades agropecuárias; a produção de leite orgânico; o conhecimento das ferramentas de genética à disposição do produtor e boas práticas de produção, entre outras. É evidente que as grandes áreas do conhecimento continuarão importantes: nutrição, sanidade, reprodução, manejo de pastagens, agricultura, qualidade do leite, etc.

Muitos bons técnicos estarão cada vez mais nas empresas de insumos, e conhecer a realidade destas empresas, suas áreas de negócio e métricas de resultados pode ser um diferencial para quem busca esta carreira. Por outro lado, com bons técnicos cada vez mais presentes nas empresas, é um desafio para o técnico independente se posicionar no mercado. Há a possibilidade de prestar serviço para essas empresas em áreas específicas, por exemplo.

Ainda, a integração com laticínios é algo que pode se reverter em vantagem importante para os técnicos, que precisam ver os laticínios como clientes (e estes precisam especificar melhor suas necessidades, bem como sinalizar com incentivos e transparência o que desejam). Enfim, o técnico precisará ver o produtor como parte integrante de uma cadeia, e não como um agente isolado do processo.

Não sei se consegui responder bem à pergunta que me foi feita. Afinal, apesar de já ter sido técnico de campo, há mais de 15 anos não exerço a atividade e certamente muitas mudanças ocorreram desde então. Porém, analisando o cenário mais macro, certamente várias das ideias acima serão realidade cada vez mais frequente.

E você, como vê a atuação do técnico do futuro? 

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 03/02/2016

Caro Paulo, obrigado pelos seus comentários. Com certeza a habilidade do profissional em se posicionar, passar as informações e se comunicar bem, além de entender as limitações e as características de cada propriedade, bem como o tempo necessário para que as mudanças sejam feitas.
PAULO C. F. NATIVIDADE

MIRACEMA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2016



Não tive outra saída se não buscar fora da região o conhecimento, os "conselhos" e recomendações técnicas de que necessitava quanto às particularidades da minha propriedade. E o outro "técnico" que encontrei demonstrou a mesma deficiência do primeiro. Tido como muito "sábio", também não tinha preparo para o mister para o qual se formara.



Moral da história: não bastará que os técnicos do futuro sejam exímios em suas potencialidades, se não estiverem também preparados para lidar com as dificuldades, muitas vezes imensas, do produtor rural, ainda que este produtor rural também seja uma pessoa com boa escolaridade, que tenha propósitos de utilização de todos os recursos modernos recomendáveis e que a tecnologia já disponibiliza, que esteja "aberto" a todas as inovações...



Parece também conveniente que o profissional, ao atender as demandas do produtor rural, não "cheguem" na propriedade já demonstrando "pressa", por estar comprometido e preocupado com a sua pauta de atendimentos a outros produtores, do tipo que "cumprimenta já se despedindo".



Penso também que, provavelmente, as grades curriculares dos diversos cursos de graduação devem se adequar permanentemente e corresponder à necessidade de atenção aos variados temas que são abrangidos tanto pelo produtor de pequeno empreendimento como os TOP 100.



Enfim, seja como for, prefiro acreditar no progresso e na capacidade de adaptação e conquistas de todos.



Abraços a todos e minhas homenagens ao Marcelo Pereira de Carvalho, por tudo que tem proporcionado aos atentos leitores que "convivem" neste "ambiente" esplêndido e indispensável chamado Agripoint e suas especializações, com destaque para o Milkpoint.



(Parte 2 de 2)
PAULO C. F. NATIVIDADE

MIRACEMA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2016

Cumprimentando a todos e em particular ao Marcelo Pereira de Carvalho por sua excelente abordagem, peço licença para também opinar. (enviando em duas partes pois excedi o número de caracteres)



Vejo com boa expectativa o progresso constante e a difusão do conhecimento no âmbito do agronegócio através dos veículos da mídia especializada.



Particularmente quanto ao empreendedor-produtor rural, seja ele de que segmento seja, as fontes do conhecimento estão abundantemente disponíveis através do acesso à grande rede mundial, através da qual se pode acessar textos técnicos da melhor qualidade e importância, estando ao alcance de todos o conhecimento científico disponibilizado sob o formato em pdf, além de incontáveis cursos EAD ministrados por universidades, escolas, órgãos especializados governamentais e não governamentais, obtendo progressos inimagináveis há algumas décadas, e que, embora (a meu ver) muito lentamente, o produtor rural vem-se renovando e concebendo a necessidade da implementação dos recursos tecnológicos disponíveis e viáveis à capacidade de investimento de cada um, para bem se perseguir a conquista de resultados compatíveis e bastantes à manutenção da atividade e sobretudo a conquista de melhor qualidade de vida às famílias dedicadas ao negócio.



Quanto à questão colocada "que características o técnico de assistência técnica precisará ter no futuro", do ponto de vista do produtor rural, penso que além da capacidade técnica - seja ele um especialista ou um "clínico geral" - os resultados desejados advirão na medida em que se saiba administrar o "medicamento" certo, na hora certa, na "dose" exata correspondente à correção do diagnóstico.



Como produtor de pequeno empreendimento, iniciante, ainda em fase de implantação, tinha em mente que precisava reunir o que de melhor se pode encontrar na literatura especializada; e estudar muito para errar o mínimo. Na verdade eu não podia errar.

Quando busquei o apoio técnico, me deparei com as primeiras dificuldades que, já imaginava, adviriam.



O profissional, embora pessoa madura - "cascuda" como se diz na gíria, - não estava preparado para me prestar as informações necessárias, fazendo-me mais objeções do que me mostrando a 'luz', que preferiu guardar pra si. Embora reconhecido como "excelente profissional" no meio onde atua, não tinha preparo adequado para lidar com o "cliente", desprezando-lhe o esforço já empreendido e frustrando-lhe a expectativa de uma orientação segura; logo em seguida fui procurar saber informações de outros produtores e todos diziam: -"ele sabe muito; é ótimo técnico, mas é muito autoritário e não sabe se expressar convenientemente".



(Parte 1 de 2)
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 29/01/2016

Olá Beto,



Obrigado pelo seu comentário. Você certamente é um dos técnicos com visão moderna e global da produção de leite. Sucesso a você e continue contribuindo!



Grande abraço,



Marcelo
BETO CARVALHO

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS

EM 29/01/2016

Marcelo como sempre seus textos são perfeitos, pois são embasados em anos de atuação, prática, expertise. Realmente o futuro é incerto, mas a descrição é realista e bem fundamentada. O assunto é muito interessante e inesgotável, pois os técnicos precisam da atividade, mas será que ela sobreviverá sem eles?

Sobre as instituições de ensino, vejo que a criatividade e pessoas diferenciadas conseguem ajudar muito aos graduando a complementar o que falta em disciplina na parte administrativa, durante 20 anos convivendo com estagiários, vejo claramente a diferença dos técnicos que passam por organizações como a CONAPEC, da UNESP de Botucatu,  e o GRUPO DO LEITE da UFLA, graças a profissionais como Professores, José Luiz Vasconcelos, e Marcos Neves. Estes são notoriamente diferenciados, tanto em conhecimento técnico quanto visão do negócio, e administração.

Perfeito seu comentário sobre o técnico ter visão macro, quando perguntado ao técnico sobre o funcionamento de determinada fazenda, 99% discorrem sobre questões técnicas, e não sobre a cultura organizacional, o ambiente de trabalho e as pessoas.

Parabéns .
ANDERSON SANTOS GALVÃO

RIO VERDE - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/06/2015

Gostei muito do artigo! conteúdo objetivo, também acredito  no bem estar animal, é uma ferramenta essa que veio pra ficar!! Independentemente da profissão o bom profissional é aquele que tem sede e fome por novos conhecimentos, zona de conforto não existe no dicionario de um técnico competitivo. Temos um compromisso com a extensão rural.
PAULO CESAR DIAS THOMAZELLA

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/06/2015

Bom Dia!

Até 2050, teremos ao menos 2 bilhões de pessoas a mais no mundo.Mais de 9,5 bilhões de pessoas demandarão 70% a mais de alimentos e quase o dobro de proteínas animais.Desse total, mais da metade terá de vir do Brasil.Ou seja, precisaremos dobrar a produção, reduzir o desmatamento,gerar mais emprego,mais riqueza e menos carbono.O desafio é grande demais e por isso temos de agir em conjunto, com o envolvimento de todos os elos da cadeia de valor bovina.Vocês sabiam que o Brasil foi o que mais reduziu as emissões de metano para cada quilo de carne produzida nos últimos 20 anos,de acordo com o estudo da Faculdade de Zootecnia da Universidade de São Paulo?Trabalho como médico veterinário na Prefeitura Municipal de Piedade onde dia 06/06/2015 completaram 20 anos de extensão rural as propriedades deste município.,inclusive aos pequenos e médios produtores.Um trabalho que me orgulha muito .Peço a todos os produtores rurais que incentivem seus municípios no Brasil a terem técnicos que façam a extensão rural e ajudem vocês pois estudamos para isso.

Tudo está nas maõs de DEUS.ELE está no controle.Em 2003 passamos por uma crise e saímos dela e porque não enfrentarmos essa e também sair?Torço pelo nosso País e pelo mundo pois estamos aqui para cumprir o que DEUS nos requer.

Um abraço a todos e fico contente por compartilhar com muito respeito com a opinião de todos,pois com essas mensagens lidas aprendi mais e procurarei ampliá-las no meu dia a dia da melhor forma possível.

Muito Obrigado e que DEUS abençõe a todos.

Paulo Thomazella.
COOPERIDEAL - COOPERATIVA PARA A INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE LEITEIRA

LONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/06/2015

Caro Marcelo, parabéns pelo texto!

Concordo plenamente com as questões abordadas no texto, esse futuro detalhado está cada vez mais próximo, se não nos apressarmos seremos atropelados por ele.

A questão da formação do técnico que pretende atuar diretamente no desenvolvimento de produtores é completamente negligenciada nas escolas, o técnico acaba tendo de aprender depois de formado e nesse caso o produtor acaba pagando o pato.

Mesmo para aqueles que decidem continuar estudando nos cursos de mestrado/doutorado o nível de conhecimento útil é crítico. Falta ao estudante interesse no aprendizado prático da atividade, maior participação em estágios, grupos de trabalhos, contato direto com produtores, etc.

Alguns dias atrás estive com um professor conhecido de uma renomada instituição de ensino que dizia, em tom sarcástico, que como os alunos saem da escola sem saber nada, ele aproveitava para vender seu próprio trabalho de consultoria. Creio que alguma coisa está fora da ordem nessa questão da formação técnica!

Todo aquele que deseja atuar na extensão rural deve ter em mente que a entrega de bons resultados é a única garantia de sobrevivência para o técnico da iniciativa privada, daí a necessidade de inovação no trabalho realizado, busca por parcerias, atualização constante, uso de ferramentas adequadas e bom nível de conhecimento técnico.

O texto do Prof. Wagner Beskow, "O técnico que o mercado precisa", também escrito aqui no MilkPoint, é esclarecedor demais sobre esse assunto. O técnico que se debruçar sobre este texto do Marcelo e sobre o texto do Prof. Wagner terá uma indicação muito precisa sobre seu futuro mercado de trabalho.   (https://www.milkpoint.com.br/mypoint/transpondo/p_o_tecnico_que_o_mercado_precisa_assistencia_curso_ensino_extensao_formacao_motivacao_pesquisa_produtividade_resultado_tecnico_universidade_5016.aspx)
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/06/2015

Senhores técnicos,



Com a inevitável redução do número de produtores os empregos dos senhores também estão ameaçados, só vão ficar os melhores prestadores de serviços.
NEI ANTONIO KUKLA

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/06/2015

Oportuna a matéria em um momento em que vemos que a era do conhecimento somente não está mais resolvendo se esta estiver andando sozinha, mas sim o conhecimento aliado a criatividade.

Para lograrmos êxito no novo modelo de assistência, nós profissionais temos inúmeros desafios, onde destaco a nossa capacidade de ser um consultor com leque amplo de conhecimentos e jogo de cintura para enfrentar diferentes situações no dia a dia. Devemos lembrar que hoje o acesso a uma formação superior é muito facilitado e, felizmente filhos de produtores estão indo buscar uma graduação e retornando as propriedades para empreender, haja visto a deficiência de emprego nos centros urbanos nas diferentes áreas. Neste sentido, já não encontramos mais no campo como encontrávamos antes, produtores que não dominam suas atividades, prova disso é o salto de crescimento na produção agropecuária nos últimos anos.

Como profissional, me preocupo muito com as fiscalizações dos conselhos de classe, pois hoje, se não tivéssemos eles, na minha opinião não precisávamos nem buscar a formação, pois mesmo com fiscalização encontramos balconista fazendo receituários, vendedores com sua "prática" fazendo recomendações no campo, o absurdo de se liberar a elaboração do CAR para qualquer pessoa fazer etc.....

Preocupante em algumas situações.
SILAS ARCANJO DA SILVA

ITAPURANGA - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 18/06/2015

Olá amigos, uma coisa me deixa muito preocupado é que todos os Estados da Federação conta com equipes que deveriam atuar no campo junto aos produtores, mas como foi dito existe produtor que nunca recebeu a visita de um técnico. Não adianta técnicos atuando somente  em escritórios.
PAULO CESAR DIAS THOMAZELLA

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/06/2015

Parabéns pela explanação e comentário de todos.Mas não devemos esquecer que extensão rural e agricultura familiar andam juntas.Voçês sabiam que temos propriedades no Brasil que nunca receberam visitas de técnicos?Concordo com as Universidades em trabalhar com a pesquisa,mas conforme assiste uma palestra a mais ou menos 15 anos atrás por um Professor e Diretor de uma renomada Universidade Estadual,enquanto o Brasil não focar para a extensão rural estaremos sempre patinando.Precisamos de Técnicos tanto da área da Pecuária como a Agricultura para trabalhar em conjunto com os produtores rurais.80 a 85% dos produtores rurais é agricultura familiar.Boa sorte a todos e que possamos ajudar nosso País e o mundo na qual moramos a ter uma vida mais justa e digna.Que DEUS abençõe a todos.
JUAREZ FRANCISCO DE LARA

PORTO UNIÃO - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2015

Diante das conturbadas condições de mercado e políticas para nossa agricultura e pecuária, cabe aos formadores de opinião como nós técnicos, tentar direcionar produtores para o caminho da racionalidade, da ética e construção de novos valores, fundamentos básicos para profissionalização e reorganização das cadeias produtivas. Sem perspectivas que possam possibilitar planejamentos estratégicos para qualquer atividade, não há possibilidade de desenvolvimento.
JONAS

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2015

Perfeito!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 17/06/2015

Obrigado a vocês pelos comentários. Concordo também com o viés excessivo em pesquisa dado nas Universidades, fruto inclusive dos modelos de incentivo aos docentes. O resultado é que se forma pessoas muitas vezes desconectadas da realidade que irão atuar.
MAICON HEITOR DO NASCIMENTO

NAZARENO - MINAS GERAIS

EM 17/06/2015

Parabéns Marcelo Pereira, Ótimo Artigo...



Concordo muito, haja vista não só o técnico deve atualizar como também todos deve trabalhar em conjunto. Tanto o técnico, o produtor e as empresas...



Convém lembrar ainda que muitas empresas perde seus clientes, ou seja, pela concorrência, acredito que nem tanto, mas sim, pela demora em resolver problema relacionado à falta de educação de alguns funcionário, que não são todos.



Parabéns, tudo de bom!






GUILHERME ALFREDO MAGALHÃES GONÇALVES

LAGOA DOS PATOS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2015

Parabéns pelo texto.

Assim como Hélder de Arruda, mencionou acima... acredito que o modelo das faculdades e instituições de ensino não dão tanta atenção ao quesito extensão e assessoria rural. Talvez seja pelos incentivos e facilidades do ramo da pesquisa, os alunos de graduação são continuamente influenciados a seguir este ramo, entretanto, ao meu ver tudo tem relação e perfil, ou seja, para ser técnico de campo tem se um perfil adota e o mesmo raciocínio serve para pesquisa.

Em se tratando do profissional do campo de futuro, relato que será necessário além de conhecimento técnico de alta qualidade, o técnico terá que ter um bom relacionamento, visão estratégica de gestão do sistema e sobretudo a estimulação da permanência e produção no campo. Pois o produtor rural vive reclamando, talvez até pelo próprio hábito e não por condições reais de infelicidades.



abraço
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/06/2015

Serão os que o mercado precisar.
LUÍS OTÁVIO DA COSTA DE LIMA

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 16/06/2015

Marcelo!  



Parabéns pela capacidade de síntese e de exposição da tua forma de pensar... Pode ter certeza que respondeu sim, e de uma forma muito clara.



Importante notar que te preocupou em citar questões técnicas na parte final no texto, e focou no que realmente vai ser o diferencial (eu acredito): ver sistema, ver renda, ver gestão, ver pessoas!!

A parte técnica será cada dia menos um diferencial, por incrível que pareça, já que isto deve ser inerente ao profissional, assim como assiduidade, responsabilidade, comprometimento etc. e indicadores técnicos são meios, e não o fim...



Agora gestão.. Isso meu amigo, é o desafio.. Mas como diz o ditado:"a ocasião faz o ladrão" e nossos produtores estão evoluindo rapidamente e serão eles que determinarão a quem entregarão as chaves da fazenda... e aos contemplados, o mínimo que terão de devolver é um convincente retorno sobre o capital investido, independente de navegar entre os TOP100 ou na agricultura familiar...



Abração e de novo parabéns pelo exposto!



Ah, e parabéns a turma da Educampo pela feliz preocupação de como deverá ser "o técnico do futuro"!
MISAEL DELIO DA SILVA

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/06/2015

-Importante artigo, em linhas simples e bem detalhado, falou pouco mas explanou muito. Acredito, também, que o técnico do futuro deve buscar sempre se atualizar, e acredito que empresas especializadas em assistência técnica (particulares) terão mais oportunidades de sucesso, em relação ao técnico isolado. Em relação a questão de remuneração, acredito que contratos de riscos sejam os mais vantajosos para ambas as partes. Além de produtor de leite, possuo empresa de revenda de insumos agrícolas e em alguns casos já adotamos os contratos de riscos, como por exemplo, em lavouras de alta tecnologia (onde se usa pivot central para irrigação) e os resultados para cliente e empresa são compensadores. Sem o apoio dos laticínios os técnicos  enfrentarão maiores dificuldade, a cadeia produtiva deve seguir unida, e a quem interessa, o elo da mesma não poderá ser quebrado.

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