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Mastite: o que é e como tratar

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 29/01/2015

5 MIN DE LEITURA

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A mastite é a doença que representa o maior custo na produção leiteira em todo o mundo. As perdas econômicas resultam da redução da produção de leite, descarte prematuro de animais, descarte de leite, tratamento, assistência veterinária e a diminuição da qualidade do leite.

Mastite é a inflamação da glândula mamária, independente da causa. Na maioria das vezes é causada por bactérias que atingem o interior de um ou mais quartos pelo ducto dos tetos. Porém outros microrganismos, como fungos, também podem causar a doença.

A mastite é geralmente classificada em duas categorias para descrever o problema:

  • Mastite subclínica: onde não são observadas mudanças na aparência do leite, sendo testes adicionais, como CMT, necessários para detectar o problema.
  • Mastite clínica: onde a infecção do úbere torna-se evidenciada pelas mudanças físicas na aparência do leite e do úbere, e em casos mais graves, observa-se alterações sistêmicas.


Mastite subclínica

A mastite subclínica pode ocorrer em qualquer fase da lactação e caracteriza-se pelo aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS), maior que 300.000. Tem como fonte de transmissão fômites, como as mãos do ordenador, os panos usados na secagem dos tetos, as esponjas usadas para limpar a mama, as teteiras das unidades de ordenha e moscas, transmitindo a doença dos quartos doentes para quartos sadios, do próprio animal ou de outros animais.

Os principais agentes causadores da mastite subclínica são bactérias contagiosas (Gram-positivas), que são aquelas que estão presente no próprio animal, principalmente Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae.

Naqueles animais onde há um histórico de mastites recorrentes, em que a vaca apresentou mastite em lactações anteriores e/ou vários casos da doença na mesma lactação, caracterizando um quadro de vários tratamentos sem sucesso, classificamos estes casos de mastites crônicas.



Mastite clínica

A mastite clínica é classifica em três tipos: leve, moderada e aguda.

Leve: Não há alterações sistêmicas, apresentando apenas alterações no leite, como grumos, leite aguado ou com traços de sangue. Ocorre em qualquer fase da lactação. Pode ser causada tanto por bactérias contagiosas (Gram-Positivas) como por bactérias ambientais (Gram-Positivas e Negativas);

Moderada: Não há alterações sistêmicas e além das alterações no leite, a mama apresenta alterações como inchaço, vermelhidão, edema, enrijecimento do quarto afetado. Ocorre em qualquer fase da lactação. Tem como causa as mesmas da mastite clínica leve.

Aguda: Além das alterações no leite e na mama, observa-se febre e outros sinais de distúrbio sistêmico como: depressão acentuada, pulsação fraca, olhos fundos, fraqueza e anorexia, podendo até levar o animal a morte. Ocorre geralmente no período pós parto até o pico de lactação. Tem como principal causa bactérias ambientais (Gram-Negativas), principalmente coliformes, como Escherichia coli, Klebsiella pneumonae e Enterobacter aerogenes.

No caso das mastites causada por bactérias ambientais, principais causadoras de mastite aguda, a transmissão se dá pela penetração das bactérias pelo ducto do teto, assim a permanência dos animais em um ambiente com excesso de fezes, lama e umidade nos períodos pré e pós-ordenha favorece ao aparecimento deste tipo de mastite no rebanho.



Tratamento da mastite

Mastite subclínica

Em animais em lactação é recomendado a utilização de antibióticos intramamários para vacas em lactação, as principais bases seriam os β-lactâmicos e cefalosporinas;

Em animais no final de lactação é recomendado o tratamento de todos os quartos a secagem do animal. com intramamários para vacas secas (cefalosporinas e β-lactâmicos) associado à aplicação de um selante de teto;

Animais cronicamente infectados, que são aqueles que possuem um histórico de mastite frequente, recomenda-se o descarte destes, uma vez que são reservatório das bactérias causadoras de mastites, apresentando um risco de contaminação para todos os animais do rebanho.

Mastite clínica

Mastite leve e moderada: no primeiro caso de mastite recomenda-se o uso de antibióticos intramamários (β-lactâmicos e cefalosporinas) por um período de quatro dias; no caso de uma recidiva recomenda-se uma terapia combinada: intramamário por quatro ou cinco dias (β- lactâmicos e cefalosporinas) associado à um antibiótico sistêmico (marbofloxacina, enrofloxacina, cefquinoma, ceftiofur).

Nos casos de mastite aguda recomenda-se a aplicação intramuscular ou intravenosa de antibióticos sistêmicos (marbofloxacina, enrofloxacina, cefquinoma, ceftiofur) associado à um suporte ao animal feito com um anti-inflamatório não-esteroidal e uma fluidoterapia.

Falhas no tratamento de mastites

As principais causas das falhas nos tratamentos de mastites são:

1- Uso de antibióticos sem ação sobre a bactéria causadora da mastite;
2- Baixa penetração de antibióticos nas áreas inflamadas;
3- Inativação do antibiótico pelo leite e componentes do soro;
4- Localização intracelular dos microorganismos;
5- Desenvolvimento de formas resistentes durante o tratamento;
6- Intervalos e procedimentos impróprios de tratamento.

Conclusão

Em conclusão, a mastite acarreta uma série de prejuízos ao produtor, sendo crucial o seu tratamento. Porém são necessários alguns cuidados na hora do diagnóstico para o que este seja feito corretamente, assim favorecendo a escolha do melhor protocolo a ser utilizado, buscando a cura do animal.

Sobre a Vétoquinol

A Vétoquinol é o décimo maior laboratório veterinário no mundo, com mais de 80 anos dedicados exclusivamente à saúde animal. De origem francesa, a Vétoquinol está presente em mais de 24 países, produzindo, distribuindo e comercializando a sua ampla gama de medicamentos, com foco em anti-infecciosos, dor e inflamação.

O ano de 2014 foi muito especial para a Vétoquinol, devido ao lançamento do Forcyl para o mercado de bovinos e suínos. Forcyl é um antibiótico injetável à base de marbofloxacina 16% e apresenta um exclusivo modo de ação: SISAAB, uma dose única de ação ultra rápida, o qual foi muito bem aceito pelos produtores em decorrência da eficácia dos seus bons resultados.

Forcyl é indicado para bovinos no tratamento da mastite aguda causada por E. coli e infecções respiratórias provocadas por Pasteurella multocida e Mannheimia haemolytica. Nos suínos, Forcyl é indicado para o tratamento de: infecções intestinais causada por cepas sensíveis de E. coli., infecções respiratórias provocadas por Pasteurella multocida, Actinobacillus pleuropneumoniae e Haemophilus parasuis; infecções do trato urinário causado por E. coli e no tratamento da síndrome metrite-mastite-agalaxia (MMA) causada por cepas sensíveis de E. coli. Forcyl é comercializado nas apresentações de 50mL e 100mL.

Por Guilherme Silva Moura: gerente técnico de serviços veterinários da Vétoquinol

Bibliografia:

GRANDEMANGE E., FOURNEL S., GIBOIN H., WOEHRLE F. Efficacy and safety of a single injection of marbofloxacin in the treatment of bovine acute E. coli mastitis in an European field study. World Buiatrics Congress in Lisbon (Portugal) Proceedings, p. 88. 2012.
MOLINA, L.R. Aspectos clínicos das mastites. UFMG, Belo Horizonte. 2003, 17pp. VEIGA, M. Onde estamos e para onde vamos? – Os desafios no controle da mastite. 2º Workshop Mastite. Piracicaba –SP. 2014
VEIGA, M. Prejuízos dos patógenos secundários. Revista Inforleite nº 52 - Setembro 2014. VEIGA, M. Tratamento de mastite aguda causada por coliformes. Revista Inforleite nº 53 - Outubro 2014.

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JOSÉ HERIBERTO DE LIMA

SÃO GONÇALO DO AMARANTE - RIO GRANDE DO NORTE

EM 26/10/2020

Boa noite
Eu gostaria de saber o tratamento mastite em duas
Estou com uma matriz com mamite
O q faço

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