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Cenários para o leite no Brasil em 2020

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 04/03/2008

8 MIN DE LEITURA

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Esse é o título de um estudo de duração de um ano que a AgriPoint conduziu em parceria com a Embrapa Gado de Leite e com o Instituto Ouro Verde (ONG com forte atuação em agricultura familiar), patrocinado pelo Sebrae, pelo MDA, pela OCB e pela CBCL.

No planejamento das organizações, raramente são avaliadas ou discutidas alternativas que estão um pouco além dos compromissos de curto prazo, o que resulta em uma miopia que torna o risco de descontinuidades e rupturas muito mais significativo e impede que se identifique e aproveite oportunidades que, hoje, ainda não estão claras. Em ambos os casos, ao não analisar sistematicamente os vários cenários futuros passíveis de existência, as organizações enfraquecem seu pensamento estratégico de longo prazo. Desta forma, a exploração de possibilidades futuras que nem sempre são consideradas permite, em última análise, aperfeiçoar o processo de tomada de decisão dos agentes envolvidos, contribuindo para que a geração de valor permaneça no tempo. Neste contexto, a avaliação de cenários futuros é altamente oportuna e permite às organizações e agentes do setor leiteiro testar previamente suas forças e fraquezas diante de cada alternativa.

O estudo procurou elaborar, através da participação de mais de uma centena de especialistas nas várias regiões do país e áreas de atuação dentro do segmento lácteo, possíveis cenários para o setor em 2020, construídos a partir de uma extensa pesquisa realizada pela internet. Esta pesquisa foi formulada com o intuito de captar, junto aos especialistas, suas percepções a respeito do futuro, em aspectos quantitativos e, fundamentalmente, qualitativos, que permitiram compreender e organizar o conhecimento coletivo existente.

As perguntas, abertas ou fechadas, foram precedidas de um texto contextualizador, de forma a embasá-las e permitir situar a questão dentro de um cenário mais amplo de informações. Foram realizadas duas rodadas, sendo que, após a primeira rodada, os resultados foram compilados, tratados estatisticamente e reapresentados aos participantes, de forma a permitir a reflexão a respeito da posição de cada um, que poderia ser alterada à luz dessas informações. De posse do material decorrente da pesquisa, a equipe responsável pelo projeto, envolvendo especialistas na metodologia de construção de cenários (o projeto teve a consultoria do Profuturo - Programa de Estudos do Futuro da Fundação Instituto de Administração), formulou quatro cenários possíveis.

É importante ressaltar que o objetivo do trabalho não foi o de prever um cenário para a cadeia leiteira, mas sim formular possíveis alternativas futuras que, uma vez conhecidas, podem ser influenciadas desde o presente. Com isso, o material em questão oferece uma maneira eficiente de se refletir acerca dos desdobramentos futuros em cada cenário e suas implicações, aperfeiçoando a tomada de decisões dos agentes envolvidos com o setor no presente. Além disso, é oportuno esclarecer que, embora os cenários sejam factíveis, é evidentemente pouco provável que qualquer um deles ocorra da forma exata como foram descritos. Na realidade, o mais provável é que haja, no desfecho real, elementos de um ou de mais cenários aqui apresentados, o que não invalida o exercício e a contribuição que o trabalho oferece para empresas, produtores, entidades setoriais, pesquisadores e formuladores de políticas públicas.

O primeiro cenário, "Crescimento continuado, mas heterogêneo", pode ser considerado o cenário tendencial, isto é, aquele que, no seu conjunto, o setor entende como mais provável, sendo resultado das forças atuantes e já conhecidas. Nele, o país cresce a produção de acordo com taxas históricas e superiores ao aumento do consumo, resultando em um superávit estrutural destinado ao mercado externo que atingiria, em 2020, quase 5 bilhões de litros ao ano. Permanece a tendência de concentração na produção e se intensifica a concentração na indústria. O setor mantém um nível de inovação suficiente para desenvolver o mercado de forma competitiva e logra algum sucesso em iniciativas envolvendo sustentabilidade do setor, como o marketing institucional. A qualidade da matéria-prima evolui, mas a infomalidade ainda persiste em níveis razoáveis. Neste cenário, o setor avança, mas vários desafios atuais continuarão por ser resolvidos.

A partir desse primeiro cenário e levando em conta as diferentes percepções dos especialistas acerca do futuro, foi possível trabalhar com dois cenários contrastados.

O primeiro cenário contrastado (portanto, o segundo cenário do trabalho) foi denominado "Leite, a Nova Estrela do Agronegócio". Respondendo às boas perspectivas para o setor no Brasil e no mundo, são realizados fortes investimentos em novas plantas industriais, o que estimula o aumento da produção de leite a taxas significativamente acima da média histórica. Mesmo com um satisfatório aumento do consumo interno, calcado no trinômio renda/marketing/inovação, os excedentes para exportação serão consideráveis, atingindo 10 bilhões de litros de leite ao ano em 2020 e o Brasil se inserirá definitivamente no mercado internacional. A concentração na produção será significativa e o mercado operará com um mínimo de interferência governamental. A região Sudeste continuará sendo a principal região produtora, seguida da região Sul, que diminuirá a diferença. Neste cenário, o leite adquire contornos mais próximos dos verificados em outros países como Nova Zelândia e Estados Unidos, com produção ancorada na escala e na eficiência de custos.

Nem tudo pode dar certo. É o que trata o segundo cenário contrastado (terceiro cenário do trabalho), "O Futuro Desperdiçado", formulado a partir da percepção de uma parcela dos especialistas de que o setor não conseguirá superar como deveria os atuais desafios. Neste cenário, o conflito entre os elos se mantém ou aumenta, inviabilizando iniciativas consideradas importantes para o crescimento sustentável da atividade. A ausência de coordenação setorial impede a organização do setor, o auto-monitoramento e a execução de ações em prol da sustentabilidade futura da atividade. A produção crescerá notadamente nas áreas de fronteira, muito mais por falta de opção de agricultores sem assistência e alternativas econômicas do que por atratividade como negócio. Fraudes e sonegação se tornam comuns, afastando empresas inovadoras e multinacionais, que optarão por investir em outros segmentos. O setor não se articulará em entidades de representação e pouco influenciará a regulamentação técnica relativa aos alimentos e as políticas públicas. A produção crescerá a níveis menores do que a média histórica e o superávit exportável será relativamente pequeno, pouco alterando o status brasileiro no mercado internacional.

Por fim, desenvolvemos um quarto cenário, o chamado cenário normativo ou desejado pelos participantes. Esse cenário foi redigido a partirdas respostas de uma série de perguntas feitas na segunda rodada.

Esse cenario (quarto cenário), entitulado "Agricultura Familiar e Competitiva", apresenta a pujança do setor, que crescerá mais do que na média histórica, ancorado na agricultura familiar, principalmente na região Sul, que quase se equiparará à região Sudeste em quantidade produzida. O enfoque na agricultura familiar e no cooperativismo é a principal diferença deste e do segundo cenário. As cooperativas crescem em importância, o relacionamento entre os elos se harmoniza e o setor consegue, através de ações setoriais, como o marketing institucional e a inovação, aproveitar as oportunidades de mercado existentes. As crescentes exigências ambientais e sanitárias serão bem assimiladas pelo setor, permitindo ampla inserção internacional. O país terá destaque em novas tendências que se consolidarão, como a produção de leite orgânico e a produção ambientalmente sustentável. O governo terá um papel importante na reestruturação do sistema oficial de extensão e na disponibilização de crédito para a agricultura familiar. Haverá, no entanto, espaço para produtores de grande porte, que encontrarão nas grandes processadoras um mercado crescente, estimulando o investimento em escala e qualidade.

A tabela abaixo traz resumidamente as principais variáveis estudadas e os resultados em cada cenário.

Os cenários apresentados acima de forma resumida indicam que, no geral, a percepção dos participantes é favorável ao desenvolvimento do setor. Mesmo se tudo der errado, como procurou representar o terceiro cenário, haverá crescimento. Apesar de ser importante apontar que a pesquisa foi realizada em meados do primeiro semestre de 2007, em meio a um dos melhores momentos vivenciados pelo setor nos últimos anos, decorrente dos elevados preços externos, é sensato argumentar que as pessoas participantes conhecem, em maior ou menor grau, o contexto mais amplo em que o setor está inserido, não se deixando levar em demasia por situações pontuais. Assim, pode-se concluir que a percepção dos participantes é, em geral, de que o Brasil manterá a trajetória atual de evolução, com boa probabilidade de se desenvolver de modo ainda mais intenso, como descrito nos cenários 2 e 4.

Tabela 1. Cenários para o leite no Brasil em 2020.
 


De posse desse material, é possível antecipar as ameaças, como aquelas que compõe o terceiro cenário, de forma a executar ações preventivas. Também - e mais importante ainda - é possível identificar as oportunidades apresentadas nos outros cenários, de forma a criar as condições para que sejam efetivamente exploradas.

A mensagem que fica a partir deste trabalho inédito é que o setor leiteiro que encontraremos em 2020 pode adquirir contornos muito distintos dependendo do contexto analisado. E, dentro dessa constatação, os agentes envolvidos têm um papel preponderante na construção do futuro. Serão necessárias ações efetivas, conseguidas através da mobilização setorial, para que a cadeia láctea se mantenha dinâmica e competitiva. Estas ações, significando uma participação mais ativa do setor, podem ser a diferença entre os cenários extremos aqui construídos. O estudo será de pequena utilidade caso as reflexões feitas por cada agente não sejam transformadas em um plano de ações em condições de ser executado e corretamente implantado.

***************

Esse trabalho resultou na publicação "Cenários para o Leite no Brasil em 2020", que traz um balanço da atividade nos últimos anos, as principais incertezas existentes hoje, a descrição dos cenários e implicações para o setor. Em breve, a publicação poderá ser adquirida no MilkPoint.

 

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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JOSÉ EDUARDO PEREIRA MAMEDE

AGUAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/05/2008

Prezado Marcelo e todos que participaram deste trabalho,

Parabéns pela iniciativa e a realização deste estudo de cenários para o leite no ano 2020.

Sem dúvida, seria bastante complexo pensarmos em mais cenários ou outras combinações possíveis para o leite, dada a grande quantidade de fatores que têm impacto sobre toda a cadeia produtiva.

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção de todos os leitores deste artigo, especialmente dos meus colegas produtores, para a importância de um estudo como este no planejamento de longo prazo da nossa atividade. Lembrando que o nosso planejamento de curto prazo (1 a 2 anos) deverá levar em consideração o de longo prazo.

Vejam que os vários aspectos examinados em cada cenário nos permite analisar e tomar decisões quanto às nossas atividades na fazenda, por exemplo:

Quanto à produção de leite: podemos investir no seu aumento. Quanto à produtividade por vaca: devemos continuar a investir na melhoria genética. Quanto à qualidade do leite: devemos continuar no caminho da melhoria. Quanto ao relacionamento Indústria-Produtor: devemos continuar a buscar um melhor relacionamento comercial e técnico, preferencialmente por meio de contratos de fornecimento de longo prazo. E quanto ao número de laticínios, leite captado por cooperativas, canais de venda e consumo no mercado interno: devemos ficar mais atentos na hora de escolher novos parceiros-clientes para o nosso produto ("leite").

Esperamos que os outros "atores destes cenários", como os Governos (Federal/Estadual/Municipal), Indústrias, Cooperativas, Comércio, Entidades de Classes e Consumidores, façam as suas partes.

Muito obrigado pelo trabalho apresentado e pelas informações disponibilizadas à toda cadeia produtiva.

O Brasil agradece!

JOSÉ GERALDO ALVES

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/03/2008

Marcelo, parabéns pela iniciativa. Como você, também acredito ser a produção de leite uma das principais alternativas de renda junto as propriedades de agricultores familiares. Somente com informações e dados elaborados é que conseguiremos alavancar a cadeia produtiva do leite e a renda dos produtores.

Atuando no cooperativismo por vários anos, constato que houve muito progresso e desenvolvimento, porém lamento a manutenção de posturas individualistas no trato das questões do setor leiteiro. Proporcionar uma correta distribuição da renda entre os diferentes elos da cadeia produtiva, investimentos em educação e formação cooperativista continua sendo o desafio para o alcance da performance projetada para 2020.

Atenciosamente, José Geraldo Alves.
ROSENBERG OLIVEIRA

FRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/03/2008


Carissimo Marcelo e equipe

Muito obrigado por mais um belissimo artigo e de grande valia para nos do setor produtivo de leite, vejo que é importante que aconteça algo que esteja dentro dos cenarios 1, 2, ou 4 e que nos produtores estejamos cada vez mais informados para podermos acompanhar as mudaças na mesma velocidade que elas venha acontecendo, estou enviando copia a todos os membros de nossa associação, hoje somos um grupo de 15 produtores e estamos neste grupo ja a 3 anos e posso lhe dizer que os produtores que se encontram mais confortavel são os de economia familiar e por esta experiencia acredito em muito no cenario 4 mais uma vez muito obrigado pelos artigos .
Um forte abraço.
EDUARDO AGUIAR DE ALMEIDA

SALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/03/2008

À primeira vista, o estudo, de resto bastante interessante, não aposta muito numa marca inconteste do desenvolvimento da economia do leite no período recente no Brasil: a "subida" rumo norte, rumo a regiões de clima mais quente.

Nenhum dos cenários considerados parece confiar na confirmação desse "rumo". Há aposta ali, entretanto, em relação à continuidade do crescimento do leite no Sul, embora, na verdade, de 1994 a 2006 apenas Paraná e Santa Catarina tiveram crescimentos consistentemente acima da médio de crescimento do País.

Mesmo no cenário que aposta no incremento do leite de agricultura familiar, parece que só se acredita em agricultura familiar sulista. Por quê? Considerando uma empírica e especulativa hipótese de salto estruturado "tardio" [de produção] em estados importantes como Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Paraíba, Ceará e numa recuperação qualitativa do salto goiano, me parece que o Cenário 4 do Estudo mostra boas possibilidades, desde que fatores macro e micro econômicos se mantenham favoráveis, mas, evidentemente, com perfil geográfico um tanto distinto do proposto no Estudo.

<b>Resposta de Marcelo Pereira de Carvalho:</b>

Caro Eduardo,

Obrigado pela carta e pelos comentários, que são pertinentes.

É possível que o futuro mostre uma distribuição distinta da atual. Talvez os participantes não tenham visualizado um possível crescimento tardio nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte. O perfil dos participantes pode ter contribuído para isso: a maior parte dos participantes são do sudeste e sul. De qualquer forma, há que se considerar que em todas as regiões, a produção vai crescer.

No caso do Rio Grande do Sul, sua colocação é verdadeira, mas pode-se levantar o fato de que a ampliação de laticínios e a instalação de novos laticínios está sendo realizada neste momento.

Um cordial abraço,

Marcelo
ALAN ISSA RAHMAN

CARAZINHO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/03/2008

Boa matéria, realmente creio que esse será o caminho mesmo, a coisa ir melhorando, o que não sabemos ao certo é a velocidade deste processo. Apesar de trabalhar muito com os envolvidos no cenário 4 da agricultura familiar, acho essa previsão bem pouco provável.

Os maiores investimentos que vemos hoje em tambos de leite aqui no sul, são lavoureiros de médio a grande porte reestruturando esta atividade ou estruturando ela em suas propriedades. Alguns fatores limitam esta visão maior nas pequenas propriedades de tornar o leite um negócio, a cultura tradicional da soja em nossa região, o êxodo rural assim a falta de mão de obra, uma visão jovem de mente aberta para aceitar tecnologias como: melhora na alimentação, genética e manejos adequados.

Mas, enfim, espero que eu esteja enganado, porém o que vem acontecendo nos últimos anos é o aumento da produção e a redução no número de tambos, ou seja, aqueles que não acreditam, não têm aptidão e não se profissionalizam na atividade, vão saindo e aqueles que aceitam novas tecnologias, têm um visão mais empresarial estão aumentando a produção.

Isso é apenas a minha opinião e um pouco do que vejo por aí no campo. Obrigado pelo espaço!
SANDRO MAGNO DE M. POTENCIANO

BELA VISTA DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/03/2008

Marcelo e equipe,

Parabéns pelo trabalho, mas particulamente eu acho que vocês estão sendo modestos para os números, porque se considerarmos o que aconteceu nos 10 anos anteriores, e principalmente em 2007, veremos que as mudanças foram enormes e que estávamos simplesmente fazendo o essencial (mas que já foi de bom tamanho). Por causa dos preços praticados que não dava condições para o produtor fazer investimentos (mas que ele acabava fazendo).

Este cenário que estamos presenciando hoje é muito sólido por isso o leite tem tudo para crescer, principalmente vontade dos produtores profissionais.

Abraços!
JOSÉ MAURO VIEIRA

ITANHANDU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/03/2008

Marcelo,

Parabéns pela seriedade do trabalho e as alternativas para um futuro promissor, que todos nós acreditamos.

Atenciosamente,

José Mauro

Ração Total
Três Corações - MG





















AGENOR TEIXEIRA DE CARVALHO

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/03/2008

Marcelo,

Parece que não entendi bem a tabela. Veja bem: se em 2005 produzimos 24.6 bilhões de litros e, nos cenários 2 e 4, em 2020 estaremos produzindo 50 bilhões - teremos crescimento de 104%. Hoje nossa produtividade por vaca é de 1.200 e em 2020 será de 2.500, teremos crescimento de 108%. Isto significa que nossa expansão será negativa em 4% ?Vamos continuar com mais ou menos o mesmo número de vacas em produção?

E a região Sul pelo Cenário 2 e 4 vai crescer em cima de qual região? Acho também que se crescermos tanto baseado na agricultura familiar no cenário 4 vai acontecer o que está acontecendo na Nova Zelândia,vai deixar de ser "Familiar".

Acredito mais no "cenário 1" porque não podemos esquecer da "Agricultura" que está em fortíssimo crescimento em cima das áreas leiteiras. Não acredito no cenário 3.

E a questão "Meio Ambiente" que tá aí só para piorar mais as coisas? Espero que entenda minhas críticas, pois não sou nada perto de você, que para mim é o maior "cientista" de leite do Brasil.

Abraço Forte.
Agenor Carvalho.
Araxá M.G.

<b>Resposta de Marcelo Pereira de Carvalho:</b>

Caro Agenor,

A expectativa é essa mesmo. Que o número de animais se mantenha, nesse horizonte, próximo do atual, porém produzindo bem mais, até o dobro. Você acha que o número de animais cairá? Lembre-se que estamos falando de praticamente dobrar a produção em 15 anos.

Sobre a região Sul, o crescimento se dará principalmente sobre a região Sudeste. É importante ressaltar, porém, que todas as regiões crescerão em produção, mesmo a Sudeste. A perda de participação porcentual não implica em perda de volume absoluto de leite.

Mais uma vez, obrigado por sua participação.

Um abraço,

Marcelo
MARCELO DE FIGUEIREDO E SILVA

FRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/03/2008

Marcelo, parabéns a todos os que colaboraram com o trabalho e a você especialmente, pela coordenação do projeto, mostrando-nos, mais uma vez, toda a sua competência no assunto mercado lácteo e organização de eventos, empreitadas etc.

Espero, como participante ativo desta cadeia, que um dos cenários se confirme (me refiro ao 1, 2 ou 4), com ampla preferência para o cenário 4 devido ao crescimento e consolidação do setor cooperativo, da valorização do pequeno produtor e da relevante importância da extensão rural, consultorias especializadas e do crédito, entre outros instrumentos necessários para a confirmação desta perspectiva.

Interessante também notar que o marketing institucional é de extrema importância na concretização deste cenário, ou seja, passou da hora de o setor se mobilizar neste sentido. Quem viver, verá.

Um abraço.

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