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Futuro da produção de leite: Quais os cenários para 2023?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/03/2014

5 MIN DE LEITURA

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Em 2013, a FIESP lançou um documento intitulado Outlook Fiesp 2023 : projeções para o agronegócio brasileiro. Neste documento, tentou-se a partir de diversas informações nacionais e internacionais, estabelecer possíveis cenários da perspectiva do Agronegócio brasileiro para 2023.

A setor primário da cadeia produtiva do leite, devido a sua importância na economia brasileira, foi analisado e, por isso, foi disponibilizado abaixo o trecho destinado ao segmento. Qual sua opinião sobre estas projeções? Comente!

Outlook Fiesp 2023 : projeções para o agronegócio brasileiro


O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite, com 5% de participação, ou 32,9 milhões de toneladas, em uma produção global de 544,1 milhões de toneladas em 2012, de acordo com o USDA. Embora o volume deixe o País distante dos três principais produtores, já que a União Europeia representa 26%, a Índia, 24% e os EUA, 17% da oferta total, ao analisar os países europeus de forma individual, observa-se que a produção brasileira é maior do que as registradas em mercados tradicionais, como França e Alemanha.

Uma característica desse mercado é o fato de os maiores produtores serem também os maiores consumidores do produto. Por essa razão, o comércio internacional é proporcionalmente pequeno em relação ao volume total produzido.

O Brasil tem participado de forma tímida nas exportações de alimentos lácteos nos últimos anos, por motivos que vão do preço relativo do seu produto às restrições impostas pelo mercado internacional. O País atua como importador, principalmente de leite em pó, manteiga e queijos, cujas quantidades, convertidas em “equivalente leite fluido”, representam 3,5% do consumo doméstico.

O cenário básico de lácteos considera a hipótese, conservadora, de que o Brasil manterá sua presença atual no comércio mundial, ou seja, não se tornará um grande exportador e continuará importando produtos específicos, como queijos e mesmo leite em pó, mas não em quantidades crescentes.

Entretanto, não se pode descartar totalmente a possibilidade – ainda que não seja o cenário básico utilizado nesta projeção – de o Brasil se tornar relevante no mercado internacional na próxima década, uma vez que a China pode modificar substancialmente a dinâmica desse quadro. Nos últimos cinco anos, as importações chinesas de leite em pó e manteiga praticamente quintuplicaram, para, aproximadamente, 600 mil toneladas em 2012 e o ritmo de crescimento continua forte.

Vale destacar que o consumo per capita chinês de leite é ainda bastante baixo, da ordem de 11 quilos de leite fluido por ano, ante 55 quilos no Brasil. Do lado da oferta global, existem dificuldades para um crescimento significativo: países exportadores, como a Austrália e a Nova Zelândia, onde a utilização intensiva de pastagens permite um baixo custo de produção, possuem forte limitação de expansão de área. Isso pode abrir uma oportunidade para o Brasil no mercado internacional, pois temos boas condições de expansão, seja pelo aumento do rebanho, seja pelos ganhos de produtividade advindos do uso mais intensivo de tecnologia.

Considerando que o direcionador da ampliação da oferta será fundamentalmente o consumo doméstico, que seguirá bastante dinâmico, alicerçado no aumento da renda média das famílias, estima-se que a produção brasileira de leite crescerá 3,2% a.a., partindo de 32,9 bilhões de litros em 2012 para 46,7 bilhões de litros em 2023.
A maior formalização do setor e o lançamento de novos produtos, determinantes para a expansão do consumo, seguirão influenciando positivamente o seu desempenho. Dessa forma, o consumo per capita de lácteos apresentará variação de 2,5% a.a. entre 2012 e 2023, que passará de 166 quilos a.a. para 216 quilos a.a.



Rebanho Leiteiro

Espera-se uma evolução média de 2,0% a.a. no rebanho de vacas leiteiras, partindo de 23,6 milhões de cabeças em 2012 para 29,3 milhões de cabeças em 2023, considerando os dados do IBGE disponíveis até 2011.

Já a produtividade por animal apresentará crescimento de 1,2% a.a., saindo de 3,9 litros/dia em 2012 para 4,4 litros/dia em 2023. Essa produtividade é bastante baixa em comparação com os níveis observados em outros países.

Portanto, apesar de esse aumento esperado da produtividade estar alinhado ao observado nos últimos dez anos, caso ocorra um crescimento da demanda superior ao estimado, com o Brasil passando a fornecer volumes superiores para o mercado externo, haveria estímulo para um incremento maior na produtividade, por meio do uso mais intensivo de tecnologia.

Em um cenário alternativo, o mesmo crescimento esperado da produção (3% a.a.) poderia vir exclusivamente do ganho de produtividade, em que o rebanho se manteria constante e a produtividade por vaca evoluiria num ritmo anual mais forte, de 3,5%. Indicadores de avanço tecnológico, como o crescimento de 43% nas vendas de sêmen importado de gado leiteiro nos últimos cinco anos, dão evidências de que uma transformação está em curso no setor. Com isso, a pecuária leiteira deverá caminhar para um modelo de produção mais concentrado com menor número de propriedades cada vez mais especializadas.



Dinâmica Regional

Em termos regionais, projeta-se um crescimento superior da produção na Região Sul, em detrimento das demais. Isso significará que o Sudeste perderá gradativamente a primeira posição que ainda detém.

Esse movimento já vem sendo observado: em 1997, a região representava 45% da produção nacional de leite, enquanto o Sul respondia por 23%. Já em 2012, a fração do Sudeste foi de 35%, ante 32% do Sul. Estima-se que, em 2023, esses porcentuais serão de 31,5% e 37%, respectivamente.

Já as regiões Norte e Nordeste também perderão importância relativa, mas em ritmo bem menor. O Norte sairá de 5% para 4,5%, enquanto o Nordeste cairá de 13% para 12% nesse mesmo período. O Centro-Oeste deverá ficar praticamente estável em 15%.

No que diz respeito ao rebanho leiteiro, não são esperadas grandes alterações nas participações regionais, dado que o aumento da importância da produção da Região Sul ocorrerá devido aos ganhos de produtividade por vaca acima do ritmo de outros estados.

Com isso, a Região Sudeste continuará com o maior rebanho, chegando, em 2023, a uma participação de 35%, ante 34% em 2012, seguida pelo Nordeste (21%), Sul (17,5%), Centro-Oeste (16%) e Norte (10%).


As informações são da FIESP.

Para ter acesso ao documento na íntegra, CLIQUE AQUI.
 

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LUCIANO BENINI

TEODORO SAMPAIO - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 14/02/2023

o setor é complexo! e historicamente sofre com falta de politicas publicas que contribuam para o setor, pois não temos créditos, assistência técnica, estradas, infra estruturas, incentivos para comercialização.
apesar de a agricultura familiar ser responsável por grande parte da alimentação que chega a mesa das famílias brasileiras entre elas o leite, historicamente não foram priorizadas por tais incentivos e políticas, pois os recursos públicos são destinados as grandes propriedades que exportam, porque a balança comercial tem por base a exportação de produtos primários. Diante disso, do abandono histórico os agricultores familiares encontram no ato de "tirar leite" as saídas para a resistência e permanência no campo. Agora para o leite ter valor e os custos produtivas baixarem precisamos de politicas publicas, entre elas antes de exportar tudo, precisamos garantir as necessidades internas de milho, soja, etc...
Precisamos elevar nossa produção, deixar de "tirar leite" e passar a "produzir leite", mas isto só vai ocorrer quando todos os setores da economia produtiva do campo estiverem de fato no orçamento e nas politicas publicas.
JOVANI BATISTA DA SILVA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/01/2017

Achei meio errado o artigo no mundo inteiro Rebanho diminui e a produção aumenta e no Brasil essa idéia errônea que vamos continuar arcaicos com médias vergonhosas e achando que leite à pasto é barato...

Discordo
KASSIANO ANDRE TREZZI

TEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/08/2014

O assunto é abrangente mesmo, penso em chegar em 2023 e ter contribuido com o setor em alguma coisa positiva. Talvez dos produtores que trabalho hoje espero que uma boa parte tenha aplicado alguma técnica que fomento hoje e que está esteja desenvolvendo a atividade e suas unidades de produção..
RHUDSON CARLO DE SOUZA

PRESIDENTE KENNEDY - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/03/2014

Se ao invés esse governo demagogo colocasse o pronaf para financiar projetos pilotos de pastejo rotacionado para vacas de leite ou plantação de hortaliças para o trabalho familiar poderia dar certo pois com 10 hec exigidos para aquisição de trator e caminhão que antes de começar a pagar já estarão velhos e dando muitas despesas , esses produtores familiares com leite e hortaliças trariam muito mas produtividade para o Pais  e para sua própria renda e não correriam risco de ter seus nomes sujos daqui um dia por não conseguir pagar as parcelas do pronaf .

Obs: quero saber quem foi o autor da ideia q dimensionou q um produtor de 10hec precisaria de um trator ou caminhão para sua mobilidade
ANTONIO CARLOS AGUIAR ESTEVES

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/03/2014

Sera que tem tantos produtores para suportar o preço do leite até lá, com despesas sempre crescentes, e sem condiçoes de investimentos, para se manter no mercado, tem que se profissionalizar rápido, se não chega lá.
AIRES ANDREOLLA

PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL

EM 14/03/2014

Resumindo: O Brasil vai continuar produzindo ineficiência. É um tal de abre tambo e fecha tambo.

Se esse governo, ao invés de ir buscar petróleo no pre-sal, inviável economicamente, estuda-se,planeja-se e financia-se, tamanhos de tambos rentáveis para cada propriedade,  o Brasil poderia exportar o "óleo branco" em troca do "oleo preto" e aí nós teríamos um enorme ganho no que diz respeito a geração de emprego e renda.
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 13/03/2014

Pois bem, pensar que o Brasil se tornará efetivamente um exportador nos próximos anos é demagogia. Para obter autorização para exportar grandes volumes de leite a importantes mercados necessitaremos de um ótimo status sanitário (em um país que não controla nem brucelose e tuberculose??).

A produção vai crescer sim. Como dependemos do mercado consumidor interno, que não deve consumir no mesmo ritmo da produção, vai sobrar leite no mercado. O resultado é que o preço pago vai cair, tal qual ocorreu no fim do ano passado. Com isso sairão do mercado centenas de milhares de produtores ineficientes e incapazes de fazer os investimentos necessários para elevar sua escala.

Talvez depois de tudo isso sobrarão produtores eficientes, que produzirão leite de qualidade e baixo custo, teremos feito nossas lições de casa e enfim poderemos iniciar no mercado externo.

Até lá a Austrália será importadora de leite, a Nova Zelândia perderá sua participação no mercado internacional se concentrando principalmente em produzir produtos de alto valor agregado, os EUA serão grandes players, a união europeia vai mudar muito após o fim das cotas, o Uruguai será um grande exportador e por ai vai. Não é apenas o Brasil que está a mudar.
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/03/2014

Será que em 2023 alguém ainda vai se lembrar dessa previsão para confirmar ou não esses dados?

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