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Quatro décadas no controle seguro da dor e da inflamação

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 05/06/2013

4 MIN DE LEITURA

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Por: Sebastião Faria Jr., PhD - Gerente Técnico de Pecuária - MSD Saúde Animal

Nos anos 1970 a flunixino meglumina chegou ao mercado veterinário, até então dependente de corticoides, ou de não esteroides pouco seguros ou pouco adequados para a rotina com grandes animais.

Na segunda década do séc. XXI, ela permanece como uma das mais completas aliadas do veterinário e do pecuarista na promoção segura de bem estar, recuperação clínica mais rápida e controle da inflamação.

Os múltiplos efeitos deste medicamento o consagraram na clínica de equinos. Tornou-se o tratamento sintomático de escolha na dor visceral – a cólica – em que se procura rápido alívio da dor para evitar autolesões. Na dor musculoesquelética, seu efeito mostra-se superior ao da fenilbutazona na analgesia e controle da inflamação envolvidas nas claudicações.

A crescente preocupação com o bem estar e a produtividade animal tem ampliado a adoção da flunixino meglumina na buiatria, a clínica de bovinos, com indicações já bastante estudadas em quarenta anos de pesquisas. Vamos lembrar os principais benefícios de sua utilização, com destaque para as mastites ambientais.

Complexo Respiratório – A associação com antimicrobianos permite uma recuperação clínica mais rápida e completa, pois reduz a febre e previne a consolidação pulmonar.

Diarreia neonatal - Ao reduzir a febre, melhora o estado geral e evita a anorexia. A supressão da resposta inflamatória reduz a secreção de água e eletrólitos para a luz intestinal e, assim, previne a desidratação. Somados à ação antiendotóxica nas infecções por E. coli, estes efeitos reduzem a morbidade e a mortalidade das diarreias sobre os bezerros.

Ceratoconjuntivite infecciosa – o alívio proporcionado pelo elevado poder analgésico soma-se ao controle da inflamação nas conjuntivas e no ducto lacrimal. Ao contrário dos corticoides presentes na maioria dos produtos de uso tópico, a ação anti-inflamatória da flunixino meglumina se dá sem risco de favorecer a formação da úlcera de córnea.

Pododermatites e laminites – O efeito analgésico, obtido em 15 minutos, reduz a claudicação e melhora o estado geral; o efeito anti-inflamatório evita a cronificação das lesões.

Pós-cirúrgico – A utilização na rotina de diferentes intervenções reduz a dor pós-cirúrgica, controla a inflamação e, no caso de cesariana, favorece a involução uterina.

Mastites ambientais – Neste caso, busca-se a rápida redução da febre, o controle da inflamação e da endotoxemia. Quando bactérias Gram negativas têm acesso à circulação, a endotoxemia associada produz muitos efeitos sistêmicos. A mastite aguda ou superaguda por E. coli é uma preocupação capital em relação a bem estar e fonte de perdas econômicas na pecuária leiteira, envolvendo redução na produção de leite, custos de tratamento, descarte de leite, e mortalidade. Assim como a inflamação no quarto afetado, sinais sistêmicos incluem depressão, febre, taquicardia, neutropenia, e inibição da motilidade reticulorruminal. A endotoxemia pode ser vista como uma condição inflamatória aguda do sistema circulatório. O choque endotóxico pode estar associado a várias doenças além da mastite, como metrite, peritonite e cólica equina. No tratamento do choque endotóxico com flunixina meglumina observa-se uma ação microvascular seletiva que inibe a liberação de produtos da ciclo-oxigenase. Além dos benefícios na resposta clínica, foi verificada redução nas concentrações de prostaglandina PGE2 e tromboxano TxA2 no úbere em resposta à terapia com flunixino meglumina; e também um aumento da concentração sérica das imunoglobulinas IgG1 e IgM. Os efeitos de um quadro de endotoxemia são mediados pela ciclo-oxigenase (COX) em ambas as formas (COX-1 e COX-2). Portanto, um inibidor de COX não seletivo pode ser uma escolha terapêutica mais racional que um inibidor de COX seletivo. A ação da flunixino meglumina, em suma, reverte as alterações induzidas por endotoxinas, e assim melhora a pressão arterial e a perfusão sanguínea para órgãos vitais. Como consequência, promove uma cura clínica mais rápida e o retorno à produção.

Tão antiga, tão presente...Em lugar de esperar, enquanto os antibióticos ainda não fizeram efeito, e a resposta inflamatória, usualmente exacerbada, causa dor, desconforto e danos irreversíveis, o buiatra contemporâneo tem adotado o uso racional da flunixino meglumina como boa prática na clínica de bovinos.

Referências

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